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Conheça 5 dos maiores estúdios de jogos brasileiros e seus principais títulos

Lista reúne os 5 maiores estúdios de jogos brasileiros e seus títulos

A Pesquisa Nacional da Indústria de Games, estudo coordenado pela Abragames e ApexBrasil, inaugurou sua primeira edição neste ano mostrando um boom no setor de desenvolvimento de jogos no país, que cresceu 169% desde 2018.

Do registro de 1009 empresas brasileiras de games, a maioria está localizada no sudeste do Brasil (57%), seguidas por estúdios do sul (21%) e do nordeste (14%). A principal produção desta cadeia são de jogos para celulares (38%), seguida por games para computadores (20%) e consoles (17%).

Dentre outros dados, como fontes de receita, principais mercados, atividades realizadas e tecnologias mais utilizadas, a pesquisa traz um ranking dos maiores estúdios brasileiros de jogos, baseado na quantidade de funcionários de cada empresa.

O Hits Perdidos destaca abaixo quais são esses 5 maiores estúdios brasileiros de jogos, de acordo com o levantamento, e os principais títulos que lançaram.

1. Wildlife Studios (São Paulo, SP – 2011)

Com uma série de aportes e investimentos desde que foi criada, a empresa apresenta mais de 1.100 funcionários e cinco unidades — em São Paulo, Palo Alto e Orange County (EUA), Dublin (Irlanda) e Buenos Aires (Argentina). Em 2021, a Wildlife Studios iniciou a abertura de estúdios independentes associados Brasil afora, mesmo ano em que a Rest of World noticiou que a empresa foi acusada de assédio moral.


Bike Race, lançado pela Top Free Games (atual Wildlife Studios), em 2012

Fora seus jogos mais populares, como Tennis Clash e Sky Warriors, por exemplo, Bike Race, lançado quando a empresa ainda se chamava Top Free Games, em 2012, foi de fundamental importância. O título registrou mais de 100 milhões de jogadores no mesmo ano e venceu o prêmio de melhor jogo do ano pela Apple e pelo Facebook em 2013.

2. Afterverse (Campinas, SP – 2021)

Por meio da iniciativa PlayKids, plataforma de conteúdo infantil do grupo Movile, desenvolveu seu primeiro jogo em 2019, Crafty Lands, e logo engatilhou PK XD, ambos sob o conceito de metaverso. Só após o sucesso desses títulos que nasce a Afterverse, com independência da Movile para criação de games.

Em junho deste ano, a empresa demitiu 20% dos seus funcionários e pouco mais tarde, em agosto, contratou Diego Moreira, executivo que fez carreira no Facebook e IBM, para o cargo de CEO do estúdio.

3. Aquiris (Porto Alegre, RS – 2007)

Pioneiro em modelos de financiamento, foi o primeiro estúdio a receber recursos do ProCult/BNDES, em 2016. Fora outros investimentos, a Aquiris foi considerada uma das 500 empresas de maior crescimento das Américas pelo Financial Times, em 2020. Um ano antes disso, foi selecionada como uma das empresas a estrear o Apple Arcade.


Horizon Chase, da Aquiris, foi lançado em 2015


Além de jogos para a Cartoon Network, como CN Superstar Soccer e The Great Prank War, e de licenciamento como Looney Tunes: World of Mayhem, o portfólio da Aquiris traz títulos originais como o jogo de tiro Ballistic Overkill e o de corrida Horizon Chase como principais destaques.

4. Fanatee (São Paulo, SP – 2013)

A empresa foi fundada junto com seu lançamento de estreia, The Missing Link, jogo baseado em contatos no Facebook. Em 2015, a Fantee lança o Letroca, jogo de formação de palavras que atinge maior sucesso.

Com mais outros três jogos de palavras em seu catálogo, traduzidos para 11 idiomas diferentes, a empresa contabiliza mais de 150 milhões de downloads de seus jogos e um quadro de funcionários composto por 200 trabalhadores.

5. PUGA Studios (Recife, PE – 2013)

Especializada em desenvolvimento externo, a empresa não traz títulos originais em seu portfólio, pois sua operação é terceirizada, focada na criação de recursos artísticos para diversos jogos da indústria. Entre seus projetos mais recentes, esta a colaboração com a Aquiris para o jogo Looney Tunes: World of Mayhem, lançado em 2018.


Looney Tunes: World of Mayhem foi desenvolvido pela Aquiris e conta com colaboração da PUGA Studios

Além de prestar serviço para empresas nacionais de jogos, a PUGA Studio apresenta uma carteira de clientes com marcas internacionais diversas, como a Futureplay, Gearbox, Jam City, Kwalee e outras. Nos últimos dois anos, a empresa saltou de 30 para 140 funcionários, e agora está em processo de aquisição pela Room 8, empresa estrangeira também focada em desenvolvimento externo.

This post was published on 13 de outubro de 2022 10:30 am

Gabriel Bonafé

Ainda ouve a trilha do SOTN, aprendeu que cerveja e videogame combinam desde quando jogava KOF nos fliperamas e defende que games indies são mais autênticos. Não zerou todos Final Fantasy, mas tem certeza de que o Barret é muito melhor do que o Cloud.

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