A cantora e escritora paulistana Zeferina lança essa sexta-feira o remix com clipe da canção “São Jorge Guerreiro”.
Com um feat junto a rapper-jazzista brasileira Tássia Reis, produção musical de Caio Zan e parceria do selo YB Music, a composição é inspirada nos valores ancestrais que fundamentam a religiosidade afro-brasileira fazendo menção direta e especial ao orixá Ogum que no catolicismo e sincretismo brasileiro é representado por São Jorge.
A música traz em seus versos a reza interna que todo brasileiro possui, celebrando São Jorge e como ele inspira força pela sua história de resistência e luta; a canção evoca esse pedido que seus devotos fazer por força, perseverança e resiliência atribuídos ao povo brasileiro. É realmente uma canção pra inspirar fé e nas batidas percussivas junto ao grave bem mixado (tipico do trap e muito presente nas músicas atualmente) nos tira da cadeira e em poucos segundos já estamos cantando o refrão.
O lançamento do remix para “São Jorge Guerreiro”, que já teve uma versão anterior mais crua e orgânica, vem completamente repaginada, mostrando o momento mais maduro da artista Zeferina que segue fazendo sua campanha de financiamento coletivo para publicar seu primeiro livro de poesia.
Se antes a faixa fazia referência às rodas de samba, no remix, por conta da pandemia, desta vez o foco é nos timbres e sons mais eletrônicos e tratados para além do limite orgânico, uma conexão urbana com o trap, hip hop, mas mantendo ainda a energia ancestral do tambor marcando as batidas do coração e do rito que vem da Bahia de todos os santos misturado ao samba reggae, o Bahia Bass, com uma estética contemporânea e transmitindo essa força da fé ancestral e da manutenção das manifestações artísticas afro-brasileiras.
A composição é inspirada nos valores ancestrais que fundamentam a religiosidade afro-brasileira, faz menção direta e especial ao orixá Ogum, que no catolicismo é representado por São Jorge, um dos mais populares santos do mundo.
Atua na música profissionalmente desde 2006
A cantora, compositora e poeta, Zeferina iniciou sua carreira nos saraus e rodas de samba da zona sul de São Paulo em 2006. Mais conhecida como cantora – Zeferina tem dois singles lançados pela ybmusic, “Mistério de Nanã” e “São Jorge Guerreiro”, com produção de Maurício Tagliari
Passando pelo Samba da Vela como compositora e pelo Samba de Todos os Tempos como pastora. Cantando ao lado de grandes nomes do mercado musical. Atualmente segue em carreira solo em parceria com o selo da YB Music e direção musical de Maurício Tagliari. Integrante da ala de cantoras do Bloco Afro Ilú Obá de Min entre outros trabalhos desta mesma temática, destaca-se como backing vocal de Thiago El Niño. Ela canta sua ancestralidade e em cada letra e arranjo musical busca traduzir seu vínculo com as forças da natureza, que nos ronda e nos proporciona a vida. Em caminhos de superação constante, sua trajetória é marcada pela renovação. A cada mudança, suas asas crescem. Tem cada dia como um novo recomeço e as dores de ontem alimentam os sonhos de amanhã. É mulher preta como Resistência e Existência, RE-EXISTÊNCIA. É LivreGBT. Sua liberdade lhe dá o poder de SER a seu favor.
Zeferina estreou na literatura na antologia Sarau Preto no Branco, em 2014. Compõe mais seis antologias publicadas: Sambas Escritos, Sarau Verso em Versos, Pilar: Futuro presente – Uma antologia para Tula, Sarau das Pretas, Escritas Femininas em Primeira Pessoa e Salve Kebrada Favelas e Aldeias. Duas canções suas podem ser escutadas nas plataformas digitais: Mistério de Nanã e São Jorge Guerreiro. Também é uma das vozes do grupo Ilú Obá De Min e do grupo Obanajé.
Tássia Reis é uma rapper, cantora e compositora brasileira. Uma das primeiras rappers mulheres da nova música brasileira, Reis iniciou a carreira com o EP “Tássia Reis” em 2014. Em seguida, veio o álbum de estreia “Outra Esfera” em 2016. Com os dois materiais lançados, vieram os sucessos nacionais “No Seu Radinho” e “Se Avexe Não”. Em 2019, lançou seu segundo álbum, “Próspera”. O álbum foi aclamado pela crítica especializada e considerado um dos melhores discos do ano pela APCA. Os principais temas de suas músicas são a vida, o auto conhecimento, o amor e a quebra de padrões.
Caio Zan, nascido em Araras, interior de São Paulo. Formado em Produção Fonográfica, começa a trajetória como músico, compositor e instrumentista, depois desenvolvendo os caminhos como produtor musical. Trabalhou alguns anos na produtora Play It Again, onde era produtor de trilhas sonoras e finalizador da casa. Além disso, produziu artistas independentes como Felipe Custódio (SP), Obanajé (SP), Reynaldo Bessa (Ceará), Mestre Maxuel (BA), entre outros, e mais recentemente começa a agregar a linguagem da música brasileira com pesquisas de sonoridades eletrônicas. Isso resulta nos dois primeiros remixes produzidos por ele, um para o grupo de Samba de Coco Fulo Do Barro de Arcoverde (PE) e outro para a artista Zeferina (SP).
This post was published on 23 de abril de 2021 12:42 am
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