Corona Kings aterriza na festa Gimme Danger

 Corona Kings aterriza na festa Gimme Danger

Nesta quinta-feira a festa Gimme Danger chega a sua décima terceira edição. Os supersticiosos dirão que é o número da sorte, os mais perversos dirão que é do capeta. Mas o que importa é que teremos já no pontapé inicial do mês mais uma edição. Nela contaremos com show do Corona Kings e DJ Set do Hits Perdidos.

Show do Corona Kings


Gimme danger


A festa que completou um ano na última edição em que teve show da banda Firefriend que no último dia 25 lançou seu novo disco, Negative Sun.

Coletânea O Pulso Ainda Pulsa

Além disso o Hits Perdidos marcou presença sorteando alguns discos da coletânea O Pulso Ainda Pulsa para alguns felizardos. Mas desta vez marcaremos presença de outra forma. A Débora Cassolatto (aka. Debbie Hell) convocou este mero editor para colocar fogo na pista de dança da Squat.

Para isso preparei um set especial para a décima terceira festa com o 13 na cabeça. Ou seja, vai ter rock’n’roll e muito straight to hell, boys! Claro que The Clash foi a primeira banda que me veio em mente afinal de contas: The Only Band That Matters.

Para combinar com o folclore de uma Gimme Danger que se prese eu preparei um set especialmente customizado para a festa. E é claro que vou adiantar algumas das canções no Spotify.



Mas está edição também trará novidades. Pela primeira vez a festa receberá uma banda de fora do estado de São Paulo. Representando o rock paranaense quem chega com os dois pés juntos para colocar o terror no palco da Squat é o Corona Kings.


Corona Kings Foto Oficial


Corona Kings

Após iniciar seus trabalhos em 2012 lá em Maringá (PR), eles já tem dois discos lançados: Explode (2013) e Dark Sun (2015). Após uma série de elogios pela qualidade dos discos eles decidiram apostar suas fichas e vir para São Paulo neste ano.

E foi numa dessas emboscadas do rock que pude ver pela primeira vez um show dos caras. Mais precisamente na Invasão True Rock, iniciativa da Jägermeister que tem como curadora do projeto Deb Babilônia (Deb and The Mentals).

A intensidade do show me chamou a atenção, toda aquela potência do stoner aliada a simplicidade do grunge e muita guitarrada no último volume.



O Novo disco do Corona Kings

O mais recente disco do Corona Kings se inicia com uma melancólica introdução de piano em “Dreamer”. A canção mais contemplativa vai ganhando elementos de guitarra, baixo e bateria aos poucos. Feito algumas músicas do Thrice, o peso só se estabelece no minuto final do som.

“Breathe” já chega com o veneno rock’n’roll, cavalgada e vai crescendo feito as canções da banda de Dave Grohl. O destaque fica pela explosão das guitarras e a bateria com levada hardcore.

A faixa título “Dark Sun” já tem um pé mais no rock soturno dos anos 70, mescla a levada característica do Fu Manchu com a alma do southern rock ~hibilly~ do Tennessee. Os teclados dão um tom misterioso e psicodélico a uma canção híbrida.

Já “Tombstone Blues” vem feito um tiro, com aquela energia do Nirvana de chegar destruindo tudo que passa pela frente feito um furacão em alta rotação. Ela é crua, ferroz e tem gritos que equalizam um cenário caótico. O inferno apenas se abre no chão e somos todos automaticamente arrastados em sua direção.

“Dead and Gone” é reflexiva, é como se você olhasse para trás e visse tudo que já aconteceu. As conquistas, derrotas, histórias, amores, decepções e aprendizados. O recurso do piano volta e a balada ganha solos em seu último minuto para coroar a canção. Acredito que fãs de Alice In Chains conseguirão entender a proposta da canção.

O Peso do Stoner Rock do Corona Kings

Em seguida temos “Like a Shadow” que já começa com a afinação pesada. O stoner come solto, como o baixo do Death From Above 1979 se encontrando com o Queens Of The Stone Age. Os backin vocals me lembram muito o grupo de Josh Homme.
Como um gatilho de artilharia vem chegando “Sweet Paranoia”, uma canção que me remeteu ao disco Wasting Light (2011) do Foo Fighters.

Sim, aquele que marcou o retorno de Pat Smear desde o The Colour and the Shape (1997). Sem grandes produções, o disco foi inteiramente gravado na garagem do eterno baterista do Nirvana em Encino (Califórnia). O disco teve captação analógica e não digital como os álbuns anteriores. Enfim, eles conseguiram dar a mesma vitalidade nua e crua presente neste disco em específico.

“Triton” tem uma levada mais solta rock’n’roll, investe na potência dos vocais e nos surpreende com o recurso do trompete – alá Rocket From The Crypt – que dá um punch a mais entre uma guitarrada mais bruta e um berro. “Rise” já traz as sirenes da polícia, a confusão está armada em ritmo de fuga. Uma canção ideal para entrar no carro de Death Proof e correr a 120km por hora pela famosa route 66.

Mas visceral mesmo é “Wake Up”, que não deixa ninguém dormir. Ela já trás a levada grunge/hardcore em sua essência. É veneno diluído em pouco menos de 3 minutos. Para balancear e forçar um contra clímax vem “Saving Me”, uma balada que deve ficar agradável em uma versão acústica.

A reta final do disco do Corona Kings

Para fechar o segundo lançamento do Corona Kings temos “Amazing”. Esta que já tem em sua introdução o diálogo de um lançamento de um foguete. Uma canção atmosférica e intergalática como as viagens do Angels & Airwaves. O recurso esteve inclusive presente também no último disco da Beeshop. A densidade faz com que prestemos atenção nos detalhes da canção. Nas linhas criativas de guitarra e na distorção que remete a delicadeza do post-rock.

Com toda certeza o disco fecha com grande estilo e mostra que ainda tem um universo de possibilidades para o rock alternativo. O adendo de elementos de post-rock, o trompete e o piano criam todo um leque de possibilidades que me deixa curioso para saber qual vai ser a próxima investida dos caras.

Aquecimento Festa Gimme Danger

Um bom aquecimento para a Gimme Danger que nesta quinta-feira (01.09) recebe o Corona Kings. Mas quem conhece a festa já sabe que além da banda principal ainda temos os FLASHS de tatuagem do Roger Marx e sua trupe.

Além da discotecagem do Hits Perdidos, teremos nas pick-ups Debbie Hell e Giuliano Di Martino (Deb and The Mentals). Então é isso. Quinta-feira. 19h. Gimme Danger. Squat. Be Fuckin There!


Corona Kings Flyer Hits Perdidos


Serviço: 
Gimme Danger Apresenta: Corona Kings 
Djs: Rafa 77 (Hits Perdidos)
Giuliano Di Martino (Deb and The Mentals)
Débora Cassolatto —> www.debbiehell.com.br
Flash de tatuagens: Roger Marx (NiMBUS STUDiOS)
Local: Squat
Hora: Das 19h às 2h (Show 23h)

 

Entrada:
*Na lista (enviar até às 16h do dia do evento): R$10 entrada
*Na porta: R$10 entrada + R$20 consumação
Contato para mandar nomes para lista: [email protected]
Endereço: Bar Squat – Alameda Itu, 1548
Site: www.barsquat.com.br
DJ Residente: Diego Trevisan
Só é permitida a entrada de maiores de 18 anos.
Leve documento com foto.
–Apoio: Ideal Shop,  RcknrllMutanteRadio
–Fotos: Amanda Costa
–Arte  por: @gg.dimartino

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