O BIKE continua sua busca pela viagem eterna. Mas a cada lançamento parece somar a força de parcerias, conexões e um cuidado ainda maior em suas produções. Uma prova disso é o aquecimento, e desdobramentos, de Quarto Templo.
O quarto disco do BIKE também chegará ao mercado em quartos. O primeiro, inclusive, foi revelado nas últimas semanas. O registro que contará com oito inéditas começou a ganhar cores e horizontes nos acordes quebradiços de “Divinorum/O Fogo Anda Comigo“.
Após turnê pela Europa, shows pelos principais festivais do país, e parcerias com selos estrangeiros, eles desdobram forças em sua nova etapa. Esta que conta com produção musical de Apollo 9 e Renato Cohen, e consequentemente flerta também com a música eletrônica.
Mas fique calmo, BIKE ainda é uma banda de rock psicodélico mas agora também explora novas texturas e possibilidades, para desta forma expandir seu horizonte.
O disco foi gravado no estúdio A9, em São Paulo, construído pelo engenheiro Roy Cicala (John Lennon, Jimi Hendrix, David Bowie e Lou Reed). Feito aos moldes do icônico estúdio Record Plant (NY), o espaço possui uma série de equipamentos modificados pelo próprio Roy.
Sua divulgação será feita em quartos. Cada parte com seu próprio vinil de 7 polegadas, com lados A e B.
“A ideia de dividir em 4 partes veio por ser o quarto álbum da banda, mas pode ser interpretado como os 4 elementos da natureza, 4 estações, os 4 cantos, ¼ de ácido, ou qualquer outra coisa que você quiser fracionar”, explica Julito.
Mais um lançamento do selo candango Quadrado Mágico. As conexões internacionais também continuarão sendo trabalhadas e o disco sairá também pelos selos Burger Records Latam (América Latina) e Major Tom Records (Can/USA).
Já a arte gráfica do projeto é assinada pela artista Juli Ribeiro, que colabora com a BIKE por três discos seguidos.
Minimalismo. P&B. Expressões. Contemplação. Fogo & Fumaça. É à partir desta soma de fatores que você é convidado a embarcar no universo particular do Bike. O vídeo foi dirigido e editado por Cassio Cricor e teve Lucci Antunes como assistente de câmera.
Fato é que seu plot faz com que nos emancipemos para um território de abstração. Entre o plano dos pensamentos e a fúria. Esta que nos permite com que viajemos para outras dimensões.
Diego Xavier: “Acredito que o “Their Shamanic Majesties’ Third Request” foi o álbum que nos levou mais longe (fizemos 2 vezes a Europa, nordeste e sul do país…), aquele fervor de ter saído no selo do Danger Mouse já tinha passado, aquele hype de psicodelia já tava acabando também, e com um disco mais reflexivo e calmo, as pessoas puderam conhecer um outro lado do BIKE.
No Brasil talvez algumas pessoas não tenham dado a devida atenção mas lá na gringa ele funcionou muito bem! E também marcou um período de muito auto-conhecimento individual e como grupo.
O disco novo é a continuação natural de todo o processo e turnê do TSMTR. Sempre tocamos algumas jams em todos os shows, algumas delas ficaram de fora do TSMTR, mas volta e meia elas voltam no set e algumas entraram nesse novo trabalho.
Trabalhar com produtores de alto calibre sempre foi um sonho pra gente, e os caras estavam afim de usar vários equipamentos vintage e loucos e nós demos abertura total pra isso. O Apollo gravou todas as teclas do álbum e o Cohen trabalhou nos beats e mixagem lá no A9. Voltamos de turnê e regravamos algumas vozes e finalizamos a mixagem no Estúdio Wasabi.
As sonoridades e referências desse nosso registro vem automaticamente das últimas turnês, onde pudermos conhecer muitas bandas boas e diferentes. Aliado a toda história do A9, com equipamentos vintage do finado Roy Cicalla, era como unir os dois mundos. A vibe vintage de gravar mas sempre experimentando coisas novas. O resultado foi algo que não conseguiríamos sozinhos e será notado em cada parte do novo álbum.”
Diego Xavier: “A ideia é uma mistura de novas estratégias de divulgação com essa brincadeira de ser o quarto disco da banda em seu quarto ano de existência. Em 2016 fizemos uma releitura de um som do Paêbirú de Lula Côrtes e Zé Ramalho.
Esse disco nos acompanhou por muito tempo e chagamos a ir visitar a Pedra do Ingá em 2017. O disco é divido em 4 partes também. Começamos a brisar nisso, aliado a ideia de ir lançando o disco aos poucos, pra que possa ser melhor entendido.
É uma forma da galera ir digerindo mais lento o conteúdo em tempos tão frenéticos. Os 3 primeiros álbuns foram lançados na América Latina pela Burger Records Latam e esse deve ser lançado também.”
Cassio Cricor: “Conheço o Julito há quase 20 anos. Já fizemos vários trabalhos juntos mas acredito que esse foi o mais desafiador. Tive o prazer de acompanhar a gravação do disco Quarto Templo no estúdio A9 em São Paulo e ver a evolução da banda.
O Julito me chamou pra fazer o clipe de “Divinorum”e quando ouvi a música não conseguia ver uma coisa muito linear.
A música tem como referência a salvia divinorum e partindo disso começamos a pensar em como transformar essas visões em imagens.
Foi um desafio filmar quase tudo na sala de casa com poucos recursos e depois pensar na edição que conversasse com o beat frenético da música e as palavras ditas quase sem interrupção.”
This post was published on 18 de setembro de 2019 11:02 am
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