“Pode Ser que o Tempo Vire” é o primeiro lançamento após o disco Tudo Vira Moda
A rotina é sempre reavaliada dia após dia. Entre expectativas de melhora, o respirar fundo e se desdobrar para fazer acontecer. Nem sempre todo esse esforço que extrapola a vontade pessoal é recompensado. Muitas vezes esta frustração se transformando em problemas que envolvem a saúde física e mental.
Se adequar tem um preço e não sentir que esse esforço, muitas vezes sobrenatural, seja recompensado, seja financeiramente como sentimentalmente, acaba deixando um nó na garganta. No caso da banda Kanduras, isso virou música.
“A letra fala sobre a sensação de cansaço diante das cobranças diárias e a frustração com a falta de retorno emocional e financeiro do nosso trabalho.”, segundo o guitarrista Thomaz Marra
“Pode Ser que o Tempo Vire” chega ao mundo 16 meses após o lançamento do segundo disco da banda, Tudo Vira Moda (saiba mais). Nesta nova canção, o grupo que hoje em dia mudou sua dinâmica, visto que Raphael Thebas (voz e guitarra) se mudou para Brasília, também traz consigo uma nova dinâmica de criação.
“2024 é um ano de continuidade nas gravações e lançamentos. Antes, a escrita ficava apenas comigo e os arranjos com todo mundo. Agora estamos nesse momento de divisão de todas as tarefas e acho isso ótimo.”, detalha Thebas
Completa a formação atual além de Raphael e Tom (Voz, Guitarra e Violão), André Bedurê (baixo) e Junior Breed (Bateria). O material foi gravado e mixado por Rovilson Pascoal no Parede Meia Estúdio em fevereiro.
No campo das referências, sempre tendo como base a MPB e o Rock, eles trazem neste novo lançamento elementos do Salsa Rock e a estética oitentista para a sonoridade do grupo.
“O refrão e o solo final foram inspirados por artistas como Marina Lima e Herbert Vianna.”, revela Thomaz
Com atmosfera melancólica, a canção agrega os elementos da salsa com um tom confidente, assim como as músicas do Cazuza. A inquietude aparece em versos que desabafam (“Quando a semana acabar / Põe um som pra tocar / Quero nem pensar em trabalhar”) e um refrão que mostra como a mente até na hora do descanso não consegue desligar (“Mas você não me deixa esquecer / De tudo que passei / Mas você não me deixa sonhar”).
O lado guitar hero de Herbert Vianna, artista que também bebe muito do Blues em suas experimentações, aparece no solo que encerra a canção.
Quero ver
Me fala aonde pôs
Não consigo nem pensar
Vou ficar pra lá, em um lugar
Veja bem
Nós estamos sem dormir
Deixa essa coisa pra lá
Pode ser que tempo vire
E aí, oque vai ser?
Quer saber
Vou sair volto depois
Não me deixa repetir
Eu só quero estar, descansar
E enfim
Quando a semana acabar
Põe um som pra tocar
Quero nem pensar em trabalhar
Mas você não me deixa esquecer
De tudo que passei
Mas você não me deixa sonhar
Sem querer vou ficar
This post was published on 11 de outubro de 2024 10:00 am
The Vaccines é daquelas bandas que dispensa qualquer tipo de apresentação. Mas também daquelas que…
Demorou, é bem verdade mas finalmente o Joyce Manor vem ao Brasil pela primeira vez.…
Programado para o fim de semana dos dia 9 e 10 de novembro, o Balaclava…
Supervão evoca a geração nostalgia para uma pistinha indie 30+ Às vezes a gente esquece…
A artista carioca repaginou "John Riley", canção de amor do século XVII Após lançar seu…
Quando foi confirmado o show do Travis no Brasil, pouco tempo após o anúncio do…
This website uses cookies.