O jazz fusion foi um estilo criado na década de 60 e faz uma mistura rica entre jazz com rock, funk, R&B e Latin jazz. Por sua vez o Latin Jazz é uma mistura é uma fusão de ritmos afro-cubanos baseados em claves com harmonias de jazz e técnicas de improvisação. Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck, Miles Davis e o lendário Herbie Hancock são artistas que uma hora ou outra souberam usar do poder deste improviso.

Outro estilo muito aberto e cheio de experimentação é o rock progressivo. Nascido também nos anos 60, este ganhou popularidade na década seguinte misturando a música clássica e jazz fusion a estilos como rock, rhythm and blues e country.

O estilo se desenvolveu ao longo do tempo e foram surgindo subgêneros como rock sinfônico, space rock, krautrock, R.I.O, metal progressivo e o metal sinfônico. Alguns artistas emblemáticos do estilo são: King Crimson, Pink Floyd, Frank Zappa, Yes, Supertramp, Genesis, Emerson Lake and Palmer, Kraftwerk e Jethro Tull.

Talvez a alegria e inspiração para as bandas que apreciam destes estilos esteja mesmo no estudo e no desenvolvimento anárquico das composições. A jams fazem parte inclusive do processo criativo que é inerente aos discos.

Aí que cai na minha mão o segundo disco dos paraenses do Aminoácido. A banda de Londrina logo se apresenta de maneira bem humorada: “É rock progressivo, é samba, música de concerto, frevo, música concreta, surf music, flamenco, pop, jazz, soul, rock e todas possíveis variações de gêneros. Temperada com boas doses de bom humor.”


Aminoácido apresenta o segundo disco de estúdio, Sem Açúcar. – Foto: Lucas Klepa

Sem açúcar e Sem frescura poderia bem ser o título do álbum. Mas eles sabiamente optaram pela primeira parte do nome. Assim como a jazz fusion e o rock progressivo, fontes que eles bebem bastante, eles amam incorporar diversos estilos a sonoridade. Após um primeiro disco instrumental, neste eles resolveram literalmente abrir a boca.

A mistura não poderia ser mais brasileira – diga-se de passagem – além dos ritmos consagrados eles unem toda essa salada mista (sem açúcar, por favor!) com ritmos como o samba, o soul, o frevo pernambucano, a surf music, o groove do funk, a música de concerto e quizá até o flamenco espanhol. Sem pudor e sem a menor vergonha na cara.

A graça está aí mesmo em experimentar e ver até onde vai. Eles também curtem abusar da experimentações das cores, sensações, bom humor e improviso. Não é á toa que a cultura pop também faz parte da panela dos paraenses.

No disco temos homenagens a personagens como Kuririn (sim, aquele mesmo do Dragonball Z), Gênio da Lâmpada (que além de Alladin faz referência – e se conecta – a uma canção do primeiro álbum), nuvens e até mesmo ao flamingo (sente a brisa!).

Aminoácido – Sem Açúcar (02/02/2018)

A banda foi fundada em 2016 por Thiago “Franzina” Franzim (guitarra/vocal), Douglas “Labigalina” Labigalini (bateria), Lugue “Henriquesina” Henriques (baixo) e Cristiano “Pereirina” Pereira (guitarra/vocal). No fim daquele ano já estavam gravando o que seria o primeiro álbum, Meticuloso (2017), este instrumental.

No fim de 2017 o ciclo se repetiu, fim de ano momento de gravar um novo disco, só que desta vez eles tiveram a entrada de João “Bolognina” Bolognini (percussão) o que segundo eles mesmo deu mais liga para a combinação proteica do som dos londrinenses.

O disco está saindo através da Tapete Voador Records e foi gravado, mixado e masterizado por Thiago Franzim no estúdio Tapete Voador. A arte da capa foi feita por Rafael Panegalli.

O trabalho ainda conta com uma série de participações especiais, vozes de Jennifer Moreira e João Yamamoto em “Xícara de Chá Para Tomar Café” e de Clara Striquer e Mariana Leon nas músicas “Camaleão Daltônico” e “Cláudio”.



A descontração é a marca registrada da faixa de abertura do disco, “Introdutória, PT.2”, que pelo nome nos dá a entender logo de cara que o primeiro disco está conectado com o lançamento anterior. Esta que flutua entre free jazz, jazz fusion, funk e usa (e abusa) das progressões. Daquelas para deixar fãs de Zappa e Pink Floyd já animados.

Não é que uma banda tão “das proteínas” vai me fazer logo uma canção para o café? Pois bem, a faixa número 2 é quase um mantra a bebida milenar.

“Xícara de Chá Para Tomar Café” é altamente recomendada para quem curte as “pirações” psicodélicas e experimentações dos anos 70 alá King Crimson, Jimi Hendrix e Frank Zappa. Estes que irão agarrar a Xícara e não ousarão colocar duas colheres de açúcar no Bule. O nome da música me remeteu a “Hora do Chá” dos Molodoys e claro dos paulistas d’Os Chás.

A doideira de “Flamingo Gentil” é um tanto quanto fora da casinha. Para terem uma ideia a canção leva esse nome justamente por soar como o barulho emitido pelo bichano. Confusão mental a parte, eles buscaram referência logo no flamenco espanhol e suas guitarradas.

Tem espaço para um pouco de tudo, do derretido ao matemático muitas vezes o tal do flamingo soa como um “marreco dando tilt” mas as linhas são interessantes em suas quebras e disrupções.

A agressividade balanceia com a leveza e sobre até espaço – e tempo – para a guitarra brilhar em seu solo Pato Fu(ístico). Quem conhece o primeiro trabalho dos patos – que saiu através do selo de metal Cogumelo RecordsRotomusic de Liquidificapum (1993) sabe bem do que estou falando.

A quarta canção leva o nome de “Cláudio”, um trocadilho com “Clouds” (Nuvem em inglês), a justificativa é de que a composição surgiu “em um dia de céu repleto de nuvens.”

“Essa foi uma das primeiras músicas que a Aminoácido compôs, mas acabou saindo só nesse segundo álbum. A letra dela pode ter diversas interpretações, mas acredito que nenhuma delas tenha um final feliz”, reflete Franzina.

Pois é, seu tom não é dos mais otimistas, porém é interessante observar ao ouvir justamente os detalhes de seu instrumental que chega de mansinho.

É uma canção que te guia lentamente ao mundo das nuvens, e nelas um passo em falso é sempre um risco. Uma balada de um homem só, um suspiro perdido na estratosfera e uma (incontrolável) ânsia por voar.

Para deixar tudo ainda mais mágico adentramos ao universo dos mangás – e esferas do dragão – em “Kuririn”. Esta que homenageia o personagem de Dragonball Z que morreu e ressuscitou tantas vezes. É definitivamente uma das mais grooveadas e “fritas” do disco.

Ao longo de seus quase 5 minutos e meio tem espaço para experimentação, percussão, pedais de distorção e muito swing. É interessante ver como a canção que flutua pelo blues, jazz fusion, funk e prog. consegue se reinventar sem ter que voltar para seu início. Daí que entra toda a mistura do background de brasilidades que fazem da panela deles, um verdadeiro caldeirão.

É até interessante “Gênio da Lâmpada” outra bastante envenenada – e cheia de rodeios – ser a seguinte do trabalho. Essa é daquelas que tem a cara de sarau – pelo improviso – e uma guitarra que faz o panelão transbordar. Quem também rouba a cena é o trabalho das baquetas pelo seu tempo quebrado e cozinha jazzística.

Pude conhecer o som da banda no mês passado através do single “Camaleão Daltônico” e logo entrou na trilha do Dezgovernadoz e playlist de Neo-Psicodelia. Foi uma grata surpresa pois estava procurando por novas bandas e num tópico da Sinewave estava a faixa com este nome um tanto quanto pitoresco.

A letra então, completamente dadaísta e viajada contribuí para uma viagem sem volta. As interpretações podem ser inúmeras – igualmente vale para as sensações que ela traz para o ouvinte.

Por muitas vezes ela parece te levar para um ritual de hipnose e distorce sua mente. Consigo até imaginar um videoclipe colorido e a imagem se distorcendo envolta a um mar de cores.

“Estado Vibracional” é uma faixa de transição e mesmo assim faz aquela ponte xamânica e distorcida para “Shirik Tanai”, a canção que encerra este ciclo translúcido e reverberante dos Aminoácidos. É a mais longa do disco e caminha para a casa dos 9 minutos.

Depois de tantas viagens intergaláticas não era para se esperar menos. Esta carrega elementos do stoner rock, flerta com o progressivo mas tem um vocal que lembra o funk americano. Se você pirou no disco do Stolen Byrds (2019), vai pegar a brisa.

A percussão se destaca mais uma vez e a viagem parece eterna – e sem volta. Fãs de Pink Floyd, Nick Drake, Led Zeppelin e The Who escolherão esta como a favorita do disco. Não é para menos, é uma epopeia que passeia pelo rock daqueles tempos mesmo. Ao som dos solos e muita distorção, o disco se encerra no melhor clima de jam.



O segundo disco dos paranaenses da Aminoácido é uma grande panela e viagem por campos distantes. Sem Açúcar – e sem adoçante – ele até poderia te levar para uma doce viagem, porém ela é ácida e provocadora. Sabe jogar bem com toda a mistura que propõe, tem jazz fusion, rock progressivo, psicodelia, stoner rock e elementos de ritmos tupiniquins.

Este “caldeirão” tem tudo para colocar o palco do Psicodália em chamas no próximo domingo (11), quando acontece seu grande show de lançamento. Para entender mais sobre o disco conversamos com a banda de Londrina. Confira o bate-papo!

[Hits Perdidos] É rock progressivo, é samba, música de concerto, frevo, música concreta, surf music, flamenco, pop, jazz, soul, rock e todas possíveis variações de gêneros. Temperada com boas doses de bom humor.” Queria que contassem mais sobre isso do humor, dos memes, da página de facebook e de como é o universo molecular da Aminoácido?

Aminoácido: “Quando nos reunimos para a primeira Jam da banda não conseguimos parar de rir um minuto. Só saiu coisa bizarra, daí pra frente não tinha como voltar atras. A gente tem uma página de memes obscura que chama Aminoácido, e nessa época a gente tinha pensado em simplesmente começar a colocar as músicas naquela página e pronto, isso seria a banda.

Mas acabou que o projeto do Aminoácido foi crescendo, foi surgindo. As vezes até parece que esse universo molecular já existe e a gente só tá descobrindo ele aos poucos. Ele vai se apresentando pra gente conforme vamos produzindo os materiais, e sempre damos muita risada com isso. E definitivamente ele está em expansão, quanto mais produzimos mais idéias surgem e sentimos que temos muito o que fazer ainda.”

[Hits Perdidos] É o segundo álbum de vocês, como observam as diferenças do anterior? Teve a entrada de um novo membro também, como é o processo criativo de vocês? Muitas jams?

Aminoácido: “O segundo álbum a gente já tava mais entrosado, acredito que o processo de composição foi bem parecido só que mais fluido. As composições sempre ocorrem de duas maneiras, ou alguém compõe algo e apresenta para o grupo ou a gente simplesmente senta pra tocar junto e acaba surgindo uma composição, mas sempre o processo é coletivo, as composições são do grupo. A entrada do João nas percussões deu mais um corpo para o som, a sonoridade das congas e outros instrumentos rítmicos combinam com o som que a gente tem feito.”


Assim como os artistas dos anos 70, a banda tem uma preocupação com o visual. – Foto Por: Lucas Klepa.

[Hits Perdidos] Pude observar pelas fotos que vocês tem uma preocupação bacana na estética da banda, tudo sempre muito colorido. Ícones como Bowie e Michael Jackson sempre souberam observar isso como parte da embalagem do produto. Para vocês quão importante é desenvolver uma linguagem estética?

Aminoácido: “Desde o começo da banda a gente sempre percebeu que era importante contextualizar as pessoas no universo que a gente está construindo com o Aminoácido. Então, a parte visual auxilia a gente a complementar a nossa sonoridade. E sempre pensamos na experiência ao vivo de quem vai a um show nosso, queremos já transmitir algo já de cara com as nossas roupas.”

[Hits Perdidos] Com tanta piada e cartas na manga, o show de vocês tem espaço para intervenções? Como tem sido as apresentações?

Aminoácido: “Todo show a gente tenta inovar um pouco nesse aspecto. A gente sempre busca de alguma maneira interagir cada vez mais com o público. Cada apresentação é diferente uma da outra, não tem jeito. Até por serem situações totalmente diferentes. Em toda apresentação nossa a gente prepara algo especial para aquele público que vai estar presente, e isso muda a cada show, então muitas dessas interações acontecem de maneira improvisada.”

[Hits Perdidos] Como está a expectativa para lançar o disco em pleno festival Psicodália?

Aminoácido: “A gente ficou muito animado com esse convite. É uma oportunidade ótima para mostrar nosso trabalho em um festival importante como o Psicodália. Acabou que conseguimos conciliar o lançamento do álbum com o show no festival e a expectativa está muito grande. Estamos preparando um show muito especial para o rolê.”
O grande lançamento do disco será no palco do cultuado Festival Psicodália. – Foto: Divulgação.

[Hits Perdidos] Como observam o atual momento do cenário do interior do Paraná? Tem tido espaço por aí ou muitas bandas estão indo para outras cidades a partir do momento que crescem para “tentar a sorte”  como antigamente?

Aminoácido: “A gente tem a ideia de fazer os rolês acontecerem aqui também. Em Londrina rolam alguns festivais durante o ano, aqui do lado, em Maringá também. Além de outras cidades menores como Apucarana e Arapongas, que sempre acabam tendo algum evento ou festival. Acreditamos que a melhor estratégia é abrir os olhos das outras cidades para a região, e não ao contrário. Pois, aqui na nossa região além do Aminoácido tem diversas outras bandas de vários estilos que estão fazendo um som muito bom. A ideia de partir para outras cidades têm a ver com ampliar o público e ao mesmo tempo chamar atenção para a nossa região que tem muita coisa boa rolando.”

[Hits Perdidos] Queria que contassem mais sobre a homenagem ao Kuririn. Vocês são fãs de desenhos animados / mangás ou veio de uma piada?

Aminoácido: “O nome dessa música surgiu devido a uma banda de fusion que estávamos ouvindo bastante chamada Kung Fu. Também tem um som do Quarto Sensorial que piramos chamado “Bruce Lee’s Flying Kick”.

Juntamos isso com a nossa meticulosidade sem açúcar e fizemos algo nessa pegada groovada e decidimos homenagear um dos personagens que marcaram nossa infância. Se você prestar atenção, esse som é diferente pois as mudanças são feitas todas após 3 repetições, ao invés de 2 ou 4 como geralmente são na música e o número de vezes em que Kuririn morreu na saga do Dragon Ball Z (sem incluir o GT) foram três vezes também. Será isso uma coincidência ou Kuririn morreu mais uma vez?”

[Hits Perdidos] Quais discos não podem faltar durante as viagens de carro? E o que tem descoberto de fascinante na música atual?

Aminoácido: “Creio que alguns poucos dos muitos que poderíamos citar, o que nos vem a cabeça agora talvez seja o “Roxy & Elsewhere” e “Over Nite Sensation” dois do Frank Zappa, “Rejuvenation” do The Meters ; “In the Wake of Poseidon” e “In the Court Of The Crimson King” do King Crimson ; “Bold as Love” do Jimi Hendrix ; “Mit Peck” do Vulfpeck ; “Free Hand” e “Octopus” do Gentle Giant ; “A Go Go” do John Scofield; “Visions of Emerald and Beyond” do Mahavishnu Orchestra ; “Disco Volante” do Mr. Bungle…são muitos discos! Precisaríamos de uma viagem de no mínimo umas 12 horas de viagem…

Em relação a música atual, creio que essa movimentação crescente de muitas bandas nacionais e internacionais surgindo a cada instante é uma coisa que fascina muito…essa facilidade de emitirmos informação e divulgarmos a música pelo mundo é algo mágico.

Em uma tarde, dá pra descobrir mais de 50 bandas novas incrivelmente boas, facilmente. O que fascina é a vontade de fazer isso das pessoas, de mostrar a criatividade que cada um com seu grupo tem. Esperamos que isso se torne cada vez mais crescente e cada vez mais a arte seja compartilhada, seja de qual país for.”


O som da Aminoácido tem como característica a fusão de vários estilos. – Foto Por: Lucas Klepa

[Hits Perdidos] Como vem o resgate da psicodelia e as fusões que estão cada vez mais comuns?

Aminoácido: “Basicamente, todos nós crescemos ouvindo rock’n’roll, e com certeza essa é a base de todo o nosso trabalho. O resgate da psicodelia vem do nosso fascínio pela sonoridade dos anos 70, o rock progressivo, Fusion, muita coisa absurda rolou nessa década principalmente por conta da contra-cultura e das experimentações.

E hoje em dia a gente tem acesso a todo esse repertório que foi produzido e muito mais, e nosso papel como consumidores e produtores é criar a partir dessas referências. Com tanta coisa para ouvir é muito difícil criar algo hoje em dia que não seja uma grande mistura de tudo o que já ouvimos. O legal é poder criar algo novo disso, e vemos que é possível. Vemos uma porrada de bandas atualmente criando coisas novas e ainda assim referenciando ao passado, que tá aí pra ser pesquisado e desenvolvido.”

[Hits Perdidos] Se a banda fosse um drink, o que levaria dentro?

Aminoácido: “Groselha, limão, guaraná Dolly e na borda do copo Pó de Café.”


Conheça mais sobre a banda através das redes sociais. – Foto Por: Lucas Klepa

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This post was published on 8 de fevereiro de 2018 10:02 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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