A vida muitas vezes é escrita por linhas tortas. Essa frase semanticamente pode ter diversos significados, e nesta história ela faz todo o sentido.
É verdade que para chegarmos no que somos hoje, é necessário passar por uma longa jornada, e como todo trajeto, temos percalços, frustrações, alegrias e uma porção de novas narrativas que fazem com que nosso mundo vire literalmente de cabeça para baixo.
A história de César Rodrigo Camargo Brandão começa em 1981 com seu batismo, e claro, ainda está em constante mutação e transformação. Marcas de uma vida e de um corpo que está perto de completar quatro décadas de existência.
Entre aprendizados e transições, ele definitivamente passou por muitas traumáticas. Estas que explicam como é, o que foi e talvez ajude a esclarecer o que um dia virá a ser. Afinal de contas somos resultado deste encontro entre espírito, matéria e mente.
Com infância e adolescência vivida nos anos 90, ele cresceu imerso – e sendo impressionado pelo rap, 90s. Dos Racionais Mcs, passando por Wu-Tang Clan, e tantos outros. Foi seu primeiro contato com a música e seus beats e feeling de fato mudaram sua vida. O Rock e o punk também vieram na mesma época através das fitinhas VHS e K7, que curiosamente hoje em dia são artigos “cool”.
“No começo dos 00’s comecei a produzir os primeiros loops de rap. Na era do fruity
loops, tinha um Q de novidade e poder, pela primeira vez na história qualquer pessoa
poderia produzir suas músicas em seu próprio computador, no quarto. Não em um
estúdio, sem o uso de maquinas caríssimas e inacessíveis.
O primeiro projeto musical que criei na vida era chamado The Drunk Orchestra. No qual eu produzia instrumentais de rap, muito inspirado em Rap, Turntablism e em artistas como Dj Shadow, Wu-Tang Clan, Tricky, Portishead. Foi quando sai de casa.
Fui morar em um quartinho de 2x1m na Teodoro Sampaio, junto com Akin e Zorack, dois gigantes da cena do rap underground de São Paulo.
E ai pela questão do nome do projeto, começaram por me chamar de Drunk.”, conta César sobre os primeiros dias
“O Rodrigo ficou lá na casa dos pais e o Drunk nasce na cidade. Foi a metamorfose
perfeita. Foi como tirar um passaporte com outro nome agora. Começa ai a fase de
experimentações, literatura, cinema, drogas, explorações noturnas. Quando Narciso se vê espelhado em asfalto molhado, não vê nítida sua imagem, somente um borrão.”
Drunk tem personalidade forte, é errante, um tanto quanto “porra louca” e revendo sua vida César sabe justamente onde acertou e onde errou. Sua naturalidade ao falar sobre o passado que mostra como o futuro mesmo incerto, parece mais sóbrio e com uma perspectiva de ter encontrado uma luz no fim do túnel.
Em 2015 ao lado de seu fiel escudeiro Leon surge o CAVE WAVE.
“Nessa época eu tinha uma TR 505, um microkorg black edition, um Roland Gaia e um sample SP 555. Então eu – DRVNK – e Leon, nos reuníamos, e ficávamos experimentando sons inspirados em Liasons Dangereuses, Chameleons, Neon Judgement, Orchestral Manouvres in The Dark, Cocteau Twins.
O Aural Ars – Emerson Pingarilho – trabalhava comigo na época – pra mim ele era
como um professor / ídolo artístico e musical / irmão mais velho – e ele começou a
registrar nossos ensaios com uma câmera VHS.
Nesse tempo produzi 4 instrumentais e mandei pra Converse Rubber Tracks, que convidava uma banda por dia pra gravar nos estádios deles em SP. Fomos aceitos, e no dia da gravação convidamos o Pingarilho pra entrar na banda. Ele não pensou duas vezes e no mesmo dia gravou um solo de guitarra incrível na música “A Love Supreme” – nossa versão CaveWave, de uma das maiores musicas da história com Coltrane.”
“Cantar sempre foi um sonho secreto, eu sempre fui impressionado por pessoas com
microfones, guitarras, câmeras, para mim alguns se tornam super heróis ou mesmo
Deuses ou pessoas de outro mundo, onde falam outra língua, comem e bebem em
fontes sagradas.”, relembra César
2016 foi um ano chave para o Cave Wave, tudo parecia dar certo, entre shows, intervenções artística e até mesmo uma participação no Festival Novas Frequências (RJ) abrindo para a banda XIU XIU e o filmmaker Vincent Moon.
… em meio a conflitos, drogas, relacionamentos vorazes e muita intensidade, o destino tratou de frear todos aqueles sonhos. Infelizmente eles tiveram que lidar com a perda de Aural Ars que como poeticamente César descreve: “nos deixou 13 andares abaixo”.
Nem sempre a vida é justa, nem sempre as coisas acontecem como queremos e assumir isso para si próprio é também parte de ser maduro em lidar com seu entorno.
Após inúmeras tentativas de persistir com um novo membro….acabou por sua vez que aquela magia do power trio original nunca mais se repetiu. E de repente tudo aquilo parou de fazer sentido.
Sozinho e em um momento de abstração, reflexão e expurgação.
Esse é um pouco do universo e C E S A R, seu primeiro álbum solo.
“O processo começou baseado em cocaína, álcool, depressão e do outro lado a
terapia. O momento da perda me fez cada vez mais externalizar tudo que já tinha
sentido.”
Repare que as influências citadas pelo músico são de artistas com personalidades fortes, com universos complexos e histórias intensas.
“Decidi que queria gravar musicas românticas – como as que eu vinha escutando –
Leonard Cohen, Serge Gainsbourg, Bryan Ferry, Chet Baker, Anna Domino, Nick
Cave, Tom Waits, Morphine, Rowland S. Howard, Sebastian Telier e um universo de
ballads que eu sempre ouvi desde criança: Foreigner, The Cars, Michael Jackson,
Spandau Ballet, Kansas, Europe, Bangles, Lionel Richie, Carole King, Dionne
Warwick, Elvis Presley, Debbie Gibson, Peter Cetera e todo este universo.”
Ele até deixa claro como funciona seu processo criativo e como foi a fase de produção do álbum.
“Sempre escrevo as músicas ou ideias de músicas no app de notas do iPhone e
naquele momento, primeiro trimestre de 2018, já havia uma lista corrida de letras e
poemas e refrões sobre minha própria vida e expêriencias e várias delas não
cabiam no universo do CAVE WAVE.
Então fiz uma proposta a um amigo / produtor / guitarrista Bruno Palazzo, que ja
havia nos convidado para abertura da banda dele, o “Cão”, em um clube que teve
uma breve passagem na cidade, O Lourdes.
Minha ideia foi produzir um álbum romântico – ou CRIMINAL ROMANTIC – que foi o
termo que inventei para traduzir como eu sinto o romance e o amor bandido –
impecavelmente produzido com instrumentos reais como Piano Wurlitzer, Guitarra,
Baixo, Bateria Eletrônica, Sintetizadores e muita textura.
Algo que eu pudesse levar para qualquer lugar em um gravador de rolo, sampler, k7 ou até mesmo no iPhone e pudesse ali fazer um show sozinho. Como uma Performance de Arte/Karaokê.”
“O acordo foi fazermos uma música por semana, em duas sessões das 20 as 00 /
por semana. O processo começava com uma melodia que eu ja havia criado para
as letras.
Gosto muito de algo que li sobre o processo de composição dos Mutantes – quando
eles chegavam para o produtor Rogerio Duprat e falavam:
“Esta música tem um clima assim meio Descobrimento do Brasil!”. E o maestro criava algo nessa atmosfera. Então eu gravava uma guia cantando sobre uma bateria eletrônica – e o Palazzo criava os arranjos em cada imagem que as músicas expressavam.”
Quando tudo parecia certo e pronto para sair eis que a vida deu outro salto.
“O disco ja está gravado ha um ano, neste período, me afundei na sobriedade.
Reaprendi coisas básicas como: conversar, rir, assistir um show inteiro, manter o
mesmo humor durante todo o dia, ter planos para o domingo.”
“Paralelamente, meu pai estava na UTI, e lá decidi que assumiria meu primeiro
nome, o nome que ele me deu. E quando ele veio a falecer, eu criei uma simbologia
interna de que o DRVNK foi enterrado junto com meu pai.”
Foi do trauma que ele ressurgiu das cinzas e assumiu de vez o nome César. Tão pessoal que tudo se ressignificou. Não precisando se esconder atrás de apelidos que em outros dias fizeram bem mais sentido.
Apesar de darmos inúmeras voltas conceitualmente entender como todos estes traumas e experiências definitivamente mudaram a forma com que ele enxerga o mundo, acabam por si só ressignificando também para o ouvinte todos aqueles acordes e versos cheios de conflitos e intensidade.
Tenho certeza que se você ouvir sem saber de tudo isso pode ter uma percepção próxima mas sabendo de tudo isso, a experiência se transforma. Para mim escrever este texto fez com que eu esquecesse um pouco sobre como rotular uma música e pensar mais sobre como aquilo impacto no artista de formas que por mais que achamos que já experienciamos, ainda estavam obscuras.
Toda esta veia Dark se justifica, feito poesia, feito a sétima arte. O som se entrelaça com a imagem e vira uma coisa só. Até por isso explorar o álbum de forma audiovisual irá ajudar até a entendermos mais sobre a obra em questão – e trará mais vírgulas e ângulos para serem observados.
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Com uma energia densa em contraste com beats hora melancólicos, outrora frenéticos, e uma levada que promove o encontro mágico entre The Birthday Party, Bauhaus, Serge Gainsbourg, R.E.M., Echo & The Bunnymen, Coltrane, trip hop e um universo rico de mistério e escuridão, o álbum se inicia.
César busca por conforto e redenção em “The Cat In Your Arms”. Ele até conta que a faixa retrata “um cara que cometeu inúmeras mancadas, rolês, drogas, sumiços e tenta voltar”.
Tão autobiográfica que fica difícil até não sentir a verdade em cada linha torta que pulsa. A cada linha, a cada suspiro, a cada dor destilada e transformada em arte.
Sua verve hip hop, do começo de sua trajetória na música, aparece ainda mais forte no cuidado com os beats de “Inside Your Dirty Mind”.
Mesmo tendo o vocal áspero à lá Nick Cave, liricamente e a forma com que ele expressa me lembra outro personagem do rock. O excêntrico e mágico Lux Interior. A vibe western então, pode claramente te levar para um cenário de romance bandido dentro de um Saloon.
Depois desse amor bandido quem aparece são as trevas. Claro que a morte do amigo não ia passar em branco e ganharia um capítulo à parte na obra.
Logo através de um nome de drink ia ser feita a conexão entre a sobriedade, a loucura e a mente entorpecida por pensamentos conflictivos. “Aperol Spritz” destila por sua vez doses de emoção.
“Aperol era o ultimo drink favorito do Aural Ars. Nós estávamos sem nos falar. Uma
semana antes da morte dele, fizemos um show na Trackers, em São Paulo, e ele
teve uma crise de raiva, quebrou guitarra e saiu andando.
Nos falamos por telefone dois dias depois e resolvemos dar um tempo na banda, pra esfriar os ânimos. Desde então nos falamos mais e uma semana depois eu recebi a notícia que ele havia se jogado.
A música fala sobre eu não estar na sua vida quando ele mais precisou e como “as
ondas do tempo lavam todos os sonhos”, relembra César.
Até por isso o sentimento amargo de culpa – e arrependimento – reverbera em suas melodias e isso transparece em seus beats mais reflexivos, lentos e introspectivos.
Experimente fechar os olhos para sentir toda essa dor aprisionada. Se você passou por alguma situação de não ter dito algo para alguém ou não ter se doado 100% como queria, com certeza ressignificará a experiência ao ouvir a canção. Feito uma mini regressão.
Confusão mental, ansiedade, crise de identidade, como nos contou César, são os elementos da misteriosa e delirante “Hello Stranger”.
Com várias camadas ela tem um ar de nostalgia, regada a acordes de post-rock, batidas feito Primal Scream e um cenário colorido e perdido na selva de pedra, feito uma obra de Gaspar Noé (Enter The Void), David Lynch (Cidade dos Sonhos) ou até mesmo a literatura de Hunter S. Thompson (Medo e Delírio). Onde o mundo dos sonhos, dos medos, drogas e aflições se cruzam ao longo de uma extensa avenida.
A veia gospel, quase Elvis Presley depois de tomar uma bala com Lou Reed, se amplifica em “Losing My Mind”. Você até chega a se confundir se ele está falando sobre uma paixão devastadora, ou se por sua vez, perde a linha com as drogas (literalmente).
Essa dualidade, e comparação, que dá a tônica e mostra sua habilidade na hora de escrever sobre amores e vícios.
Quem encerra o trabalho é justamente “Sometimes You Dance With Tears In Your Eyes” que vai de encontro com o renascimento após uma série de intensos conflitos (e lágrimas escorridas). Mas a vida tem que seguir e mesmo que tenhamos chegado ao fundo do poço, temos força para nos reerguer e mostrar que somos capazes de nos reconstruir.
O lado garage rock baladesco aparece na canção que me lembra particularmente um encontro épico entre Iggy Pop, Johnny Thunders, David Bowie e Marc Bolan após uma noite daquelas. Feito um filme rebobinando, e com a vontade de voltar para onde tudo começou, o álbum se encerra. Apesar dos pesares: a vida tem que continuar!
Desconfie de qualquer um que fale que a arte não pode mudar vidas, destinos ou exorcizar demônios. Provavelmente ou esta pessoa não tem sensibilidade ou não teve um disco que realmente a tocou. A arte é um pouco disso, para você pode ser um disco, para outro um livro, um filme ou até mesmo um quadro. É emoção pulsante que precisa se dissipar.
Para mim ouvir o álbum do César foi uma destas experiências em conseguir compreender sua arte e relacionar com a história que contou. A forma com que as emoções e a construção de sua narrativa deixam tudo ainda mais próximo da realidade tão autobiográfica que este disco carrega.
Com uma rica mistura de desvios de personalidade, romances, conflitos, ansiedade, depressão, vício e uma porção de ídolos da música como inspiração, o álbum faz um recorte refinado de suas emoções destiladas com boas referências que vão de Coltrane, passando por Sonic Youth, Nick Cave, Wu-Tan Clan e com uma dose certa da personalidade caricata de Serge Gainsbourg.
[Hits Perdidos] Antes de mais nada gostaria que contasse mais sobre este período dark, entre a perda de um grande amigo, o vício, e como todo seu universo pessoal de transformações deu forma a este novo projeto.
César: “Música e Arte pra mim é um reflexo do que vivemos, pensamos, sentimos e sonhamos. E a vida tem seus momentos extremos que nos transformam profundamente, em todos os sentidos.
Isso me motivou a quebrar o ciclo autodestrutivo das drogas e álcool. E quando você faz isso, cai num vazio enorme, enter the void. A fera interior, muitas vezes se agita zangada, puxa a corrente, não é fácil domá-la. Porém nesse momento eu comecei a explorar todo um campo que eu havia perdido – relações pessoais, o olho no olho, a presença integral.”
[Hits Perdidos] Você conta sobre suas origens na música, como pretende homenagear seu pai, e sua forma de produzir arte. Como você analisa que mudou sua perspectiva sobre a música e proposta artística ao longo do tempo?
César: “O primeiro impacto da arte e musica sobre mim foram estética e sensorial – sound and vision – imagem e som – então as vezes produzia coisas simplesmente pela estética do som – pelo ritmo – ou pela textura do sample.
Hoje para mim o mais importante é que a minha maneira de fazer arte seja autobiográfica em letras, texturas, samples, sonoridades, profundidade, imagem.”
[Hits Perdidos] Achei interessante da sua história foi justamente ter este lado de pesquisador nato por estilos referências, timbres e de certa forma consigo notar também que as referências, e influências que cita, por mais que tenham estilos diferentes, são artistas de personalidade forte e histórias intensas e cheias de dor. Como observa isso, ou nunca chegou a pensar por este lado?
César: “A profundidade emocional não é uma técnica de produção, ela tem que ser vivida, sentida e traduzida. E todos esses músicos e artistas viveram e vivem historias lindas e intensas, para o bem ou para o mal, e o que que torna suas obras belíssimas é o quanto isto transborda em suas músicas.”
[Hits Perdidos] Como foi simbolicamente o enterro de Drvnk e o renascimento de César para você? O que quis deixar para trás e o que mira para o futuro?
César: “Um grande amigo me disse uma vez que algumas mortes que nos dão vida.
Quando sai de casa eu tinha um projeto chamado The Drvnk Orchestra _ de rap instrumental inspirado em Dj Shadow, Wu Tang Clan, Tricky. E as pessoas começaram a me chamar de Drvnk justamente pelo projeto e eu assumi o nome.
O Drvnk era meu alter ego, como um Gainsbarre para o Gainsbourg, que justificava toda intensidade que comecei a viver, as experimentações, literatura, cinema, drogas, explorações noturnas. Todo o período de vida da minha banda CAVE WAVE foi guiado por esse impulso sem limites.
Automaticamente esse estilo de vida traz uma série de consequências mentais, físicas, emocionais. E eu estava já havia cortado este ciclo, com outra mentalidade e profundidade, fazendo a capa do disco solo, quando meu pai faleceu, e decidi que enterraria o Drvnk junto com ele e passaria a assumir o nome que ele me deu, C É S A R. Somente.
E passar por todos esse processos nos deixam muitas lições e elementos que busco pra vida. Conexão, Intensidade, Profundidade.”
[Hits Perdidos] Como foi o trabalho de produção do álbum? Você cita que gosta de como Os Mutantes faziam, desta liberdade e improviso. Mas como funciona para você este exercício, recortes e busca estética?
César: “Quando decidi fazer o disco, até mesmo para provar a mim mesmo que eu poderia, eu convidei um amigo, o produtor Bruno Palazzo, para produzir um álbum romântico – ou CRIMINAL ROMANTIC – que foi o termo que criei para traduzir como eu sinto o romance e o amor bandido muito inspirado em no cinema de David Lynch, Wong Kar Wai, Jim Jarmusch.
Impecavelmente produzido com instrumentos reais como Piano Wurlitzer, Guitarra, Baixo, Bateria Eletrônica, Sintetizadores e muita textura, que eu pudesse levar para qualquer lugar em um gravador de rolo, sampler, k7 ou até mesmo no iPhone e pudesse ali fazer um show sozinho. Como uma Performance de Arte/Karaokê.
Todas as musicas são muito honestas e biográficas e durante o processo eu queria que elas soassem exatamente da maneira com que eu as sentia. Então as vezes eu falava coisas como “coloca uma batida assim meio Lady in Red, esta é um clima meio Coração Selvagem, um piano mais estrada, um tom melancólico meio Chet Baker, algo meio Space Era”. E outras vezes me deitava no chão do estúdio e ficava ouvindo o Palazzo compor, camada por camada, sentindo a intensidade de cada música.”
[Hits Perdidos] Culpa, drogas, perdição, romance, conexão e ansiedade. Olhando assim alguns dos temas que o EP contempla parece até um filme de drama.
Chegou a pensar em algum videoclipe ou produção audiovisual que conversasse com estes universos em sua narrativa? Seria ousado afirmar que este registro seria de redenção e de deixar o passado entorpecido, inconsequente e perigoso para trás?
César: “Minha maneira de compor é muito visual, cinematográfica, tenho um plano de criar um short film para cada música, que conversem entre si e que juntando todos, em qualquer ordem, tenhamos uma obra audiovisual completa de 30 minutos.
E eu acredito que é importante passar por todas essas experiências de vida, de todos os lados, bons e ruins. Você tem que passar por todas essas coisas para entender do que a vida é feita.”
O show de lançamento acontece na Festa Risco no dia 16.06, às 17 horas, no Orfeu – localizado na Av. Ipiranga, 318 (República) em São Paulo.
This post was published on 31 de maio de 2019 10:10 am
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