[Entrevista] Prestes a lançar disco de estreia, Miêta conta como foi tocar no Bananada
Desde que saí do Breve no dia 13/01 quando pude ver a Miêtapela primeira vez ao vivo saí completamente extasiado tanto é que fiquei no pé dos amigos para que conhecessem e apreciassem a banda mineira.
O Alexandre Giglio do Minuto Indie foi um deles e não é que ele deu moral para a Miêta? O tema do vídeo foi inclusive o Festival Bananada que aconteceu de 8 a 14 de Maio em Goiânia (GO).
O Line-up desta edição contou com artistas do calibre de Mano Brown, Os Mutantes, Céu, Baiana System, Boogarins, Maria Gadú, Karol Conka, Lineker e Os Caramelows, Tulipa Ruiz, DJ Patife, Akua Naru (EUA), Magaly Fields (Chile), Black Drawing Chalks, Hellbenders, Forgotten Boys, Scalene. Mas também é marcado por dar espaço para novos nomes da música indie brasileira como E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, Teto Preto, Poltergat, Miêta, Rakta, My Magical Glowing Lens, Selvagem, Jaloo, Ventre, The Baggios, Far From Alaska, Lava Divers, Justine Never Knew The Rules, Tagore, Hierofante Púrpura, Wry, Brvnks, Barro, Aeromoças e Tenistas Russas, Overfuzz, Mad Monkees, Terno Rei, Ombu, El Toro Fuerte, Luiza Lian, Lari Pádua, Supervão, Lutre e muitos outros. O festival serve como termômetro para saber mais sobre o que está rolando no cenário independente do BR e ao lado da SIM São Paulo, Festival DoSol, Abril Pro Rock, Goiânia Noise(que acontecerá de 18 a 20 de agosto), e Porão do Rock – para citar alguns – é um dos mais importantes da agenda underground nacional.
A Miêta está chegando com novidades já que em junho vai lançar seu primeiro álbum de estúdio. Ele inclusive já tem até nome, Dive, e será lançado pelos selo independentes Howlin’ Records (SP) e PWR Records (PE). Nos últimos dias após o Bananada um dos responsáveis pelo selo paulista, Eduardo Santana, disse que iria entrevistar a banda sobre a ida ao festival se eu teria algum questionamento sobre.
Uma das perguntas que eu fiz foi selecionada pelo pessoal da Howlin para o papo rápido. Por esta razão estou publicando por aqui também. Confira o bate papo. [Hits Perdidos] Qual é a sensação de participar de um festival tão grande ao lado de um monte de bandas amigas de estrada e quais shows curtiram mais assistir?
Miêta: Foi legal demais. A gente tocou pra um público muito massa, entre pessoas que viajaram o país pra curtir o Festival, público local e gente de banda e produção. Foi muito gratificante, ainda mais por ter sido uma apresentação no showcase da PWR, nosso selo, que nasceu da iniciativa de duas minas que tem fortalecido e promovido produções artísticas e iniciativas encabeçadas por mulheres pelo Brasil.
Além disso reencontramos pessoas muito especiais pra gente enquanto banda. Pessoal da Lava Divers, nossos comparsas de Minas; galera da My Magical Glowing Lens, que são pessoas muito queridas que já haviam nos recebido em Vitória; a Rita, Papisa e a Lari Pádua, nossas colegas de selo que ainda não conhecíamos; meninos da Justine Never Knew The Rules, de Sorocaba… foi uma constante festa, a gente teve tempo de ver shows incríveis desse pessoal e de outras bandas, trocar figurinha e brejas com gente que admiramos e gostamos demais, além de dividir palco com algumas dessas figuras. [Howlin Records] Li o que o Luiz escreveu sobre a sensação de integração pela fato da ocasião aglutinar pessoas do país todo que passam este mesmo sentimento de fazer o que gosta e despender todos os esforços possíveis para fazer a coisa acontecer. Vocês estão com um disco novo e fazendo uma tour. Considerando todos estes fatores e a experiência que a banda está adquirindo neste processo, como vocês encaram este negócio de ser independente neste exato momento, tendo conta para pagar (assim como calotes e prejuízos para evitar) e o desejo de pegar a estrada e mostrar o seu trabalho da melhor forma possível e onde houver condições? Que tipo de expectativa vocês têm em relação a isso? A realidade que vocês estão encarando está de acordo com esta eventual expectativa? Miêta: Nós vamos lançar nosso primeiro disco, “Dive”, em junho, quando também estaremos completando um ano de banda. Então não poderíamos estar mais satisfeitas com a reverberação do nosso som em pouco tempo de estrada e ainda sem material lançado. Poxa, o Bananada é um festival absurdo e tradicional na cena independente, e participar dele nos rendeu frutos, contatos e amizades. Então a gente se sente realizada e otimista. Mas ao mesmo tempo mantendo os pezinhos no chão, já que temos semestres letivos pra finalizar hehe (no meu caso -Marcela – e da Bruna), trampos fixos para os quais retornar, enfim, toda uma rotina que permeia nossa vida como “miêtas”. Estamos tentando viabilizar a banda como um investimento rentável, claro, mas ao mesmo tempo temos consciência de que para isso acontecer precisamos investir suor e tempo. Não entramos nessa com a ilusão de nos realizar financeiramente, mas ao mesmo tempo é básico que possamos bancar nosso rolê, já que nenhum de nós é herdeiro ou nasceu em berço de ouro (risos). Estamos nessa e é tudo muito recente, mas temos conseguido arcar com custos de viagem com nosso merch e apoio das casas, por exemplo.
[Howlin Records] O que essa experiência de tocar no Bananada agrega à Miêta num contexto geral? Miêta: A gente voltou pra casa mais segura ainda do que estamos fazendo, mas também com clareza para fazer auto críticas e rever planejamentos. Com muito mais bagagem, que pudemos ampliar quando em contato com outras bandas e diferentes cenários. A cada rolê a gente aprende mais sobre nós enquanto banda, ficamos mais espertxs para lidar com pepinos de naturezas variadas, ganhamos mais e mais segurança e naturalidade nos palcos e esse tipo de coisa transpassa e atinge o público, e isso é o que possibilita uma experiência genuína e divertida a cada show.
This post was published on 24 de maio de 2017 6:50 pm