[Premiere] Facção Caipira lança clipe inspirado em dia que tinha tudo para ser uma festa
A dor se manifesta das mais distintas formas, seja no choro sincero, seja na lembrança de um bom dia e as vezes ela (até) se transforma em arte. A perda de um amigo é uma ferida profunda, uma lástima que não parece ter fim. São anos de lembranças, piadas, passeios, fraternidade, mudanças e amadurecimento.
Então saber que não vai ter mais, que não vai poder voltar e falar as coisas que gostaria de ter dito acaba batendo ainda mais forte. O que resta? A saudade e a vontade de reviver cada grande momento.
Recentemente a banda do Rio de Janeiro lançou seu segundo álbum, Do Lugar Onde Eu Fui Embora (Toca Discos) que foi inclusive surgiu a partir do estúdio que a banda – que decidiu ir morar junta após um assalto que sofreram na turnê do primeiro álbum – montou no lugar onde funcionava uma igreja evangélica.
O disco que foi produzido por Felipe Rodarte (Toca do Bandido) em conjunto com a Facção Caipira também mostra uma transição em relação a sonoridade da banda, deixando um pouco de lado o folk e abraçando o rock alternativo.
Premiere: Facção Caipira “Um Dia de Festa” (05/04/2019)
Nesta sexta-feira (05/04) os cariocas lançam o videoclipe para “Um Dia de Festa”. A produção audiovisual tem direção assinada por Yuri Schuler e Fabrício Figueiredo e conta com a participação do bailarino Diego Cruz – com direção de corpo de Elaine Rollemberg.
O peso da canção se dá por sua temática e a história pessoal do vocalista Jan Santoro que sofreu com a perda de um grande amigo e no seu aniversário só conseguia pensar na sua ausência. A perda se dá a mais um amargo caso de suicídio, ocorrido meses antes, fruto de um auge de uma crise depressiva.
“Um dia de festa vem de um lugar de muita tristeza, angústia e saudade. Foi feita no dia do meu aniversário, na ausência de um grande amigo”, comenta Jan.
Depressão e sua carga que inspiraram a letra da canção, já no campo de influências sonoras os músicos citam de Otto à Bombino.
No vídeo a dor dos versos ganha o respaldo de contorcionismos do bailarino que mostra inquietação e desconforto. Desta forma enaltecendo as fortes emoções intrínsecas à composição. O fogo e o balançar da câmera ainda contribuem para transmitir a sensação desconforto e confusão mental. Seu poético fim resulta num tributo delicado ao luto pelo amigo.
FICHA TÉCNICA
Direção Criativa – Útero Filmes
Direção – Yuri Schuler e Fabrício Figueiredo
Direção de Fotografia – Fabrício Figueiredo e Yuri Schuler
Direção de Arte – Rodrigo de Freitas Produção – Vinicius Guimarães
Assist. de Direção – Josafá Veloso
Edição – Fabrício Figueiredo e Yuri Schuler
Color Grade – Yuri Schuler
Concepção e Roteiro – Jan Santoro e Yuri Schuler
Ator/Bailarino – Diego Cruz
Direção de Movimento e Maquiagem – Elaine Rollemberg
Figurantes – Vitor Santana, Laila Sartori, Pamella Kastrup, Vinícius Guimarães, Jan Santoro, Ruan Forecchi
Produção Executiva – Ruan Forecchi (Graúna Produções)
Apoio – Lab Sônica e Oi Futuro Realização – Firjan SESI