Quando a Carbo iniciou suas atividades lá em 2010, não seria nenhum absurdo rotularmos a banda como Hard Rock, e era mesmo a fonte de inspiração. O baterista André inclusive teve uma passagem pelo grupo no começo da banda e quando retornou viu o som da banda se transformar. Ao longo desse tempo o som passou por uma transição.
Nesse meio tempo teve a saída do baixista Riliann e muitas canções foram se transformando. Hoje em dia podemos dizer que a som da Carbo bebe do Stoner Rock, do rock psicodélico, blues e do grunge. Influências estas que também impulsionam outro projeto que Leo e André fazem parte, a Stone House On Fire que em 2016 lançou seu ótimo segundo álbum, Neverending Cycle.
Todo esse combo de acontecimentos fez com esse terreno de transição fosse uma marca latente neste primeiro disco cheio do grupo, The In-Between (2017). Eles mesmos não são muito fãs dos singles e EP’s lançados anteriormente mas creio que também é o processo natural de uma banda, sempre buscar melhorar e encontrar o som que faz sentido no momento atual.
Dois anos e meio depois eles estão prestes de lançar um novo EP. Com energias recalibradas o grupo de Volta Redonda (RJ) tem planos de em breve se aventurar pelo continente europeu.
The Tower (Abraxas Records / Dinamite Records) é o primeiro de uma série de 3 EPs que serão lançados nos próximos meses. Eles prometem que em cada um dos lançamentos contarão com 3 músicas inéditas. Segundo o trio, elas serão enérgicas, imersivas e com o diabo no corpo!
Como dito anteriormente, o registro é o primeiro lançamento da Carbo desde o primeiro disco, e também traz outro fato inédito na história recente do trio. É primeira vez em que todas as músicas foram compostas pela formação atual do grupo fluminense.
Leo, Mergener e André ainda adiantam que em breve a canção que abre o EP, “Taste/Freedom” que conta com a participação especial de Alexandre “Beef” Barbosa (Barizon / Beef) ganhará um clipe. Então este segundo semestre será bastante agitado.
Conversamos com eles para saber mais sobre o conceito e momento da Carbo.
“A gente esbarrou na coisa do tarô depois de finalizar o In-Between, e o André trouxe à tona quando a gente tava compondo coisa nova.
O In-Between era um apanhado de muito tempo de vida em um álbum, mas de certa forma ele não contemplava a banda na hora… só pequenas partes dele que iam pro caminho que a banda queria e a coisa dele era mostrar mesmo uma trajetória – do meio do álbum pra frente, principalmente, que a coisa vai entrando mais nos trilhos que a gente queria, como a gente se identifica mais hoje.
Até porque a gente teve várias formações e ter se estabilizado na de hoje acaba dando um significado diferente pra coisa que tinha sido feita antes com outra galera. Aí achamos interessante fazer uma coisa que expressasse sobre cada um, da individualidade, e fazer disso um conjunto.
A Torre é o primeiro de uma série de 3 EPs que tem uma abordagem bem pessoal sobre o momento e identificação de cada um, principalmente dos conflitos. Ele representa, de uma forma ultra resumida, ver o que é velho cair pra surgir algo novo e verdadeiro.
Por mais que tenhamos composições dos 3, tem a predominância do que foi vivido por Merg (Maria). Os próximos 2 EPs vão manter a temática, mas focar mais na vida de Léo e André, com a Roda da Fortuna e o Hierofante“, contam os integrantes
“Taste/Freedom” aposta no peso, tensão e de fato através de seus acordes pulsantes tenta levar o ouvinte a experimentar o tal gosto da liberdade (que durante a faixa parece um tanto quanto agridoce).
O casamento entre o blues, o punk e o stoner psicodélico permite distintas sensações para o ouvinte durante seus quase 5 minutos de duração. Que se vê no meio de um tiroteio, entre conflitos, desejos e experiências psicoativas.
A carga do blues / country aparece mais firme em “Mirror Mirror” em que os vocais de Mergener me lembram particularmente a rouquidão de Janis Joplin. Se tem algo que este EP capricha é na experiência sensorial, as faixas não são retas e permitem com que o ouvinte entre dentro de sua onda magnética. Se começa calma, ela termina em pura combustão!
Quem fecha a tríade de canções, particularmente prefiro chamar assim do que de EP, é “Boil” que mistura Stoner Rock com a vitalidade do punk, abusa da distorção das guitarras e alavanca a potência dos vocais de sua vocalista.
Aliás comparado ao álbum anterior, é visível a intensidade e maior participação de Mergener. Para mim esta canção é o Hit Perdido do registro.
Na era dos plays no Spotify e Deezer, as bandas tem apostado em diversas táticas diferentes para ter suas canções com mais destaque na hora de divulgar – e até mesmo ser consumido em uma geração um tanto quanto (Juntos e) Shallow Now.
No caso da Carbo, de Volta Redonda (RJ), que lança hoje via Abraxas Records e Dinamite Records, a estratégia escolhida foi disponibilizar ao longo de 2019, três EPs com três canções.
Quem abre os caminhos é justamente The Tower que apresenta faixas ácidas, viscerais e cheias de experimentações se compararmos com o disco de estreia. Sua vitalidade, e crueza, mostram uma Carbo mais criativa, pulsante e sem medo de mesclar estilos e eras do rock.
This post was published on 7 de junho de 2019 11:30 am
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