Em novembro o projeto Stall the Örange, assinado por Luiz Libardo, lançou seu primeiro álbum chamado Colours are Distörted. O disco complementa o EP chamado It´s a Chromatic Circle, But de 2020.
Lançado de forma independente, resgata um indie rock que dominou o mundo em meados de 2006, com elementos do pós-punk dos anos 80 e temperado por um sonoridade psicodélica em algumas faixas. Produzido por Luiz e Davi Carturani no Pistache Estúdio em Brusque (SC), o projeto surgiu graças ao “Rock na Praça”, evento anual que ocorre na cidade onde são selecionadas algumas bandas para se apresentar.
“Eu gostava de tocar, mas pra eu poder ser selecionado precisava ter alguma coisa lançada, foi quando conheci o Davi, produtor do disco, e chamei ele pra gravarmos”, conta Luiz.
Nos anos 80, Brusque, em Santa Catarina, já foi considerada a “Disneylândia do rock brasileiro” com bandas que se destacaram nacionalmente como o Bandeira Federal. Na época, muitos grupos surgiam e se apresentavam em diversos shows na cidade, chegando algumas delas no programa “Boca Livre”, da TV Cultura. A cena rendeu reportagem especial no jornal Folha de S. Paulo e publicações na revista Bizz.
O “Rock na Praça”, evento a qual o Stall the Örange se apresentou, surgiu nos anos 2000 por meio da Prefeitura com o objetivo de consolidar e dar continuidade a cena de música autoral da região. Essa movimentação contribui com a economia da cidade, que possui cerca de 137 mil habitantes, promovendo atividades culturais, audiovisual, publicidade além loja de instrumentos e entre outros.
Luiz é natural de Nova Trento, cidade vizinha com cerca de 14 mil habitantes, suas bandas favoritas são The Smiths, The Smashing Pumpkins, The Cure, Lupe de Lupe e o funk dos anos 2000.
O Stall the Örange já participou de variados eventos culturais, entre eles o “Festival Não Vai ter Coca” e a “Semana do Rock Catarinense”. O cantor assina a composição e toca todos os instrumentos do álbum. A parte da bateria foi feita com sample, copiando e colando os sons que desejava.
Com 22 anos, diz que o nome do álbum havia sido decidido a muito tempo quando compôs as músicas aos 17, momento em que passou a enfrentar a síndrome do pânico.
“Não sei bem o que rolou, em um dia eu achei simplesmente que ia morrer, foi muito ruim porque esse sentimento persistiu e escrever as músicas foi um alívio muito grande, foi um jeito de botar pra fora”
Diz que sempre gostou de fazer música e aprendeu a tocar baixo aos sete anos. Seu avô tocava acordeon e seu pai sonhava em ser músico. Luiz quer dar continuidade ao anseio. Atualmente estuda publicidade, mas de forma única conta que gostaria de crescer com o projeto.
“Eu tenho alguns objetivos muito claros, pode parecer bobo mas queria muito entrar na Balaclava. E fazer um show cover do The Smashing Pumpkins“
Luiz afirma que Stall the Orange é um projeto e que no futuro quer fazer trabalhos diferentes em cada lançamento “tipo o Gorillaz” afirma.
A vibe oitentista está presente em toda a estética do artista. No clipe de “Eventually”, faixa preferida do autor, seu cabelo faz claramente uma referência a Robert Smith, vocalista do The Cure.
Reflexões existencialistas, impermanência e relações humanas, são temas discutidos ao longo das dez faixas, tudo dentro de uma atmosfera oitentista e psicodélica. Stall the Örange talvez represente sintomas de uma geração que vive em um mundo pós-internet em meio a um caos político.
This post was published on 22 de dezembro de 2021 10:00 am
The Vaccines é daquelas bandas que dispensa qualquer tipo de apresentação. Mas também daquelas que…
Demorou, é bem verdade mas finalmente o Joyce Manor vem ao Brasil pela primeira vez.…
Programado para o fim de semana dos dia 9 e 10 de novembro, o Balaclava…
Supervão evoca a geração nostalgia para uma pistinha indie 30+ Às vezes a gente esquece…
A artista carioca repaginou "John Riley", canção de amor do século XVII Após lançar seu…
Quando foi confirmado o show do Travis no Brasil, pouco tempo após o anúncio do…
This website uses cookies.