Madimboo. - Foto: Divulgação
De Recife para o mundo! A Madimboo traz para seu caldeirão psicodelia, ritmos locais e flerta com a música eletrônica. Não é por acaso que o disco leva o nome um tanto quanto saidinho, Flertar é Humano.
Com 11 faixas o debut conta com 9 inéditas e duas regravações. “Camomila” e “Caetano Veloso”, inspirada no compositor baiano, composta pela banda e primeiramente gravada por Johnny Hooker. Além dele participam do registro os músicos Natália Meira, Catarina Dee Jah, Feiticeiro Julião e Alan Amezon.
Curiosidade: Três dos músicos também fazem parte da banda de Hooker.
“Recriamos alguns clássicos da cultura pop recifense, como numa mixtape, quase esquecida, marcada pelos ritmos da província, dos gostos e desgostos provocados por ela.
As contradições humanas são o abre alas no ensaio sobre a cidade. O Recife como ponto de partida. O amor e o amor ao ódio flertando em linha reta com a cultura do mundo.
Recife quase engolido, refletido no espelho. Voltamos para casa, encontramos tudo revirado e, na dúvida, continuamos flertando”, explica Artur Dantas
É realmente do anime Dragon Ball Z que vem o nome da banda!
“Em 2015, quando nos firmamos como grupo, existia uma cena nacional de afrobeat e, naquele momento, havia um boom de bandas em Recife. Madimboo soava como se fôssemos uma dessas bandas, mas não éramos.
O nome Madimboo é a intenção, uma maneira de dizer que vamos colocar os clichês de forma desordenada. Com você, o som lisérgico, pop, regional e eletrizante de Flertar é Humano.”, comenta Dantas
Conversamos com o compositor Arthur Dantas que revelou mais detalhes sobre a grande estreia do Madimboo. Ouça o disco enquanto lê o bate-papo.
Artur Dantas: “Como compositor, posso dizer que Flertar é Humano nasceu comigo há muito tempo. É o meu primeiro álbum completo usando as histórias e paisagens que vi na vida. Eu vejo a Ilha de Itamaracá, escuto as serestas na sala de casa, varando a madrugada, e a voz de minha mãe cantar.
Eu estou no sertão com meus primos, soltando bombas de São João ao redor fogueira, eu vejo a Boa Vista, o Recife Antigo e Olinda no carnaval. É um trabalho aberto onde as influências partem indo do consciente ao subconsciente. É uma ode à memória da música brasileira. Uma tentativa de me comunicar com a essência do Brasil, do meu Brasil, no caso (e que também é o brasil de muita gente).
Artur Dantas: “Ouvir o disco me traz a sensação de que voltei à infância, como se estivesse tocando pela primeira vez nas coisas. Eu me reconheço após o toque. É o momento do reencontro com o novo.
Pra mim é assim que deveria se mostrar a minha música “pop”. Vislumbramos, enquanto banda, a criação de uma mixtape, como uma rádio que sintoniza a nossa identidade irrevogável da música ancestral do tropicalismo, frevo e brega pernambucano e em todas as canções eu posso ouvir varias estações sintonizadas ao mesmo tempo, se misturando numa coisa só.
Mas o nosso Brasil é um mangue antropofágico e nele existem fronteiras além geográficas. Nosso país é também a internet e a música do mundo. Seria improvável nos considerar pernambucanos sem nos situar no mundo. Eu vi o mundo e começava no Recife. Esse é nosso ponto de partida e nossa linha de chegada.”
This post was published on 23 de setembro de 2019 12:18 pm
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