[Premiere] Blocked Bones condena justiceiros no vídeo Tarantinesco para “Black Boots”

 [Premiere] Blocked Bones condena justiceiros no vídeo Tarantinesco para “Black Boots”

O duo paraense Blocked Bones é formado por Fil Alencar (guitarra) e Ivan Masocatto (bateria).

Em 2016 eles lançaram seu álbum de estreia, Animals. Desde então tem feito shows mesclando em seu repertório canções do disco e do EP, Death Mails in Black Letters (2013).

Nesta sexta-feira (25/01) eles chegam para escrever mais um capítulo em sua história com o lançamento do videoclipe para “Black Boots”. A canção presente em seu debut, Animals, disco produzido por Iuri Freiberger, ganhou um clipe com influência estética de Grindhouse, de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.

Suspense, sangue e violência, são marcas tanto das produções tarantinescas, como do videoclipe dirigido por Gabriel Manso. A trama leva o espectador a tirar conclusões precipitadas sobre o desfecho do vídeo, que mesmo sem entender sob qual contexto seu roteiro está inserido: julga.

Mais do que julgar, procura culpados e já quer sua cabeça. Feito os justiceiros, de programas policiais, e comentaristas de internet. Fato é que é necessário assistir o videoclipe até o final para se surpreender.

A história narra três pontos de vista sobre uma cidade em decadência e um crime sem explicação, revelando preconceitos e a fúria provocada pelo medo. Não é Grinderhouse, True Detective, nem Black Mirror mas o espectador é convidado para tentar entrar na mente de cada um dos personagens interpretados pelos atores Marcelle Cerutti, Wesley Corrêa e Cléber Galo.



No vídeo, um fotorrepórter segue uma moça misteriosa que carrega uma maleta em que o conteúdo é desconhecido. Ele não imagina que suas intenções são as piores e que, no final da história, alguém sairá sem vida.

O questionamento que fica é: vale a pena tentar fazer justiça com as próprias mãos em uma sociedade repleta de injustiças?

E digo mais: vale a pena armar uma população cega e sem moral? A quantos passos de um colapso social estamos? O que é ser um “cidadão de bem” em 2019?

Para onde estamos indo? 

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