Bucólico. Andarilho. Instigado. Viajante do Tempo e psicodélico por natureza. Esse é o espírito de Tatá Aeroplano e que em seu quarto disco solo lançado em Outubro do ano passado se aflora feito o desabrochar de uma flor que resiste as rajadas de vento, a tensão de terra da garoa e a dureza do concreto.
O vocalista de bandas como Cérebro Eletrônico, Jumbo Elektro e Zeroum, conta justamente que a mudança do bairro da Santa Cecília para a Vila Romana, e seu estilo de vida, acabaram influenciando na composição do novo trabalho.
Redutos culturais como o Teatro de Bolso do IV Mundo, a Casa Gramo, o Condô Cultural, a Creuza Cultural e a casa de amigos influenciaram seus novos versos que ganharam uma série de parcerias ao longo de suas oito canções.
Inclusive o nome do disco, Alma de Gato, veio para homenagear um dos protagonistas que colore o céu do bairro que aprendeu a amar. Visto que o simpático pássaro é visto com facilidade entre as ruas, vielas e parques da região.
Na época definimos o álbum do Tatá Aeroplano como:
Em seu novo disco, Alma de Gato, o músico paulista Tatá Aeroplano faz o recorte para o bairro da Vila Romana, zona oeste de São Paulo, mas dialoga de tabela com outros redutos e cantos desta metrópole tão plural. Ele chega cheio de histórias para contar e traz um pouco de sua intensidade para contornarmos “nossa insanidade”.
Através de suas andanças e histórias pessoais, ele compartilha, através de poesias e belas metáforas, um pouco sobre o momento que estamos vivendo. Nossos medos, aflições, amores, descobertas e desilusões. Conseguindo traduzir assim o espírito de sobrevivência em meio a tempos difíceis, contestadores e repletos de incertezas.
O cantor e compositor paulistano disponibiliza hoje em Premiere no Hits Perdidos o vídeo para “Cores no Quarto”. Na resenha descrevemos a faixa que tem a missão de abrir o disco assim:
“Cores no Quarto” começa com a simplicidade de acordes de um violão, traz devaneios mundanos, transformações e reflete sobre o medo do futuro. A poesia recai como a salvação para estes “tempos loucos” que estamos vivendo.
Os delírios e as abstrações sendo responsáveis pela manutenção de sua própria sanidade. Entre dores, amores, espiritualismo, decepções e contestação. Sua musicalidade soa como o resultado do encontro de Iggy Pop e Lou Reed em um boteco.
Já o vídeo conta com direção e roteiro de Luiz Romero e do próprio músico, o clipe foi gravado em julho do ano passado em estradas de Joanópolis (SP).
“Cores no Quarto foi uma música com texto extenso, canção que foge um pouco do padrão, é bem um descarrego, fala um pouco da loucura dos tempos existenciais de hoje. Então eu pensei pra ela um clipe comigo correndo desvairado, inspirado muitos em filmes com cenas de corridas, na cena do Pixote correndo”, comentou
Tatá.
A produção audiovisual e roteiro são assinados por Tatá ao lado de seu parceiro musical Luiz Romero.
“No meio da madrugada fomos no lugar mais distante do município, que era uma antiga aldeia indígena e ficamos hospedados numa cabana. No dia seguinte acordamos e viemos correndo de lá e o clipe foi gravado quase em sete takes. Imagina só, uma canção de sete minutos o quanto eu corri! Tenho um carinho muito especial por essa música e decidi lançar ela agora em formato visual”, complementa
Com 7 minutos de duração, o videoclipe convida o espectador a se refugiar para bem longe da loucura do cotidiano. Indo muito além da selva de pedra e contemplando o espírito livre.
Na trama Tatá Aeroplano se refugia tanto no campo espiritual, como no da abstração das ideias. Entre um take rodopiando, e uma bonita paisagem do interior de SP, ele deixa clara a vontade de se libertar das mazelas e máscaras sociais. Mostrando o poder da cura através da conexão com a natureza.
This post was published on 3 de outubro de 2019 10:24 am
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