Se formos pensar que o último EP do Vapor foi lançado em 2013 (Culpém o Álcool) e que as gravações da coletânea Mónó, lançada oficialmente em 2016, foram realizadas em um período de 3 anos; a praticamente meia década o quarteto não disponibiliza um material cheio inédito.
Parando para pensar no aspecto sócio-político, nas transformações tecnológicas e até mesmo no modus operandi do mercado da música isso é quase uma eternidade.
Mas tudo tem uma explicação e um processo. E muitas vezes na correria do dia a dia tendemos a esquecer como o amadurecimento não é uma das coisas que nasce da noite para o dia.
Essa transformação envolve uma sinergia e um alinhamento coletivo profundo. Repensar a postura, a sonoridade e estética são apenas partes do processo. Prestes a subir no palco do Matapacos Fest os paulistanos irão apresentar para os presentes seu primeiro single inédito em um bom tempo.
A sonoridade é um dos pilares desta transição, eles apontam que absorveram influências de subgêneros do rock alternativo dos anos 90 e 00, como Sunny Day Real State, Jawbox e Seaweed, Garage Fuzz, Ludovic e La Carne, entre outros.
“2168” soa como uma jornada em busca de um território ainda não explorado. As transformações refletem em seus versos que dissertam sobre instabilidade e descontrole. Como se o tempo estivesse se esvaindo em seus dedos. Seus acordes são ásperos e trazem a energia e vitalidade da cozinha hardcore.
Já “Pavor” traz uma levada Fugazi / Jawbox toda quebradiça e tensa, usando e abusando das distorções em uma faixa 100% instrumental.
Conversamos com o quarteto para entender mais sobre esta nova fase da banda e o que podemos esperar do novo álbum programado para 2020.
Nisso gastamos 3 anos. Então o que mudou, principalmente, foi nossa postura em relação ao que queríamos atingir no disco. Achamos que pode ser o trabalho que melhor demonstra o que a banda sempre se imaginou fazendo.”
Não falamos diretamente sobre a situação por qual passa o país, mas o clima está lá, os temas dialogam com ela. Será um disco de muitas faces e que não sabemos direito como será encarado. O single já mostra bastante dessa falta de chão que o disco busca explorar.”
This post was published on 27 de novembro de 2019 12:02 am
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