As décadas passam mas a surf music se mantem viva! Não importa se ela abraça Dick Dale, se viaja pelas ondas intergalácticas do Man Or Astro-Man?, se é NERD como o Robotron, se mistura com o punk rock como Surf Aliens e Paquetá. De fato o estilo tem bons representantes no país e não é a toa que reunimos muitos em uma playlist caprichada por aqui.
A pouquíssimo tempo lançamos o novo clipe do artista paraense Andro Baudelaire e além da carreira solo e do The Baudelaires ele faz parte de um power trio de surf music. Nesta empreitada o músico é o responsável pelas guitarras e é acompanhado de Arthur Sequeira, no baixo, e César Lima, na bateria.
Instrumental em sua essência, o material do novo EP da Repelente de Tubarão que iremos fazer a Premiere no Hits Perdidos carrega canções com nomes um tanto um quanto Nerds e bem humorados como “Psyduck”, também nome de um Pokémon psíquico e um tanto quanto confuso, e a irônica por natureza “Rainha Afogada”.
O bem humorado EP foi gravado ao vivo no Abbey Monsters Studios em janeiro deste ano. O registro é o segundo lançamento da banda que no ano passado lançou cinco músicas que estão disponíveis no EP Repelente de Tubarão (Ouça no Spotify).
Já Charque Attack é tiro curto e com apenas 13 minutos de duração apresenta para todas as capitais do surf de pinico: 5 canções, quatro delas inéditas.
Quem abre o disquinho é “Shark Ataque” faixa que anteriormente já tinha ganho um videoclipe que foi filmado e dirigido por Christian Oliveira.
Se você gosta de bandas como Rocket From The Crypt provavelmente vai simpatizar pelo uso dos metais na faixa que ainda conta com linhas leves de guitarra que nos levam direto para Honolulu (ou para Ubatuba mesmo).
“Algo Que Eu Não Teria Feito” carrega um lado mais obscuro e cheio de mistério feito acordes do Dead Kennedys ou até mesmo dos californianos do Agent Orange. Fato é que a onda vem arisca e tem que tomar muito cuidado para não levar um caldo neste mar revolto.
Quem carrega uma energia oitentista e dark, feito Savages, é “Rainha Afogada”. É como um S.O.S. trevoso e melancólico. Na sequência vem “Psyduck” que até parece uma música de suspense de filmes como 007, o dedilhado Dick Dale tem espaço e sua progressão é dançante – e dramática feito uma dança flamenca.
“Tarantula” tem a missão de fechar o EP e feito o movimento do animal é ágil e dissimulada. Diverte com suas progressões e tem um ar de mistério e melancolia em seus suaves acordes. Me lembrou bastante The Ventures e encerra o EP da mesma forma como começou com metais e dedilhados.
O segundo EP da Repelente de Tubarão, Charque Attack, é divertido e dark ao mesmo tempo. Sim, tem canções com nomes nerds, guitarradas alá Dick Dale mas também tem atmosferas mais obscuras que nos levam a observar a surf music de outra maneira. Instrumental por sua essência, a sua interpretação sobre tudo isso é bastante aberta e vale a pena viajar por suas ondas.
This post was published on 20 de julho de 2018 10:44 am
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