Bemti e Fernanda Takai se divertem e celebram o amor em vídeo para “Quando o Sol Sumir”
No fim de Setembro Bemti lançou seu segundo disco de estúdio, Logo Ali (leia a resenha), via Natura Musical. Com produção a 6 mãos ele se juntou a Luis Calil (Cambriana) e Pedro Altério para direcionar um álbum que muitas vezes se confunde com um filme, uma peça ou tudo ao mesmo tempo. Não dá para dizer que não é um projeto ambicioso mas dá gosto de ver a delicadeza e empenho em justificar cada camada, coerência, ousadia e melodia. O material conta com participações especiais do paraense Jaloo, da baiana Josyara, do artista português Murais (Linda Martini), de Fernanda Takai (Pato Fu) e do duo paulistano ÀVUÀ.
Entre os musicistas convidados estão Helio Flanders, Paulo Santos (do grupo Uakti) e Marcelo Jeneci, que co-produziu, toca e canta vocais de suporte na faixa “Livramento”. Já nas composições, há colaborações com artistas como Roberta Campos, Barro, Nina Oliveira e Pedro Altério, membro do 5 a Seco.
Outros destaques entre os músicos ficam por conta da baterista Bianca Predieri (Jadsa), da violista Kinda Assis (Teko Porã) e de Cauê Lemes, que toca piano de cauda e fez a pré-produção do disco. A mixagem do disco é assinada por Luis Calil e a masterização é de Florencia Saravia-Akamine.
No campo das influências ele cita nomes como Milton Nascimento, Bon Iver, Arcade Fire, Baleia, Phoebe Bridgers, Tulipa Ruiz, Moses Sumney, Joni Mitchell, Björk, entre outros. Para quem pode acompanhar o indie do começo dos anos 00 é simplesmente um deleite ir identificando os caminhos, linguagens e escolhas artísticas mirando neste universo.
Agora a composição de Bemti em parceria com a também mineira Roberta Campos ganha uma produção audiovisual. Segundo o músico a letra de “Quando O Sol Sumir” é um romance que brinca com a dualidade do “sol sumir” ser um simples pôr do sol ou um evento cataclísmico.
“A música tem essa mensagem de um amor tão grande que continua existindo mesmo depois que o mundo acaba e o clipe conversa muito com essa euforia ‘pós-pandêmica’ de nós querermos aproveitar a vida ao lado de quem nós amamos independente de qual seja o vínculo desse amor.
A roupa do astronauta foi feita sob medida pelo figurinista Luiz Dias (tem até a bandeira de Minas Gerais e o meu nome bordado nas costas como dá para ver em alguns planos) e queríamos que tivesse uma pegada lúdica para estar no mesmo universo do dinossauro inflável, que é uma figura com uma movimentação muito engraçada. A maioria das cenas do clipe em que eu to rindo, é uma risada de verdade”, reflete o artista sobre a composição
“A Fernanda Takai teve um papel muito importante na minha tomada de coragem pra construir meu trabalho solo quando eu toquei viola caipira em um show dela em 2016! Quando eu e a Roberta Campos começamos a pensar em nomes pra convidar pra música, a Fernanda surgiu logo de cara e foi uma jornada muito linda desde eu tomar coragem pra fazer o convite até a música estar pronta. Só gratidão por essa troca! Deu toda a grandeza pra essa música que é sobre um amor tão imenso que continua existindo até depois do mundo acabar”, agradece Bemti
Lúdico e com a mesma energia do projeto Música de Brinquedo, o videoclipe mostra o poder do amor e do ato de celebrar a vida antes do fim. Com direito a diversos cenários e uma atmosfera que dá a entender que eles realmente se divertiram durante as gravações. Bemti aproveita sua habilidade como roteirista de audiovisual para adaptar sua primeira ideia; e o resultado é ao mesmo tempo sensível e adequado para nossos tempos.
“O clipe de ‘Quando o Sol Sumir’ é o mais ambicioso do ‘Logo Ali’ até agora. Assim como os outros, ele ‘sofreu’ com as limitações da pandemia, mas conseguimos encontrar soluções e estamos bem orgulhosos do resultado! Fiquei imensamente feliz da Fernanda ter topado participar do clipe, foi dela a ideia do dinossauro inflável e do momento de revelação quando o espectador descobre que ela é o dinossauro.
A minha ideia original para o clipe, bem no começo da composição, era uma animação com dois dinossauros que se apaixonam e planejam um casamento enquanto o meteoro se aproxima. Nós transpusemos um pouco dessa ideia original para um ‘live action’, substituindo esse casamento por um ‘último dia’ antes do mundo acabar, e duas figuras a beira da extinção (o astronauta e o dinossauro) aproveitando esses momentos na companhia um do outro.”, conta Bemti sobre o clipe
“Foi muito divertido adaptar a ideia inicial da animação para um clipe de ‘carne e osso’. Ele tem essa pegada muito colorida e engraçada, mas assim como a música, é só parar pra prestar atenção que você percebe que tem um apocalipse à espreita. No final das contas é um clipe sobre aproveitar momentos valiosos ao lado de quem a gente ama, independente de qual seja esse vínculo. Espero que essa mensagem ressoe para quem assistir, principalmente num momento ‘pós-apocalíptico’ mas ainda cheio de incertezas como esse que estamos vivendo”, completa o mineiro
Para sua equipe de gravação, Bemti reuniu nomes do Teatro Independente de Belo Horizonte, como o diretor e diretor de fotografia Kléber Bassa, o figurinista Luiz Dias e a diretora de arte Thálita Motta. Formado em Audiovisual pela USP, Bemti assina o roteiro e a montagem da produção. As locações apresentam lugares de Belo Horizonte, como o icônico Edifício Maletta, o Parque Roberto Burle Marx e o parque de diversões Casa do Sol.
This post was published on 24 de novembro de 2021 1:30 pm
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