A depressão é um dos maiores fantasmas modernos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) ao redor do globo temos cerca de 350 milhões de pessoas que sofrem com os nocivos sintomas da doença. Já no Brasil o problema é algo um tanto quando preocupante pois temos 11 milhões de casos da doença. Além de 5,5 milhões sofrendo o risco eminente de serem diagnosticados.
Não é incomum termos histórias ao nosso redor – sim naquela famosa bolha social – de pessoas mais próximas com algum distúrbio sério. Muitos deles inclusive não são levados a sério e temos que ouvir falácias como: “Depressão é frescura”, “Síndrome do Pânico é falta de vergonha na cara”, entre outros.
O que cai por água abaixo quando observamos o dado de que em 16 anos a depressão cresceu 706%, e ao notar que mais de 10% da população desempregada desenvolve a doença.
Outro problema é um inimigo oculto bastante conhecido pela população em geral, a ansiedade. Segundo a própria OMS, 33% da população mundial sofre com o problema. A ansiedade é um dos sintomas da depressão.
Os sintomas da depressão: Humor depressivo, irritabilidade, ansiedade, angústia, desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas, dificuldade em sentir alegria e prazer, desinteresse, apatia, falta de vontade e indecisão, medo, insegurança, desesperança, desamparo, pessimismo, pensamentos suicidas, vazio, perde de apetite, o tom cinzento ao observar o mundo entre outros.
Em um estágio mais avançado o indivíduo que sofre com a depressão começa a apresentar sintomas de Anedonia. Esta que é uma condição psicológica, um distúrbio onde as pessoas param de sentir prazer e é visto como um dos estágios finais da depressão.
Sabendo da urgência do tema e como isso tem afetado sua geração, a banda Elízia de Belo Horizonte (MG) lança hoje em Premiere no Hits Perdidos o primeiro single do álbum Anedonia, “3 am”.
O quarteto formado por Ana Sarmento (vocal), Rodrigo Nueva (guitarra), Andre Figueiredo (bateria) e Gustavo Silva (baixo) discorrerá no álbum, que será lançado pelo selo fluminense Sagitta Records, sobre temas como depressão e ansiedade.
Segundo os integrantes “a ideia principal é a de provocar reflexões sobre a rotina levada nos dias atuais, os interesses, as desigualdades e as consequências que carregamos.” O registro das faixas que irão compor o álbum foram captados no Estúdio Guerra (Belo Horizonte / MG), e Felipe Fleury assina a produção. Já a mixagem, masterização foram feitas por Lucas Guerra.
A banda mineira já tem certa quilometragem tendo lançado dois EPs, 4 videoclipes, 2 live sessions e rodado bastante pelo estado. Suas influências mais fortes são de bandas como Circa Survive, PVRIS, A Perfect Circle e Marmozets, embora eles também citem inspirações em nomes como Carne Doce, menores atos e Scalene.
O videoclipe conta com imagens registradas dentro de uma fábrica abandonada e foi dirigido e editado por Bruno Paraguay, que além de videomaker é vocalista da banda de metal EMINENCE. A co-direção é assinada por Davidson Mainart e a produção pela própria banda.
O clipe mistura imagens da banda tocando na fábrica em meio a luzes, sombras e fotografia escura que nos passa a sensação de ansiedade e sufocamento. No roteiro de “3 am” podemos ver os integrantes sofrendo com tremedeiras, apatia, cansaço e desgaste.
O isolamento também ganha quadros dentro do vídeo, assim como as noites mal dormidas e a sensação de estar sozinho – e sem rumo. A sensação de sufocamento – e enclausuramento – também aparece literalmente no clipe onde os integrantes aparecem “embalados” em plásticos. No fim tudo isso serve como apelo para dizer sim pela vida. E por demonstrar empatia perante todas as milhares de pessoas que sofrem com o mal estar da depressão – e ansiedade – em todo o planeta.
Além do videoclipe de “3 am” a Elízia também lança junto o single “Apatia”.
Esta que começa um pouco mais desacelarada e chama o ouvinte para mais perto, assim como bandas como Circa Survive, Basement e Thrice costumam fazer em suas canções.
Esta que também fala sobre o peso da culpa e da apatia de quem “leva uma surra” da depressão. O fim da linha parece estar próximo e o abatimento é visível. As texturas das guitarras que bebem do post-rock se contrastam com os vocais imersos de Ana.
This post was published on 1 de junho de 2018 10:35 am
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