A Cigana vem desde o fim do ano passado trabalhando em seu álbum de estreia e em fevereiro o público pode conhecer um pouco mais sobre a nova sonoridade da banda com o single “Às Vezes Cansa” (Ouça no Spotify).
“Às Vezes Cansa” já mostra uma mudança sonora em relação aos primeiros EP’s. O amadurecimento se manifesta através das camadas sonoras e no tom forte da composição.
“Estamos vivendo em tempos difíceis, onde a prática do ódio é muito mais habitual do que a do respeito. Entendo que a arte é uma ferramenta universal de reflexão entre passado-presente-futuro. E por assim ser, acredito que naturalmente nós acabamos cantando sobre as questões políticas/humanas diretamente, como em “Um Desabafo”, ou, indiretamente como em “Às Vezes Cansa”, nosso novo single.
Em momento nenhum nos juntamos e decidimos falar de política, até porque fazer arte é política, se expressar é política, ter uma banda independente é política, conseguir viver e conviver nesse mundo é política” explica a vocalista Victoria Groppo.
A faixa também marcou a estreia do guitarrista Pedro Baptistella no grupo limeirense e completam a formação: Matheus Pinheiro (guitarra/baixo), Victoria Groppo (Voz/synth), Caique Redondano (voz/baixo/guitarra) e Felipe Santos (bateria).
A música contou com a produção e mixagem de Cosmo Curiz. Já a masterização ficou por conta do estadounidense Chris Hanzsek (Hanzsek Audio), que já trabalhou com artistas como Melvins e Soundgarden.
Após os primeiros EP’s contarem com faixas em português e em inglês, eles decidiram em seu primeiro disco optar pelo idioma local:
“A partir de agora todos nossos sons vão ser em português, para passar nossa mensagem o mais claro possível. Nós achamos que isso é importante nesse período conturbado que estamos, essa “divisão” da população que estamos vivendo. E como nas nossas timelines as notícias que mais se propagam são de coisas “ruins”, isso está se refletindo nas letras e nos sons…estamos ficando mais “cabreros” (risos)” conta o guitarrista Matheus Pinheiro.
Como influências do álbum o guitarrista cita um leque variado de artistas como Rancore, Boogarins, Chon, Céu, Raconteurs e The Internet. Para a arte da capa foi convidada a artista Juliana D’Andrea.
“A capa do single é uma colagem feita pela nossa amiga Juliana D’Andrea, ou como ela é conhecida artisticamente, Mystic Jupiter. Desde a primeira vez que vimos a arte dela sabíamos que tinha que estar junto ao nosso trabalho, sentimos que a vibe era a mesma, tinha uma conexão incrível.
A sensibilidade que ela tem para fazer as colagens e mostrar um outro universo das imagens é foda. E pela primeira vez estamos trabalhando com uma artista mulher para fazer as capas dos singles, e isso para mim não tem preço. As mulheres artistas precisam de oportunidades para serem vistas, nada mais justo do que isso.” ressalta Victoria.
“Às Vezes Cansa” é também de certa forma um desabafo ao ativismo de internet e pouca atitude na prática.
“Estamos cansados da falta de prática de ideologia que as pessoas pregam “da boca para fora”, do posicionamento frente a certas questões não se transformarem em ações reais. Cobram respostas ignorando a própria hipocrisia, a qual estamos todos, sem exceção, presos”, afirma Matheus
Premiere do videoclipe (19/10)
Com clima Led Zeppeliano a sobreposição das imagens – e distorção das lentes – dá o clima mágico e setentista para o filme gravado em P/B. O videoclipe conta com imagens registradas por Paulo Gachet, Thomas Dalfré e Punk Mello durante duas apresentações da banda.
As imagens foram captadas no Festival Zé Rock (3 de junho), em Limeira, e no icônico Bar do Zé (19 de maio), em Campinas. Os responsáveis pela edição do vídeo foram Thomas Dalfré e o guitarrista Pedro Baptistella.
This post was published on 19 de outubro de 2017 11:30 am
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