Hoje vamos falar de uma história inusitada e de uma força maior por trilhar um novo caminho. Mas antes precisamos contar a história de duas pessoas que aceitaram alguns desafios para chegar aonde estão hoje. Por mais que o sonho ainda esteja no começo e tenham muitos passos para trilhar, tudo começou meio por acaso.
A pouco menos de um ano Cainan Willy (editor do Pacóvios – Confira entrevista no Hits Perdidos #38), Yasmin Kalaf Lopes e Rubens Adati (Vladvostock / Meu Nome Não é Portugas) iniciaram um projeto no Inhamestudios. Este localizado em Cotia (SP) e comandado por Rubens.
O envolvimento maior deles veio por conta das Inhame Sessions que tem recebido artistas com o intuito de registrar sessions intimistas. O resultado das já divulgadas até agora é bastante bacana.
Amigos de longa data eles puderam acompanhar a Vladvostock durante uma turnê pelo Rio de Janeiro que contou com apoio da Cosmoplano Records. E esta viagem por mais inocente que fosse foi importante para o próximo passo da dupla engajada do underground brasileiro.
Eles voltaram decididos de que deveriam criar um selo independente para apoiar os inúmeros trabalhos incríveis que eles tem observado no cenário nacional. Durante a própria viagem rascunharam o que seria o nome, um tanto pitoresco, Cavaca Records.
Claro que para essa função eles tiveram que se organizar entre a louca rotina de trabalho do dia-a-dia, Pacóvios, selo – e dormir claro porque ninguém é de ferro. Yasmin tomou as rédeas da parte gráfica, fotográfica e mídias sociais. Já Cainan utiliza de seu aprendizado no Pacóvios para contribuir na parte escrita e na assessoria de imprensa. Claro que a curadoria é compartilhada. Como tutor eles tem Rubens que dá dicas para que o processo vá se agilizando.
Mas lembram do tal do acaso? Eis o momento que ele dá as caras. Durante uma visita de Yasmin e Cainan a galeria 7 de abril, centro de São Paulo, eles estavam procurando por itens para decorar o Inhamestudios e “tropeçaram” em uma loja cheia de impressoras e computadores antigos. E vocês sabem que uma CPU hoje em dia é quase uma raridade, né? Inclusive tem muita gente que estará lendo esse texto que provavelmente nunca pegou num disquete.
Animados eles compraram uma CPU bem barata – em torno de R$15 – só que quando estavam ajeitando para levar eles perceberam que ela estava com várias peças soltas. Na curiosidade para abrir eles tiveram uma grande e curiosa surpresa: vários disquetes e fotografias antigas. E é aí que nossa história começa!
Se você já viu Searching For Sugarmen ou Spotlight provavelmente possa pensar que esta seria a versão brasileira. Porém de um anônimo, um Santos ou Silva qualquer e bem á margem de globos de ouro ou oscars. O que não deixa a história menos interessante.
Nestes disquetes eles encontraram sons e muitos destes inacabados. E pelas fotos notaram que era algo aparentemente antigo. Curiosos eles começaram a ver o conteúdo dos disquetes e acharam uma porrada de arquivos muitos deles sem nome, com acordes experimentais e muita distorção. Encontraram o nome xoxoto.
Por alguns dias guardaram segredo e ficaram pensando em o que fariam com aquilo. A ansiedade falou mais alto e partiram para a pesquisa no google. Péssima tentativa, não encontraram nada. Reviraram mais disquetes e lá encontraram uma pista.
Talvez a mais preciosa até então: um e-mail. Quem respondeu foi uma tal de Lalaa da Silva. Esta que afirmou ser irmã do misterioso xoxoto. Desconfiada, ela pediu alguma prova para que não fossem “malucos”. Eles enviaram fotos e a única faixa “finalizada”, “Single/1”. Assim eles conseguiram confirmar o parentesco.
Nem ela sabe do paradeiro do irmão. Apenas que saiu do interior de Minas Gerais (Muzambinho) como músico de apoio em uma banda com destino a São Paulo. O contato ainda é difícil e ela pouco responde o que faz com que o mistério se mantenha no ar.
Mas o trabalho apenas tinha começado. Com parte do quebra cabeça solucionado eles viam que tinham em suas mãos um material de imenso valor. Não só artístico como agora, sentimental. Afinal de contas eles curtiram os acordes, interferências e distorções do material inacabado.
Decidiram mesmo sem saber direito as origens e o que se deu do xoxoto, finalizar. Eles correram para o estúdio, aprenderam sobre mixagem, masterização e pediram a ajuda de diversos amigos para finalizar a obra inacabada. Um trabalho completamente D.I.Y. e respeitando os “rascunhos” de xoxoto.
É dessa maneira que nasce o EP: Saudade de Muzambinho. O primeiro lançamento da história da Cavaca Records e com PREMIERE no Hits Perdidos.
O EP se inicia com “Bem-Vindo” uma faixa curta com cerca de um minuto e dezesseis de duração mas que de certa forma soa como um riff solto de viola misturado com beats alá trip-hop cheio de swing. Aquece para o caos que está por vir.
A segunda faixa é o primeiro registro e única faixa “pronta” – aquela mesma que enviaram para a Lalaa, “Single/1”. Essa que conta com colagens de trechos de escutas da polícia de NY. Algo curioso que depois Cainan revelará na entrevista é a história por traz desta curiosa ambientação com ares de invasão alienígena. História realmente sinistra.
Mas voltemos ao som, a faixa, instrumental como todo o disquinho é cheia de anti-clímax e subidas no tom. Entre as colagens da polícia, tem um baixo pegado dando a melodia – e corpo – para a canção e uma guitarra mais debochada como o Fugazi costuma imprimir.
O piano – e uma espécie de escaleta – deixa tudo mais sórdido e o experimentalismo conduz toda a frequência. O tom é sério, de desconfiança. Parece até que realmente estamos sendo “vigiados”. Estaria o Arquivo X certo?
Assim chegamos ao Hit Perdido do EP, “Xöx”, essa que já caminha para o jazz com seus tempos quebrados de bateria se unindo ao universo mágico do synthpop e “barulhos estranhos”. Se vocês já assistiram Whiplash, vão compreender a brisa e o valor da faixa. É como se falasse sobre a efervescência da juventude mergulhada no tédio – e amargura – de uma pequena cidade.
Fãs de Portishead ah… esses vão curtir a faixa que fecha o disquinho, “Saudade de Muzambinho”, os áudios exprimem um sentimento de raiva, sufoco e ódio. Já sua melodia mostra a calmaria, um contraste tão errante como os fatos do cotidiano. Uma canção suave para te levar para outras galáxias mas ao mesmo tempo com uma tensão pairando no ar.
A título de curiosidade e trabalho investigativo “Saudade de Muzambinho”, primeiro EP do xoxoto é algo interessante por seu tom enigmático. As canções trabalham melhores isoladas do que como um disco, mas creio que a intenção está nisto. Um lançamento de um artista de que se pouco sabe, sem obrigação de estabelecer um conceito ou ordem cronológica dos fatos. Em um disco comum isso seria uma crítica porém todos elementos e pesquisa por “o que fazer” com uma porrada de riffs inacabados torna deste EP algo a passar algum tempo ouvindo e reouvindo procurando criar sua próprias teorias. Assim como Cainan e Yasmin passaram por meses.
O destaque fica para as faixas “Xöx” e “Saudade de Muzambinho”, exatamente por sua veia mais experimental em saber dosar referências de distintos estilos de uma maneira que soe contemporâneo. Visto que não sabemos nem mesmo a idade do autor, muito menos seu paradeiro. Porém a partir do momento que se “mexe” e adiciona outros elementos as canções acabam virando um pouco da história dos idealizadores do EP.
[Hits Perdidos] Antes de mais nada eu gostaria que contassem de onde veio esse PC e em que condições estava?
Yasmin: “Então, estávamos nós na galeria 7 de abril, no centro de São Paulo, procurando alguns itens para decolar o Inhamestudios, e encontramos uma loja cheia de impressoras e computadores antigos, perguntamos pro dono se ele tinha alguma CPU bem baratinha para a gente usar de enfeite e ele disse que tinha um no fundo da loja, e a gente comprou, pagamos tipo uns 15 reais, pegamos ele para levar e percebemos que ele estava com peças soltas e quando e resolvemos abrir, foi aí que tivemos a surpresa… vários disquetes e fotografias antigas.”
[Hits Perdidos] Como foi essa pira de achar tudo meio inacabado e juntar para dar um sentido?
Cainan: “Foi algo muito trabalhoso e ao mesmo tempo prazeroso, conforme íamos conseguindo achar os segundos onde os trechos se encaixavam a gente ficava brisando e querendo terminar tudo pra poder dividir com o mundo essa história.”
Yasmin: “Foi complicadinho, mas muito divertido, o resultado final foi nossa interpretação de tudo.”
[Hits Perdidos] E o trabalho jornalístico em tentar descobrir as origens do xoxoto, como se deu e como foram aparecendo as informações? Tem alguma ideia do nome dele ou história de vida? Como rolam os papos com a irmã (Lalaa)?
Cainan: “O primeiro passo foi correr no Google e ver o que aparecia, de cara não encontramos nada de concreto e como estávamos meio assustados com aquela situação toda, resolvemos guardar pois nosso instinto foi de proteger e não mostrar aquele material pra ninguém. Mas ficamos com aquela pulga atrás da orelha, voltamos ao Google e não achávamos absolutamente nada, fomos até a loja em que compramos o computador e os funcionários nem se quer lembravam-se da venda.
Um belo dia, quando já tínhamos começado a mexer nos arquivos dos disquetes, conseguimos no google um e-mail, quem respondeu nosso contato foi a Lalaa da Silva, ela disse que era irmã do xoxoto e pediu pra ver o que tínhamos de arquivo pra confirmar o parentesco, mandamos algumas das fotos e a faixa “Single/1”, a única que estava pronta até então, e confirmou-se o parentesco.
A Lalaa não falou muito sobre o xoxoto, em nossos contatos ela tentou ajudar a desvendar os significados das músicas, disse também que já faz muito tempo que não vê seu irmão e que ele tinha vindo para São Paulo tentar a vida como músico de apoio em uma banda, mas que enquanto moravam juntos ele já fazia muito barulho no quarto.
Suas respostas são extremamente demoradas, ela nos informou que tinha criado um perfil no Facebook para facilitar o contato, nós a adicionamos mas até agora não respondeu nossa solicitação.”
[Hits Perdidos] Como acham que o som do xoxoto conversa com o cenário atual de rock experimental?
Cainan: “O som é extremamente atual! O que sempre me faz pensar: “Será que esse cara estava a frente de seu tempo e gravou essa doidera nos anos oitenta/noventa ou gravou no começo do ano e planejou todo esse trabalho que estamos fazendo?”.
[Hits Perdidos] Vocês fazem uma tática de guerrilha interessante espalhando pela cidade e casas de shows disquetes do xoxoto. De onde veio isso e como vem a reação da galera quando encontra eles?
Cainan: “De início nossa ideia era fazer com que outras pessoas tivessem a mesma curiosidade que a gente. Tentamos recriar o mistério que vivemos e espalhamos por aí uma porção de disquetes com diversas frases estranhas.”
Yasmin: “Nós espalhamos por vários locais, e às vezes podíamos ver a reação das pessoas quando encontravam os disquetes, a galera sempre ficava surpresa por ver um disquete em 2017.”
[Hits Perdidos] O “Single/1” conta com colagens de trechos de escutas da polícia de NY, de onde veio essa pira? E o que quiseram artisticamente com isso?
Cainan: “A música já veio assim pra gente, nessa faixa fizemos pouco, apenas juntamos os segundos nos momentos certos. Quem contou essa história doida foi a Lalaa, ela disse que há muitos anos aconteceu na cidade uma coisa muito estranha, na época tava em alta essa coisa de alienígena e todo mundo ficou muito assustado, quando ouviam radio dava muita interferência de pessoas falando rápido coisas que ninguém lá entendia, o tempo passou e o jornal local descobriu que a cidade tinha sido investigada pela cidade de NY. Acho que a ideia da música era denunciar essa situação, que até então pouco ou quase nada foi comentada por pessoas fora da cidade.”
[Hits Perdidos] Se “Single/1″ tem uma vibe quase alienígena…..”Xox” é que rola uma viagem mais experimental, na pegada Arquivo X. Ao mesmo tempo que fala sobre a efervescência da juventude com bateria Jazz alá Whiplash. Como foi para vocês absorver o experimentalismo desse som e o que acharam interessante na montagem?
Cainan: “Criamos uma familiaridade rápida com as músicas e isso foi algo que deixou o processo de montagem das músicas relativamente fácil, tirando toda a loucura de montar um quebra cabeça que não sabíamos onde começava e terminava.”
[Hits Perdidos] “Saudade de Muzambinho” é interessante pois por mais experimental que seja ela flerta com coisas atuais como trip hop e soa tão atual como muito som que galera pira em chamar de Dream Pop. Como acham que o som do xoxoto pode acrescentar a música independente?
Cainan: “Eu acho que o xoxoto vai mexer muito com a imaginação de quem conhecer sua história e ouvir suas músicas. Ultimamente a galera busca muito uma música para que possa se identificar emocionalmente e até ideologicamente. Na música instrumental e experimental do xoxoto rola uma coisa inesperada e inusitada, a gente ouve a trilha sonora da vida de um sujeito cuja face ainda é desconhecida por todos nós.”
Yasmin: “Então, como não sabemos quando as músicas realmente foram feitas, não podemos afirmar se ele era um visionário, ou ele fez as músicas a pouco tempo. Mas que as músicas passam emoção isso podemos ter total certeza.”
[Hits Perdidos] Existe mais material do Xoxoto?
Yasmin: “Existe sim, tem coisa que a gente nem mexeu ainda, preferimos focar nas quatro músicas do EP.”
[Hits Perdidos] Como surgiu a ideia da Cavaca Records e como de certa forma o envolvimento com o Pacóvios influenciou a existência?
Yasmin: “A ideia do selo surgiu bem ao acaso, foi durante uma viagem que fizemos para o Rio de Janeiro. No começo do ano fomos pra lá acompanhar a Vladvostock e nesse meio tempo conhecemos muita gente legal, o pessoal do selo Cosmoplano Records, por exemplo, foi uma puta inspiração nesse processo de criação. O nome surgiu no Rio também, Cavaca é como eles chamam broa de milho por lá, soou legal e é gostoso e acabou sendo uma forma de homenagear o lugar e eternizar o momento.”
Cainan: “Eu costumo dizer que o Pacóvios não é o site que criei e sim um site que me criou, lá tudo é feito com muita paixão e dedicação, foi a porta de entrada para o cenário alternativo, isso me apresentou muita gente legal e com isso os projetos foram aparecendo, sabe como é né?”
[Hits Perdidos] No dia-a-dia do selo como vocês se dividem nas funções e qual o papel do Rubens Adati (Vladvostock/Meu Nome Não é Portugas) no selo?
Cainan: “Nosso dia-a-dia é bem cheio, até pouco tempo eu estava envolvido na entrega do TCC e isso complicou as coisas, além disso, trabalho em horário comercial durante a semana e isso faz com que meu tempo para me dedicar ao selo, com mais afinco, seja apenas aos finais de semana. Eu dou um help maior na parte escrita e na assessoria de imprensa, mas de qualquer maneira buscamos fazer sempre um brainstorming e reuniões sem hora pra acabar.”
Yasmin: “Eu cuido mais da parte gráfica, fotográfica e mídias sociais, e nós dois da curadoria. O Rubens ajuda a gente, dá dicas, a gente sempre pede conselho para ele, nosso tutor digamos assim.”
[Hits Perdidos] Já tem ideia dos próximos lançamentos ou bandas a anunciar no selo? E qual critério específico a banda tem que ter para fazer parte do casting? Por onde podem contactar?
Cainan: “Estamos quase que 100% focados no lançamento do EP “Saudade de Muzambinho”, mas no tempo livre que temos, mesmo em nossas reuniões, sempre comentamos sobre algumas bandas novas e que seria extremamente interessante criar oportunidades para trabalharmos juntos. Não existem critérios pré-determinados, é sempre um prazer saber que existem bandas/artistas criando coisa boa Brasil a fora.
Entrem em contato com a gente pessoalmente nos shows que frequentamos, se você for tímido manda um inbox na nossa página do facebook e se você for mais formal mande um e-mail para: cavacarecords@gmail.com.”
[Hits Perdidos] Como enxergam o atual cenário de música independente no Brasil? Quais os selos e iniciativas mais admiram? O que acham que precisa mudar? Por mais novo que seja o selo…quais as maiores dificuldades que tem enfrentado? Pretendem organizar festivais, site e estruturar o selo como?
Cainan: “Recém chegado, vejo o cenário de música independente no Brasil de uma maneira muito promissora, sempre tem coisa muito boa rolando e acompanha uma movimentação intensa aqui em São Paulo, além disso tem muita gente se mexendo e ganhando espaço em todos os outros espaços.
Uma das iniciativas que acho mais interessante, aqui em São Paulo, é o coletivo A Porta Maldita. Eles organizam shows com entrada gratuita numa praça lá na região da Vila Madalena, a cada 15 dias levam umas quatro bandas + exposições e arrastam um bom público.
Além disso eu acho mega importante o trabalho que o pessoal do Freak faz, o selo cearense que vai dominar o mundo, vulgo Banana Records e me espelho muito no midsummer madness, uma referência e tanto pra todo mundo que monta um selo independente aqui no Brasil. Vale uma menção honrosa ainda: transtorninho records, Risco, 180 Selo Fonográfico, DoSol, Honey Bomb Records, EAEO, HBB, Sinewave, Howlin’ Records, Läjä Records, Monstro Discos e meu favorito da gringa o Laptra Discos.”
Yasmin: “O cenário brasileiro é maravilhoso, toda semana tem coisa nova rolando, seja clipe, single, ep, álbum, festival, isso é muito animador. A PWR records faz um trabalho importantíssimo e incrível incentivando e criando mais espaço para as minas.”
Playlist no Spotify
Para fechar pedi para que eles criassem uma playlist com gostos pessoais, energias que movem a Cavaca Records. Ambos prepararam no perfil oficial da Cavaca no Spotify uma lista. Uma da Yasmin e outra do Cainan.
Cavaca Records nas redes sociais: Facebook / Instagram / SoundCloud / Spotify
xoxoto nas redes sociais: Facebook / Spotify / SoundCloud
This post was published on 3 de julho de 2017 10:41 am
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