Em meio a adversidade, Vaz aproveita a vida no single de estreia “Celebrando”
“Meu nome é Vaz e eu faço terapia ao contrário não seria artista e sim o que o meu tio Clóvis queria que eu fosse”, assim começa Vaz dando um gostinho do que a vida o fez seguir. O cantor, também vocalista da banda Ellefante, (leia mais) inicia uma nova etapa na carreira com o lançamento do seu primeiro single do projeto solo.
O primeiro single “Celebrando” carrega consigo o pop alternativo e a celebração da vida, ainda mais em tempos de pandemia onde muitas vezes não podemos ver e abraçar quem mais amamos.
Vaz é brasiliense e atribui a terapia/análise o seu grande conselheiro para ser artista e afirma que caso contrário seria o que o seu tio Clóvis queria que ele fosse. É o próprio artista quem faz a produção e gravação das suas músicas em seu home studio. Para essa faixa contou com Marquinhos dos Santos na bateria e Ricardo Ponte (Vencedor do Grammy Latino) na mixagem e masterização.
Vaz “Celebrando”
“Celebrando” navega no pop alternativo, é sobre aprender com descontentamentos e com todas adversidades vividas na vida e ainda assim viver a intensidade de aproveitar ao máximo. É a vontade de sair e estar com as pessoas que mais ama, dar aquele rolê e matar a saudade. É uma “Redemption Song” com um refrãozinho safado que dá mais vontade de viver.
Junto com a canção Vaz lança também o videoclipe onde vai aparecer dançando junto com sua amiga Anabel e o coreografo Abú. Além disso, o artista pretende lançar versões da música no seu IGTV e, quem sabe, também no TikTok (se ele perder a vergonha). O clipe tem direção e roteiro do próprio Vaz, além da coreografia compartilhada com Anabel e Abú.
O EP foi uma inspiração do artista em meio a pandemia, vai contar com 4 faixas que serão lançadas até o final do carnaval de 2021.
Entrevista: Vaz
Aproveitando o primeiro single do projeto solo, conversamos com o Vaz sobre o clipe, EP e o tio Clóvis.
Uns dias atrás conversei com o saudade e questionei como é ser artista em 2020, ele citou que no Brasil já era complicado antes da pandemia e que agora dificultava mais ainda. E pra você, como tá sendo ser artista nesse ano tão doido?
Vaz: “Mudou muita coisa quanto a como se comercializa a música talvez (o que é muito importante). Ou como se veicula sobre efeitos adversos de pandemia que está bem complicado pra todos nós.
Por outro lado ser artista de forma mais pragmática não mudou muita coisa, ainda continuo falando sobre os meus conflitos e sobre a relação com a minha visão de mundo. Continua sobre observar sentir e transformar em música pra mim.
Você cita que não seria artista se fosse pelo seu tio Clóvis, afinal o que você seria? E se fosse uma escolha, se não fosse artista, seria o que?
Vaz: “Olha! Realmente não sei o que eu seria ao certo. Desde que nasci a minha visão de mundo já vem do criar, do sentir e do transformar. Mas o meu tio Clóvis é a personificação do “vou te dizer o que é melhor pra você”. Ele é a personificação do bloqueio criativo pelas rédeas do outro.
Pode até ser que vivamos assim por um tempo, mas chega uma hora na vida (por mais clichê que pareça) que temos que seguir um caminho pelas nossas escolhas. Por mais cafona que seja usar uma roupa X, ou dançar em um clipe como eu fiz! O lance tá em acreditar no “baguio” (sic) e fazer no agora.”
No clipe de “Celebrando”, você montou a coreografia junto com a Anabel e Abú, além de dirigir e roteirizar o mesmo. Como foi o processo?
Vaz: “Foi uma responsabilidade inesperada que foi evoluindo conforme o clipe era desenhado. No começo parecia impossível e depois passou a ser possível.
A escolha do Abú (grande dançarino e amigo) e da Anabel (minha amiga a mais de 15 anos) foi bem tranquila e eles toparam na hora em entrar nessa juntos! Além do que tiveram um papel enorme na ajuda da minha confiança pra fazer o clipe e acreditar que poderia dar certo!! Deu bom e o clipe ta lindo demais!”
“Celebrando” se trata sobre aprender com descontentamentos e com todas adversidades vividas na vida, o EP vai vir nessa mesma vibe? Pode dar algum spoiler?
Vaz: “O EP é total “vamos sair desse buraco escuro chamado 2020”. As músicas tem sido um remédio pra eu me sentir melhor e pensar no ser feliz agora. Então pode esperar mais visão otimista saindo desse burado ai! (risos)”
Pra finalizar, já que se trata de Celebração, o que você mais quer assim que acabar a pandemia?
Vaz: “Voltar aos palcos e viajar sem dúvida nenhuma. Além de estar com os meus amigos e minha família voltando a viver o agora.”