Nesta quinta-feira (21/09) está sendo lançada a autobiografia da história de Buchecha com Claudinho, “Nosso Sonho”. Com direção de Eduardo Albergaria (“Happy Hour – Verdades e Consequências”), produzida por Leonardo Edde, cinebiografia estrelada por Juan Paiva (Buchecha) e Lucas Penteado (Claudinho), é uma realização da Urca Filmes, em coprodução com a Riofilme, Telecine e Warner Bros Distributing, com investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual e BBDTVM, e distribuição da Manequim Filmes.
O filme retrata a história da união da dupla, da periferia de São Gonçalo (RJ), desde a infância no Salgueiro. Dos bastidores da amizade, passando pelos problemas familiares com o pai de Buchecha, os dias difíceis como office boy, a caminhada em direção do sucesso nacional a repentina morte de Claudinho.
Com hits emblemáticos como “Só Love”, “Rap do Salgueiro”, “Quero te Encontrar”, “Fico Assim Sem Você”, o filme faz uma verdadeira volta ao tempo e conta a história de 1993 até alguns anos depois de 2002 quando em um acidente de carro na volta de uma apresentação, Claudinho nos deixou.
O elenco de “Nosso Sonho” traz Tatiana Tiburcio e Nando Cunha, que interpretam Dona Etelma e Souza, os pais do Buchecha; Lellê e Clara Moneke, que vivem Rosana e Vanessa, as namoradas dos músicos; e Vinicius “Boca de 09” e Gustavo Coelho, que fazem Claudinho e Buchecha na infância, respectivamente.
O longa metragem conta com participações especiais de Antonio Pitanga, como Seu Américo, Isabela Garcia, como Dona Judite, Negão da BL como um DJ do baile, e FP do Trem Bala e Gabriel do Borel, como a dupla Cidinha e Doca, e ainda Flávia Souza e Reinaldo Júnior.
A produção musical do filme é do cantor Buchecha e da agência Atabaque, que também está desenvolvendo com a produtora Urca Filmes a trilha sonora com uma série de lançamentos reunindo diferentes gerações de funkeiros.
“Nosso Sonho” é uma cinebiografia de “Claudinho e Buchecha”, dupla de maior sucesso do funk melody nacional de todos os tempos e ícone máximo do gênero na música brasileira.
A história de uma amizade que se transforma em força de superação e conquista. Um filme que mostra como o ritmo e a poesia da periferia conquistaram o Brasil. Uma história real repleta de fantasia. Um musical, emocionante e divertido, feito de drama e tragédias, mas também de humor, surpresas e redenção.
O filme traz na simplicidade da história da dupla, e na força de superação para correr atrás dos sonhos, a base de sustentação do roteiro. Contribundo pela narrativa da imagem de Claudinho como um “anjo” na trajetória do amigo Buchecha que além de incentivar o amigo a cantar, formando a dupla, também salvou sua vida algumas vezes e incentivou a perdoar os erros do pai.
Apesar de fisicamente os atores não lembrarem muito os músicos, não falta vontade por parte de recriar a alegria da dupla que cativava e movia multidões com seu som feito para todos os públicos em uma época dominada pelo funk proibidão da Furacão 2000 – produtora que inclusive lançou os trabalhos de Claudinho & Buchecha. O longa, aliás, mostra a preocupação deles com o público infantil, o lado puro do amor a música como centro de tudo e as pessoas a volta.
Contando com diversas curiosidades sobre o relacionamento deles e o processo de composição de hits que reverberaram Brasil afora, o enredo mostra como é sim possível ter uma alma gêmea sem ser em um relacionamento romântico. A amizade que nem a morte separou é retratada nos letreiros finais com um pedido de Claudinho para Buchecha para que na festa de 15 anos da filha do finado, Andressa, fosse entregue pelo parceiro musical: CDs da dupla com direito a uma dedicatória do pai.
São nos pequenos detalhes que o filme emociona e faz uma viagem no tempo pela indústria fonográfica na era pré-internet onde até mesmo eles fingiram ser os próprios empresários dando o telefone de um orelhão da comunidade em que viviam – uma das cenas mais divertidas da trama. Esta que também re-edita o último show da dupla que culmina no acidente que tira a vida de Claudinho. Uma cena emocionante e praticamente premonitória que nas telonas ganhou toda uma plástica com Claudinho se retirando do palco para Buchecha brilhar cantando “Nosso Sonho”.
A produção acaba servindo como uma grande homenagem a Claudinho e a “Buchechão”, pai do músico que graças ao parceiro pode perdoar ainda em vida.
Algo que muitos filmes brasileiros parecem ter dificuldade em se virar com é a quantidade demasiada de product placements ao longo da trama. Apesar de fundamentais para o financiamento, o material muitas vezes parece pecar pelo exagero a custo de passar um lifestyle de marcas diferente da época do sucesso.
Por outro lado, deixar de lado partes tristes da repercussão midiática da morte, na época bastante forte e apelativa em diversos programas dominicais, foi um acerto da trama.
Um filme que com certeza brilhará na Sessão da Tarde e no veículo de um dos patrocinadores do filme, um canal do segmento de TV fechada.
“Nosso Sonho” com mensagem positiva, e com diversos ensinamentos simples sobre a vida, já nasceu feito para toda a família.
This post was published on 21 de setembro de 2023 12:00 am
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