Lollapalooza 2023: Rosalía e Skrillex foram os headliners no terceiro dia
Programado para os dias 24, 25 e 26 de março o Lollapalooza Brasil 2023 realizou na última semana a sua décima edição no Autódromo de Interlagos. Com mais de 80 atrações o festival reuniu no terceiro dia 100.750 pessoas no qual teve como headliners a Rosalía e o Skrillex (que substituiu o Drake com anúncio no dia) mas também a vinda do The Rose, primeira banda sul-coreana a participar de uma edição do Lollapalooza BR e a apresentação do Cigarettes After Sex, com direito a chuva e clima soturno.
Do line-up original no domingo Drake, Omar Apollo e 100 Gecs foram as quedas do dia junto da Willow – confirmada posteriormente a divulgação dele mas que cancelou em cima da hora sem revelar o motivo. Sendo o dia mais prejudicado pelas baixas do evento.
Não dá para falar sobre o Dia 3 do Lollapalooza sem comentar sobre o papelão que Drake fez. Seu cancelamento no dia pegou parte da produção de surpresa com o palco tendo sido montado na madrugada para receber o show do rapper canadense. Sem qualquer compromisso com o público brasileiro, ele foi visto em uma balada e strip club, em Miami, horas antes de cancelar show ao lado de 50 Cent e Quavo. Não bastasse isso, sua vinda a América do Sul foi caótica, repleta de problemas técnicos e uma entrega de performance de qualidade bastante questionável (veja o vídeo clicando aqui).
Um dos momentos legais do terceiro dia foi o carinho que o Black Pantera teve com os fãs desolados com o blink-182. O grupo mineiro de Thrash Metal/Hardcore já no finzinho de seu show fez uma versão para “I Miss You”.
Com o encerramento da produção e vendas do Ônix no país, o palco foi renomeado para Palco Chevrolet. A edição que contou com 6 cancelamentos de artistas internacionais (Drake, blink-182, Willow, 100 GECS, Dominic Fike e Omar Apollo) marca também a despedida da T4F da produção do evento. A próxima edição será produzida pela Live Nation. A T4F assume o comando do Primavera Sound São Paulo. Ou seja, a dança das cadeiras das produtoras de grandes festivais.
O primeiro show do terceiro dia que pudemos acompanhar na íntegra foi o da Tuyo. O trio paranaense composto por Lilian Soares (Lio), Layane Soares (Lay) e Jean Machado se preparou para uma das conquistas mais importantes da carreira até aqui e para coroar a participação eles trouxeram um segundo trio de músicos que Lio até aproveita para elogiar ao longo do set de 11 faixas. Programado para às 13:25h, os músicos entraram carismáticos e celebrando toda uma trajetória de uma vida.
A sequência de abertura com “Ela Sorriu pra Mim”, “Pra Curar” e “Me Leva”, é uma escolha um tanto quanto certeira tanto para introduzir o trabalho para quem ainda não conhecia a banda (algo que acontece muito em festivais assim) como para quem acompanha a trajetória a anos. Eles até brincam sorridentes: “anotem o nome da banda Tuyo para ouvir depois!”.
“Sonho Antigo” para mim foi um momento marcante tanto pelo significado pessoal que tem para o Jean, que escreveu a música, como por fazer uma analogia direta a chance de tocar em um festival deste tamanho. As descidas no palco de Lio para a grade para sentir o calor dos fãs, aliado ao carisma, são pontos que encantam quem está conhecendo agora o som do grupo.
Canções do álbum mais recente como “Sonho da Lay”, feat. com Luccas Carlos, e “Fracasso”, feat. com Lenine, acabam entrando no set. Aliás, o show ainda contou com um feat ao vivo com direito a participação de Vitão que trajando suas havaianas cantou o novo single “Zero Coragem”. Eles encerram o show com “Vitória Vila Velha” e celebram a vitória de estarem vivos, pulsando e vivendo um sonho que agora podem chamar de possível.
Quem pode estar no Lollapalooza de 2022 sabe o sentimento amargo, e quase fúnebre, que ficou no Palco Budweiser após os raios interromperem a apresentação do Rashid (o rapper ainda teve outros dois shows cancelados no evento, nas edições de 2019 pelo mesmo motivo, e 2020 – edição cancelada devido pandemia). Ele até foi se despedir do público assim que anunciado que teria que parar a apresentação após duas músicas mas depois de tantos cancelamentos, seja por pandemia ou por problemas além do controle o show de 2023 já chegou com o adjetivo e a manchete pronta: Redenção.
É justamente esse o espírito que Rashid invocou desde o primeiro instante que pisou no Palco Budweiser acompanhado de sua banda. Com condição climática totalmente oposta um céu azul ensolarado o reverenciou. Após adentrar o palco com direito a abertura no telão simulando os mesmos raios que interromperam suas últimas tentativas de apresentação em Interlagos, uma das primeiras frases ditas foi: “Chegou a nossa vez. Eu to com fome de fazer esse show”. Gana essa que era visível em poder levar todos os teus para cima daquele palco gigante que o esperava com muita energia para coroar aquele momento triunfal.
Para agigantar o momento o rapper ainda levou seus companheiros de cena para a linha de frente, Luccas Carlos (em “Bilhete 2.0”), Emicida e Projota (em ““Nova Ordem” e “Pipa Voada”) estiveram ao lado do músico para celebrar sua conquista. O repertório contou com canções do seu mais recente álbum, Movimento Rápido dos Olhos (2022), mas também olhou pelo retrovisor canções que marcaram a sua caminhada até ali.
“Foi especial demais ter eles comigo, porque esses caras participaram da minha formação enquanto pessoa e artista. É uma longa caminhada de amizade e de aprendizados”, afirmou Rashid logo que saiu do palco
Com sentimento de missão cumprida, o músico planeja agora levar a turnê para outros cantos do país país “Saímos de lá com energia renovada para poder levar a turnê para a estrada e transmitir essa parada Brasil afora”.
Com um sol de escaldar e exigindo óculos, além da canção presente no set, Os Paralamas do Sucesso entraram no Palco Chevrolet por volta das 15:20h da tarde. Um dos comentários na sala de imprensa minutos antes definiu muito bem a participação do grupo na edição do Lollapalooza de 2023: “Antes tarde do que nunca, um reconhecimento de um festival deste tamanho a um dos maiores nomes da história do rock brasileiro. Algo que deveria ser mais rotina em nosso país.”
Com banda completa, teclados e metais presentes, contar a história da música é sempre um direcionamento da banda de Herbert Vianna e João Barone durante as apresentações. É sempre emocionante poder assistir a aula histórica que eles dão passando por ritmos como o ska, o reggae e também reverenciando o blues. A abertura com “Vital e sua moto” chega a ser emblemática – e fica mais interessante se pensamos que horas depois Rosalía entraria no palco simulando com seu corpo de bailarinos uma motocicleta em analogia ao disco Motomami (2022).
Um dos momentos emocionantes também ficou para a versão ska para “Você” originalmente interpretada por Tim Maia, logo depois de uma sequência com “Cinema Mudo”, “Ska” e “Lourinha Bombril”; seguida de canções com cunho político como “O Calibre”, “Selvagem / Polícia” e “Lanterna dos Afogados”.
Tudo tem espaço, até mesmo educar o público bem novo que os prestigia contando mais detalhes sobre as composições e até mesmo citar a história por trás da parceria com o mestre Gilberto Gil (“A Novidade”, do disco Selvagem [1986]). Em seguida eles tocam “Melô do Marinheiro”, hit que invadiu as rádios FM’s por anos. Aliás, estas que fazem muitas vezes parecer que a música brasileira parou no tempo. Vianna até fala algumas vezes ao se referir as músicas de como alguns dos hits, encavalados um atrás do outro, foram provavelmente escritos quando muitos dos presentes não havia nem nascido. Fato é que seus discos e canções alcançaram novas gerações através dos discos dos pais e das inúmeras canções presentes em novelas e filmes nacionais.
Ainda no campo de aula de história para que o passado não se repita: eles colocam nos telões vídeos em referência a George Floyd para mostrar o contundente, e constante, posicionamento político do grupo que sempre esteve ao lado das causas sociais – e denunciando ativamente as mazelas da sociedade. Basta ver a crítica social em “Alagados”, também presente no set.
A sequência final é como ir para o abraço após o gol com “Uma brasileira”, “Óculos”, “Caleidoscópio” e “Meu Erro”, esta cantada a plenos pulmões por muitos dos presentes. 10 anos depois o Lollapalooza Brasil fez as pazes com a própria história.
Muito se falou sobre o show do The Rose na imprensa especializada, ou nem tanto assim, com um tanto de preconceito. A verdade é que a atração estar presente no Lollapalooza é uma vitória justamente por ser a primeira banda sul-coreana a participar de uma edição do festival.
A apresentação por si só é bastante carismática e se propõe a fazer com competência um show de pop rock, não deixando a dever nada para as outras atrações do mesmo segmento que tocaram nas outras edições do Lolla BR. Não é o som mais original do mundo mas nem por isso mereceu o bombardeio que recebeu. Com preocupação com o futuro do planeta eles utilizam o microfone para falar sobre temas de importância mundial como “Cure”, faixa presente no disco Heal, que fala justamente sobre a recuperação do ecossistema planeta.
Um dos artifícios de uma banda que já veio para show no Unimed Hall, em dezembro, com bom público, mas ainda desconhecida do público de massa foi utilizar dos telões para colocar as letras das músicas feito um grande karaokê gigante, o que funcionou para quem queria entrar em sintonia, o que acontece em “I Don’t Know You”, terceira faixa a ser apresentada no show. Durante o set eles tocam canções como “Time”, “She’s in the Rain”, “Beauty and the Beast” e fecham com “Sour”. O curioso foi ver o vocalista se divertindo horas mais tarde durante o show do Skrillex direto da pista vip do lounge.
Um dos maiores nomes do rap/trap nacional na atualidade, L7NNON, lotou o Palco Budweiser levando hits que estão na boca do povo como “Ai Preto” parceria com Biel do Furduncinho e Oz Criaz.
No set ele ainda coloca canções como “HB20” (feat com Papatinho), “Corte Americano”, que Filipe Ret tocou no dia anterior, “Sem Dó”, parceria com Matuê, “Outro Lugar”, “Mais Que Isso”, “Algumas Frases” e “Freio da Blazer”. Um dos momentos memoráveis do show foi quando L7NNON chamou para cantar junto no palco, TOKIODK, ele que trabalhava até pouco como motoboy e agora possui cerca de 290 mil ouvintes mensais.
“Há 3 meses eu tava na correria, hoje eu to no palco principal do Lollapalooza. Acredite no seu sonho”, diz TOKIODK ao subir no palco .
Durante a apresentação o músico aproveitou para criticar (indiretamente) Drake e fez uma reflexão importante: “A falta de oportunidade nos deixa mais forte… É isso! Nós é acostumado a dar maior moral pra quem vem lá de fora e esquece de olhar pra nós mermo, tá ligado? Isso é Brasil!”. A plateia por sua vez respondeu mandando, em coro, o Drake para aquele lugar.
Após o show, o rapper ainda foi ao seu perfil para ressaltar que “não era uma fala direcionada à Drake“.
Quem pode acompanhar os últimos shows do rapper baiano Baco Exu do Blues, como no Festival Turá, sabe um pouco sobre a forma como ele conduz suas apresentações durante a divulgação do seu mais recente álbum, QVVJFA?. Com shorts curto, que rendeu uma série de comentários nas redes sociais, e até mesmo um tweet do músico sobre o fato, ele teve em sua companhia cantoras afiadas mostrando toda sua extensão de voz, com coros e falsetes. Com essa potência que ele apresenta “Dois Amores”, “Mulheres Grandes” e desemboca em um momento emocionante com um tributo a Gal Costa no qual apresenta “Força estranha”.
Baco não deixa de cutucar Drake logo após tocar “Me desculpa Jay Z” e após o público mandar o rapper canadense para aquele lugar, ele exalta os talentos da cena brasileira e cita que em sua banda tem músicos lesionados que estão tocando mesmo assim, na sequência ele emenda a love song “20 Ligações”.
Já no trecho final ele toca “Hotel Caro”, parceria com Luisa Sonza“, “Te amo Disgraça”, seu primeiro hit, e “Samba in Paris”, single do seu disco mais recente. A dobradinha final chega com “Abre caminho” e “Flamingos” que bem que poderia ter tido a participação de Lio Soares, já que a Tuyo tocou mais cedo, mas ficou apenas na expectativa e no imaginário coletivo.
Diretamente do palco ao lado já no finzinho da apresentação do Baco Exu do Blues já era possível ver uma multidão se direcionando para o Palco Chevrolet. A tropa extasiada para assistir a Rosalía era gigante. A expectativa era grande já que sua vinda para cá no ano passado teve uma disputa acirrada por ingressos que ultrapassavam os 500 reais. Com um show imersivo e com conceito focado na experiência em telas na vertical mas sem perder o lado teatral e atuação, ela desfila pelo palco com bailarinos que também dividem a função como filmakers. Digno de profissional PJ que se desdobra em mil funções.
Rosalía ao subir no palco salda o público dizendo boa noite São Paulo, afirma que está feliz de voltar ao país e agradece pela oportunidade. É com essa humildade que ela se apresenta para um público, assim como o do Tame Impala, digno de shows de estádio. Ela entra com capacete de Motomami e no telão é possível ver como eles formam uma moto se filmados de cima para baixo (como o é exibido nas telas). Aliás, isso dividiu opiniões nas redes sociais se aquele show estava sendo feito para os presentes ou para quem tava em casa. Sua equipe, inclusive, coordenou as câmeras da emissora que transmitiu a apresentação (o canal Multishow). Para alguns a experiência do show tem que ser a que fica ali, para outros a inovação mostra um possível futuro para a inovação no mercado dos espetáculos ao vivo.
Ela não economiza nos hits e já abre com a sequência “Saoko”, “Bizcochito” e “La Fama”. Parcerias com Bad Bunny (“La Noche de Anoche”) ganham um tempero a mais, ela vai para a primeira fileira e coloca o microfone na boca de um fã, após isso ela se dirige até uma ilustre conhecida do público brasileiro e faz o mesmo, ela era apenas Gloria Groove direto da Área VIP – o público vibra ao ver sua coroação com as imagens sendo exibidas no telão. Aliás, a experiência do telão faz da apresentação algo burocrático já que quem está bem longe do palco pode ter uma experiência similar de quem está muito perto.
Outra parceria que aparece no set “Linda” (com Tokicha) que segue em uma sequência inflamada com as potentes “Diablo”, “Despecha” com elementos do Jersey3000 remix, “LLYLM” e uma versão para “Blinding Lights (Remix)”, do The Weekend em versão curta. A visão periférica, e multifocal, que a técnica de filmagem apresenta mostra detalhes que ela faz questão de apresentar durante o show como o retoque na maquiagem, a troca de óculos e detalhes que geralmente os músicos só fazem durante a troca de roupas no backstage.
A artista espanhola aproveita para declarar amor por Tom Jobim e diz que estudou jazz. Ela exalta e diz que a música brasileira é muito bela. Ela inclusive ama quebrar protocolos e diz “y ahora un poco de aguita” antes de jogar no cabelo deitada no chão. O interessante da experiência do show é a variação da artista que mostra que sabe fazer música quebradiça e com apelo da música urbana mas também tem o lado mais clássico e também o flerte com o flamenco. “La Kilié” é um momento mais sentimental onde ela abaixa a guarda para mostrar mais do seu talento a capella. Ela vai pro piano durante a parte mais intimista da apresentação.
Os blocos de músicas passam por ritmos diferentes que vão da música clássica passando pelo pop, música urbana e flamengo em sequências lógicas com inteligência.
Ao ouvir gritos de gostosa e ela retribui com afeto dizendo “Gostasa soys tus”. O jogo de câmeras transforma o show de uma forma que você se vê dentro de um filme sendo gravado em plano sequência. A estética até mesmo me remeteu a “Dogville” (2003), do diretor Lars Von Trier. Assim como Lil Nas X, as telas emulam o “efeito TikTok” tendência cada vez mais comuns em shows de artistas como 1975 e até mesmo da brasileira Ludmilla.
A apresentação segue em ritmo frenético com “La Combi Versace”, “Con Altura” e “Beso”, sua nova canção em parceria com Rauw Alejandro. Outro feat da artista com ninguém mais ninguém menos que Enrique Iglesias, “Héroe” aparece já na parte final. Assim como Billie Eilish, ela tem costuma abreviar para caber algumas canções no set como é o caso de “Malamente”.
Já na parte final do show ela toca “Chicken Teriyaki”. Para homenagear o Brasil ela trouxe para o show até samples de escola de samba. Algo que na expectativa dos fãs incluia uma escola de samba ao vivo no palco do Lollapalooza (mas não foi dessa vez). Ela fecha a apresentação com “CUUUUuuuuuute”, faixa que entrou no dia anterior no set de Jamie xx.
Um show que pode até dividir opiniões por sua forma mas que justifica o protagonismo e atenção que está recebendo dentro do atual pop produzido no mundo.
Com tantas mudanças de atrações o cronograma de domingo acabou ficando uma verdadeira colcha de retalhos e o show do Cigarettes After Sex para muitos ficou com horário de improvável headliner do Palco Adidas. Por volta das 21 horas o grupo texano, que exigiu que a transmissão fosse realizada com câmeras em p/b, entrou no palco para um show curto. Sim, foram apenas 40 minutos de apresentação que contou ainda com um elemento que deu um charme para o tom melancólico e introspectivo das músicas: a chuva.
Se no show solo do dia posterior, eles tocaram 14 músicas, e estavam muito mais animados, o do Lollapalooza ficou marcado por um público morno (quase frio) que pareceu não entender muito a proposta da banda. Duas faixas das 11 que entraram no setlist não foram executadas no dia seguinte, “K.” e “Heavenly”.
O vocalista, González, não pareceu muito confortável no ambiente do festival e abriu poucas vezes a boca para interagir com o público. Programado para ir até às 22 horas, às 21:40h o show se deu por encerrado. Sorte de quem queria voltar mais cedo para casa, para alguns, e para quem queria ver os momentos finais do show do Skrillex que tocava a uns 200 metros dali no Palco Budweiser com a ingrata missão de substituir o Drake.
This post was published on 31 de março de 2023 3:12 pm
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