[PREMIERE] Navegue nas “good vibes” do primeiro EP da Cachalote Fuzz
A cada dia que passa a nova psicodelia brasileira surpreende de maneira positiva. Enquanto muitas bandas lançam discos apostando em fórmulas no que “deu certo antes”, outras enxergam que o caminho a seguir é misturar e dar asas para a criatividade. Aqui no Hits Perdidos ao menos uns 15 discos do gênero musical recebemos por mês e a porcentagem de coisa boa é alta.
Nesta sexta-feira (21/07) vem ao mundo o primeiro registro da Cachalote Fuzz. Direto de Uberlândia, os mineiros trazem as good vibes da neo-psicodelia no lançamento de seu primero EP. O lançamento está sendo feito pelo selo independente Cena Cerrado Discos.
A produção de Brazilian Toys foi realizada por Felipe Maciel (Porão Estúdio) em parceria com Tagore Suassuna e João Felipe Cavalcanti (Tagore), e foi masterizado por Rafael Vaz (Casa Verde Estúdio).
A banda conta em sua formação com Iuri Resende (Voz e Guitarra) Fabio Masson (Baixo), José Guilherme Rangel (Guitarra), Guilherme Vasconcellos (Guitarra) e
Arthur Rodrigues (Bateria e Voz).
Ouça em primeira mão aqui no Hits Perdidos
O tom espiritual e violeiro já dá as cartas logo em “Temporada de Caça”, faixa que conta com a participação do músico – e produtor – Tagore Suassuna. Com certeza você que acompanha a cena psicodélica nacional já ouviu falar sobre o mais recente disto do músico, Pineal (Ouça no Spotify), e os elogios são merecidos.
Mas voltando, a canção te leva para mata adentro e tem um tom sertanejo, sim da rotina do cerrado, da fazenda e da lavoura. A metáfora de voltar para suas raízes se dá através do personagem da “Cachalote”. O tom imersivo e denso faz com que você viaje por todas aquelas paisagens áridas e sinta a brisa batendo no seu rosto. Os arranjos de guitarra e bateria conduzem a “good vibe” e a ~marola~ da canção. Apenas feche os olhos e viaje nas costas da Cachalote.
A criatividade em misturar a psicodelia com post-rock – e acordes mais estridentes – está na mais experimental “Jurubeba” que poderia inclusive estar em algum disco do Sonic Youth. Aliás hoje o sétimo álbum da banda, Dirty (Ouça no Spotify), completa 25 anos. Instrumental ela tem o papel de fazer a ponte com a segunda metade do disco.
Quem chega de mansinho e trabalhando com a progressão de acordes é “Como Pode?” que tem um pouco de groove de blues/country somado a psicodelia. O tom é calmo e os teclados conseguem te puxar para outra dimensão.
A maluquice se dá na roda gigante de emoções de “Turnê” que fala sobre as experiências que uma viagem cruzando o país pode proporcionar. Acredito que muito disso vem da vontade que tem de sair espalhando seu som de norte a sul. Uma ode a experiência e as novas conexões que essas viagens nos trazem. Dos romances as presepadas, a música é sobre viver intensamente e aproveitar cada momento. Carpe Diem!
Para fechar Brazilian Toys temos a faixa título – e única em inglês do disquinho. Um passeio pela tropicalia, folk, e o blues. Ela é torta e derretida, o que faz dela leve e despretensiosa. Se você curtir o trabalho do Picanha de Chernobill, vai se amarrar.
A psicodelia se funde ao blues, folk e a música caipira para te mostrar que somos um pouco de tudo isso. A participação de Tagore logo na faixa que abre o disco já mostra o norte que o trabalho vai trazer. “Brazilian Toys” é um lançamento do selo independente Cena Cerrado Discos e propõe uma viagem com destino ao autoconhecimento.
2 Comments
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Cachalote Fuzz! Banda sensacional! Estes Mineiros, sabem fazer muito bem música. Amô, Cachalote Fuzz…