Estava tudo preparado para comparecer no show da Musa Híbrida na Associação Cultural Cecília no dia 10/08, porém por um acaso não pude comparecer. Devido a organização do Contramão Gig que aconteceria na semana seguinte.
Na mesma noite, um pouco mais tarde do horário do show, a convite da Joyce do Cansei do Mainstream fui ao Estúdio Lâmina. Local que estava para comparecer a um bom tempo mas que ainda não tinha tido a oportunidade de ir. Naquela noite estavam escaladas as bandas: Supervão (RS) e Mona e Outros Mares. Além disso a ocupação artística recebeu a exposição CAOSROSA da artista Ana Paula da Cunha.
Desde que pude conhecer o EP Lua Degradê dos gaúchos, fiquei curioso pela sonoridade que já me lembrava um pouco de LCD Soundsystem com outras camadas. E claro já estava por dentro do casting da Lezma Records que ma agrada pela aposta no rock psicodélico e experimental.
Pude ver show dos caras nas duas noites e o repertório mesclou o primeiro EP com o disco de estreia, o ótimo, espacial e divertido TMJNT. Este lançado em maio e que tem sido elogiado por passear por várias camadas sonoras, do rock’n’roll, passando pelo eletrônico ao experimental.
A vibe é sinestésica e transmite sensações distintas a cada ouvinte. É dançante ao mesmo tempo que é contemplativo. De forma em que sua mente paira no ar. A vontade depois de sair do show era simplesmente a de ouvir na sequência os discos do Lou Reed.
Soube que no dia seguinte a Supervão iria se apresentar ao lado da Musa Híbrida, de Pelotas (RS), Cachalote Fuzz (MG) e Vathlo no palco do Breve. Infelizmente não cheguei a tempo do show da Cachalote porém pude conferir os momentos finais do som instrumental – e barulhento – da Vathlo.
Era enfim chegada a hora de ouvir ao vivo pela primeira vez a Musa Híbrida. Uma felicidade pois no dia anterior tinha perdido a oportunidade. Era a primeira turnê fora do estado do Rio Grande do Sul e muito bacana de certa forma estar fazendo parte desse momento mesmo que por alguns minutos.
Confesso que até então só conhecia o álbum visual, Respirei poema e Cuspi EP (2016) e o single que ganhou recentemente um clipe, “Manga Rosa”. Então para mim poder presenciar aquilo e ver ao vivo como funcionava o som – e visual – da banda foi um aprendizado. Foi rico, ignorância é uma dádiva muitos dizem. Não conhecia todas as canções ou tinha sequer ouvido o álbum de 2014 mas por aqueles 40 minutos eu estava conectado.
O fator visual vale ressaltar por conta das máscaras, linguagem corporal, timbres e atmosfera criada. É artístico, é belo, é delicado e consegue externar através do canto suas visões de mundo.
Até comentei com o Alê Giglio do Minuto Indie que a banda tinha um tom magnético por saber fazer aquela ponte entre o alternativo e o pop. Lembrando nomes como The XX, Cat Power, Of Monsters & Men, Belle & Sebastian, Yo La Tengo entre outras coisas. Tudo isso sem soar forçado, com destreza, alegria e simplicidade.
Em certo momento que uma canção trouxe um bandolin, só consegui lembrar o Neutral Milk Hotel somado a doçura dos vocais. Quão incrível é ver uma banda com uma linguagem tão forte, um show tão calibrado e uma força magnética tão forte. Saímos perplexos do show. De alma lavada.
Mas antes de conversar com a banda vamos contar um pouco mais sobre a Musa Híbrida.
O grupo foi formado em 2012 na cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul e conta com Cuqui, Alércio & Vini. Desde então eles lançaram três álbuns, Musa Híbrida (2012), Verde Fosco Roxo Cinza (2014) e Respirei o Poema e Cuspi (2016). O single mais recente é “Manga Rosa” que recentemente recebeu um videoclipe. Você inclusive pode baixar todos os lançamentos no site oficial da banda.
A preocupação visual e estética da banda passa pelas mãos de Cuqui que é artista visual e isso possibilita que a arte ganhe novos desdobramentos dentro do conceito da banda. O que acaba sendo uma grata surpresa para quem tem a oportunidade de vê-los ao vivo.
Devidamente apresentados vamos conversar um pouco com eles sobre a aventura que foi realizar uma turnê pela primeira vez fora do estado. Esta que passou por SP, RJ, PR e MG. Podemos adiantar que as histórias e lembranças são ótimas e que eles estão já prontos para outra!
[Hits Perdidos] Achei muito interessante isso de vocês se considerarem “um triângulo que se equilibra feito um tripé”. No show que pude assistir durante a turnê paulista notei que há realmente uma preocupação com a estética, linguagem, discurso e como querem que a experiência seja entregue ao público. Como foi elaborar o show que tem feito? Desde as máscaras, presença de palco e montagem.
Musa Híbrida: “O processo de construção é natural, acreditamos que para a maioria dos artistas é. O show mais recente se estruturou a partir da gravação do EP, alguns elementos como violão foram retirados e a estética do “respirei o poema cuspi” deu uma nova roupagem sonora para todo o show, incluindo nas músicas dos outros discos.
A questão do tripé é em função de que tudo que acontece no show é orgânico, misturado com a presença dos samples e beats. Dessa forma, dependemos e contamos um com o outro para ninguém cair. A Cuqui é artista visual, as máscaras vieram de trabalhos dela com estilhaços de espelho, elas apareceram pela primeira vez a uns anos atrás no musa mato vivo. As máscaras e o globo de espelhos estilhaçados já faziam parte do cenário da Musa Híbrida de uma forma passiva e então foram recriadas para serem vestidas a partir da sessão de fotos criada em parceria com a fotógrafa Eduarda Gaeta e em sequência foram adaptadas pro show. Esse pensamento da absorção da vibe externa diz muito sobre a nossa ação no palco e do próprio discurso. Sobre isso, argumento da própria Cuqui:
“Estilhaços de outros azares são remontados em rostos que não são eles mesmos mas o que está em volta. Se olhar de perto cada caco e cada pedaço de mundo que ele remonta, talvez dê pra ver a Duda ali, ela era aquilo [pensamos nesse ensaio quando ela me disse que tinha construído uns filtros analógicos pra câmera ouvindo nossas músicas] assim como nós éramos uns nos rostos dos outros porque nos misturamos, e caleidoscópicamente montamos outras imagens de nós mesmos. Eu sou você você sou eu [com um coro por pirata no nosso próximo disco]”.
[Hits Perdidos] Uma coisa que gostei muito e achei um detalhe bacana foi a forma que lançaram o EP Respirei o poema cuspi (2016) no youtube. Com vocês interagindo a cada música com diversos elementos. De onde veio a ideia?
Musa Híbrida: “A gente entrou muito nessa pilha de usar o YouTube como ferramenta de veiculação do álbum. No começo ele estava só por ali (depois foi pro streaming e só recentemente a gente fez uma versão física do disco) e a gente pensou em aproveitar que uma galera consome música pelo YouTube e brincar com a possibilidade de uma capa em movimento.
A Cuqui usou a parede como um grande suporte pra arte da capa e, com a produção da MAGA, a gente existiu na frente dessa arte – o tamanho real, a relação com o nosso corpo, a língua é uma ferramenta dourada, um mundo sem aspas, letras e objetos presentes repetidos na parede -. Então a gente foi alternando e brincando com as ideias, cortes brutos, vagarosamente ou rapidamente, brincando com essa imagem que a tem a possibilidade de movimento.
A pessoa coloca o disco pra ouvir no YouTube, olha por uns segundos aquela imagem, troca de aba, sai da frente do PC, quando volta pro vídeo a cena mudou, dá aquele teto na primeira vez de “peraí isso tá se mexendo, acho que mudou, acho que não era bem assim”, sei lá, foi uma pira por aí, talvez.”
[Hits Perdidos] Recentemente, em junho, vocês lançaram o clipe de “Manga Rosa”. Também bastante conceitual. Queria que falassem mais sobre esse lançamento e o que queriam transmitir com o curta.
Musa Híbrida: “O clipe de Manga rosa foi produzido junto com o videoalbum do EP. A Cuqui desenhou traço por traço enquanto a câmera registrava um stop motion. As ideias nasceram realmente juntas, de usar o stop motion da criação do desenho como mote do clipe e depois gravar a gente ali parado, se movimentando na lenta, com as ferramentas e tal, pro disco. Na mesma sala, essa escultura que abre o clipe é uma remontagem quase óssea de pedaços de casa, com o martelo, a serra e a chave de fenda pintados de dourado, somente encostados, apoiados nessa estrutura estranha e familiar criada pela artista visual Jessica Porciúncula.
Levou um tempo pra finalizar o clipe, esse trabalho pesado de edição, de saturação de cor, uso de glitchs, recortes, tem uma relação direta com o som, que teve esse processo bem forte. E ambos têm relação com a própria letra, então nesse ponto, é como se letra, música e vídeo estivessem viajando no mesmo teto.”
[Hits Perdidos] Vocês fizeram uma tour por RJ, PR, SP e MG. Gostaria que contassem como tem sido a aventura toda, abordagem e recepção dos públicos, lugares que mais gostaram de conhecer. No tempo livre o que conseguiram conhecer?
Musa Híbrida: Foi a primeira tour fora do RS que a gente fez de carro, percorrendo longas distâncias. Tudo agenciado pela nossa produtora, a Carol Rocha. Nos três primeiros dias a gente já tinha cruzado 4 estados. Foi o final de semana mais alucicrazy, as maiores viagens tendo que chegar no mesmo dia e tocar.
Em ponta Grossa nossa grande amiga Pri nos recebeu, em Curitiba a galera da Onça discos fez um dos rolês mais lindos da tour toda antes de seguirmos pro Rio. A gente sabia que era uma loucurinha, mas que depois do show no Motim (Já no Rio, onde conhecemos a Lety maravilhosa do selo Efusiva e tivemos um show cheio de pessoas queridas que reencontramos) rolaria dois dias de folga por ali. Deu pra descansar, pegar uma praia e desvendar a cidade. Os maiores pontos turísticos que a gente passou foram uns botecos pelo caminho de casa.
Dali a gente partiu pra SP e fez mais 4 shows nessa semana, dois na capital, um em Campinas e outro em Sorocaba (rolê que surpreendeu muito em essepê, a galera da casa era demais, o som era demais e depois de passar três anos sem ir na cidade, gente que tínhamos conhecido das outras vezes tava lá cantando junto – além de outras galeras que assistiam a gente pela primeira vez se entregando pro som em um cenário cheio de luzes e plantas, foi bem bonito).
Depois a gente ficou dois dias em Campinas pra repor as energias, na casa da nossa BFF Dri Yamamoto com bastante comida e vídeo game. Dali, seriam mais cinco shows seguidos pra fechar a tortour (apelido carinhoso que surgiu no caminho pra casa). Rolou São José dos Campos ainda em SP e no outro dia a gente já pegava a estrada pra Minas Gerais.
A gente nunca tinha ido pra MG, então todo mundo ficou apaixonado por aquela paisagem montanhosa que ia mudando e se transformando. Outra vez era chegar, dar uma descansada e já montar, passar som etc. Entrando na cidade o carro começou a tremer alucinadamente até o bum, o grande bum, que fez a gente encostar o carro do jeito que deu e constatar que um dos pneus tinha explodido de tal forma que cabos de aço estavam partidos e expostos. Depois de descobrir no Google pra qual sentido desaparafusava (gente, tava muuuuito apertado e né, tortoureiros de primeira viagem) a gente conseguiu em uma meia horinha colocar o step e adentrar Uberlândia.
Chegando na Casa Verde, depois de seis horas de viagem e uma troca de pneu, já tinha aquele cheiro de pão de queijo saindo do forno e uma garrafa térmica cheia de café quentinho. Aquele bom e velho carinho na alma de quem já tava longe de casa há duas semanas. No outro dia em Uberaba, pertinho daí, um lugar sensacional chamado Laboratório 96, da Bruna e da Letícia, duas minas incríveis que fortalecem a cena de Uberaba e nos receberam maravilhosamente bem.
No outro dia de manhã rolou um café incrível seguido de uma despedida difícil (inclusive, vale dizer, se despedir é quase sempre difícil) a gente partiu pra Itaúna, mais umas várias horas de viagem, num caminho de pista simples, montanhoso (lindo demais da conta!) e cheio de caminhão. Uma cidade pequena mas com bastante galera pra cena e uma galera bem atenta, a fim de ouvir o som. No dia seguinte a família da Fran (produtora maravilhosa que fez tudo acontecer), nos ofereceu um almoço delicioso de domingo e a gente partiu bem alimentados pra BH, viagem de uma horinha.
Em Belo Horizonte fomos pra casa da Miêta. A galera da Miêta é simplesmente demais. Os shows rolaram no palco de um bar clássico que parecia cenário de um filme B. Minas Gerais foi uma grata surpresa, todos os shows tinham um público atento ao som, que pra uma primeira ida foi surpreendentemente positivo. A gente ficou mais um dia ainda em BH descansando, tomando umas e trocando ideia, ouvindo umas playlists feitas pela Marcela (vocalista/baixista da Miêta) da cena independente de lá.
Aí no outro dia foi acordar cedinho e começar a descida que rendeu mais dois dias viajando (uma parada em Curitiba na casa da Katze, que já tinha nos recebido na ida e dividido o palco com a gente) seguimos até Porto Alegre, e na sexta teve show no Oculto (bar que sempre esteve de porta aberta pra música local e autoral) com a Mariana Degani que veio de SP girar de Kombi pelo Sul. Depois dessa última parada, voltamos pra Pelotas, com o saldo positivo no coração e já nos preparando pra próxima.”
[Hits Perdidos] Falando ainda na turnê? Tem alguma história, parceria ou banda que amaram conhecer pessoalmente? O que levam de volta na bagagem?
Musa Híbrida: A lista é grande. Todos os lugares pelos quais a gente passou encheram nossa alma de gente. Falando de shows, bandas e parcerias, a gente ficou totalmente vidrado no show da Miêta, de BH. Pressão de som, precisão nos arranjos, um show bem grande, bem foda mesmo. Tivemos o prazer de conhecer e ouvir a BIMA e Insurgência Sertaneja (gente, que show lindo) também em MG, o Projeto Her em Sorocaba, o som da BEL Baroni com a Larissa Conforto em SP em um dia e no outro Vathlo e Supervão que já é coladinha com a gente & um baita destaque pra Katze Soundz em Curitiba [que se tornou a trilha sonora mais presente nos nossos quase 7.000km].
[Hits Perdidos] Como explicariam o som de vocês para quem nunca ouviu? Pergunto isso devido a complexidade de referências e a maneira orgânica com que tudo funciona.
Musa Híbrida: “Essa é uma pergunta cabulosa. Quando a gente topa com uma galera que não ouviu e quer saber é sempre aquela dificuldade. O caminho mais fácil é dizer algo como uma MPB com som eletrônico. Mas é um caminho meio simplista que deixa lacunas. Hoje em dia tem bastante pegada de rock, batidão eletrônico, samples de ambiência que deixa o som bem etéreo, então acho que dentro do próprio repertório dos três discos têm nuances sonoras, que é meio complicado de falar em uma palavra ou outra. O Afonso Lima da New Yeah usou uma vez o termo “Tecnoxamanismo” e a gente achou bem incrível haha, temos usado essa definição as vezes.”
[Hits Perdidos] Após o clipe e a turnê quais os planos para a Musa Híbrida? Teremos um disco a caminho?
Musa Híbrida: “O caminho no mundo das ideias é preparar um single pra lançar ainda esse ano e um disco cheio pro primeiro semestre de 2018. A gente já tem grande parte do repertório composto, mas a produção/gravação é quase sempre um processo demorado, então esses prazos podem acabar mudando.”
[Hits Perdidos] Queria que contassem mais sobre a origem do nome e o trato que tem com o projeto. Como é o processo de construção das canções e arranjos?
Musa Híbrida: “O projeto começou no início de 2012, ainda sem nome. A gente ficou uns 8 meses gravando o disco em casa, sem pressa de ser uma banda, fazer show, ter um nome etc. O processo de produção é bem lento. Como a gente tem estúdio em casa, a gente grava e regrava cada música diversas vezes, até chegar num resultado que a gente sinta “é isso”.
Então, algumas músicas do disco chegaram a ter umas 4 ou 5 versões diferentes até chegar na definitiva. Tem um som ou outro que rola de cara, mas esse processo geralmente é demorado mesmo, a gente curte esse tempo de maturação pra cada som, pra cada trabalho. Musa Híbrida veio da canção homônima do disco Cê, do Caetano Veloso. “Se espalha pelo mundo, vamos refazer o mundo” parecia um bom lema de vida pra banda, e meio acidentalmente esse nome Musa Híbrida foi crescendo semanticamente na nossa vida.”
[Hits Perdidos] Na parte das letras, o que os inspira e quais os valores que querem plantar no coração do ouvinte?
Musa Híbrida: “Aquela coisa, literatura, música, desenho animado, cinema, artes visuais e as pequenas confusões que cercam a nossa vida, “aquele monte de dúvida que a gente tem quando trabalha como artista”. Não sei se a gente quer plantar coisas nos corações dos ouvintes, valores e tal, mas a gente meio que escreve e canta sobre coisas que a gente acredita.”
[Hits Perdidos] Algo que notei e reparei é a maneira interessante que o som flerta com o pop do The XX, o alternativo da Cat Power e a cada música a referência é distinta mas muito rica. Realmente consigo ver o som funcionando bem para diversos públicos como Belle & Sebastian e Yo La Tengo sempre conseguiram fazer o elo mesmo sendo considerados “indies”. Como vocês enxergam esse potencial pop?
Musa Híbrida: “É positivo, né? Pop, popular, essa palavra tão ampla e tão abrangente. Ser amplo, ser abrangente, sem necessariamente ser superficial ou específico, pode ser bem bom. A gente não faz o som pensando nisso, mas se enxergou isso, a gente fica feliz com essa potência possível.”
[Hits Perdidos] De onde vem as referências de misturar tantos elementos diferentes como bandolim aos synts? Tem algum novo instrumento que estão aprendendo para alguma futura composição ou alguma parceria que querem testar em estúdio?
Musa Híbrida: “O acaso de certa forma foi rei dessa mistura. Quando a gente se conheceu era meio que os instrumentos que cada um já tinha. E aí nessa busca por um som que a gente não sabia bem qual era, utilizando as ferramentas que a gente tinha, rolou isso. E a gente curtiu como soou e quis investir nisso mesmo. Também tem o fato de que nenhum de nós é grande instrumentista das coisas que já tocamos. A gente tira o som que dá, que a gente consegue, de cada coisa que a gente toca, da nossa maneira. Com esse tipo de raciocínio, a gente meio que pode tocar qualquer instrumento, não de uma maneira mais tradicional ou adequada a cada instrumento, mas da nossa maneira, tirando o nosso som.”
[Hits Perdidos] Vocês são de Pelotas (RS). Como observam o cenário local e como tem funcionado as parcerias? Aqui em São Paulo também tocaram ao lado da Supervão também da região e eles estavam super felizes em dividir o palco com uma banda que admiram tanto, até me confidenciaram. Como tem fluído isso? Quais bandas admiram e indicariam para os leitores do Hits Perdidos?
Musa Híbrida: “A nossa região tem uma infinidade de artistas trampando com som autoral, bastante coisa boa mesmo. A Laura Bastos e a Bart, de Pelotas, a Paola Kirst, a Pérola Negra e a KIAI de Rio Grande. Tem o selo Escápula Records, que lançou os últimos trabalhos da Musa.
Agora, a cidade tá sem um espaço ideal pra fazer shows dessa galera, então desse ponto de vista a cena tá meio parada. Em seguida isso deve mudar e Pelotas deve voltar a fazer parte dessa rota de giros pelo Sul. No mais, a cena no RS a cena tá fervendo, muita coisa acontecendo e com muita qualidade. Circulação de projetos de fora, selos, festivais fodas e bandas cada vez mais incríveis, a própria Supervão que é uma banda que amamos e temos a felicidade de ter perto podendo dividir vários momentos nessa correria toda.
A gente tem lista longa de bandas pra indicar, Katze Soundz, a Miêta, a Não, Não-Eu, PAPISA, My Magical Glowing Lens, Supervão, Irmão Victor, são algumas necessárias, maravilhosas. Ah, e muita Letrux, Noite de Climão. Rainha.
Playlist no Spotify
Para fechar eu pedi para a Musa Híbrida montar uma playlist com descobertas, artistas que admiram e andam ouvindo entre outras cositas mas. Eles carinhosamente apelidaram a playlist de RADINHO MHBD.
Na lista tem artistas como Miêta, O Terno, My Magical Glowing Lens, Papisa, Letrux, Não Não-Eu, Ava Rocha, Curumin, Katze, Brvnks, Luiza Lian e muito mais!
Para outras playlists exclusivas siga o Hits Perdidos no Spotify.
This post was published on 31 de agosto de 2017 5:38 pm
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