Agoristas: A música como extensão da alma
Energias, Xamãs, cantos tribais, ancestralidade, pluralidade, humanidade e renascimento. Estes são alguns dos elementos que dão a forma ao som anárquico e desconstrutivo dos ousados e naturalmente conectados: Agoristas.
Tentando clarear a escuridão que permeia o mundo com uma dose vasta de amor. O sentimento que além de unir: age como a força motriz do encontro casual do grupo. Este que é idealizado por Danilo Xidan, que não gosta muito de levar os créditos. Acredita que todos envolvidos no – audacioso – projeto tem a mesma importância na química da essência do Agoristas.
O Agoristas funciona de uma maneira um tanto quanto particular e anárquica de certa forma. Assim como o nome diz, o imediatismo está no DNA do grupo goiano. Fica até de certa forma afirmar que a conjunto é de um lugar.
Acho que o próprio Xidan diria: “somos do planeta Terra”. Afinal de contas não existem fronteiras ou limites para ser um “agorista”. Participam dos trabalhos lançados pelo grupo, artistas que estiverem de passagem pelo estúdio de gravação durante o processo.
Ou seja, se estiver um guitarrista, um trompetista ou baterista por exemplo indo buscar algo por lá: corre o risco de sair de lá com uma faixa finalizada composta praticamente na hora. A pluralidade está também em como cada um contribui com o processo final. Xidan chega no estúdio com algum verso ou parte da melodia composta e o que vem depois disso vai depender totalmente do que o background dos “novos amigos” permitir.
Portanto dificilmente o riff e o arranjo inicial se materializa exatamente como chegou. Talvez esse poder da “jam” transforme aquele momento em “único”. Aliás acredito que deveríamos encarar todas reuniões e momentos de troca como únicos, afinal, quem hoje está aqui: amanhã pode virar apenas mais uma estrela.
O culto do agora é o grande conceito: o Carpe Diem
“Carpe diem, quam minimum credula postero, é uma expressão em latim que significa “aproveite o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã”. A frase foi escrita por Horácio Flaco (65 a.C.- 8 a.C.), poeta e filósofo da Roma Antiga, no livro “Odes”, uma das obras mais importantes da literatura universal.
Alguns aspectos do Epicurismo se destacam em sua obra, como a importância de se encontrar a felicidade e se buscar a saúde da alma. Para o filósofo Horácio, a sabedoria consiste em saber aproveitar o presente, porque se sabe que a vida é breve.
“Carpe diem, quam minimum credula postero”, é um convite para se aproveitar o presente, usufruindo intensamente os momentos, sem pensar no que o futuro lhes reserva, sem se preocupar com o amanhã.” – Fonte: Significados.com.br
Mas a ancestralidade também é uma marca que embeleza a concepção da arte agorista. Os índios, o povo original desta terra que de certa forma abraçou o mundo. Somos plurais por conta de toda essa mistura mas também a terra onde muito sangue foi jorrado – e que não tem livro de história que vai deixar o “descobrimento do Brasil” como algo por se dizer: belo. Este texto não terá romantização de colonizadores ou visão eurocêntrica da nossa história.
Porém não vamos deixar de lado que somos apenas um planete com quase 7 bilhões de habitantes. E como Xidan frisa: a história do mundo acaba se repetindo. Infelizmente pelos erros, pelas guerras, pelo preconceito, por alguém se sentir “superior” em relação a outro povo ou crença. Não é porque vivemos o agora que devemos ignorar o passado e não vislumbrar o futuro.
Afinal de contas somos o conjunto: de onde viemos e para onde queremos chegar. O poder da transformação tem que vir de dentro e nada como o amor para servir de combustível para a evolução e transcendência.
Mas para entender tudo isso: nada melhor do que ouvir o ritmo que conduz a alma dos Agoristas. Aquele que contempla tantos estilos, viéses e que agride com astúcia o ouvinte pouco acostumado com a miscelânea cultural de ritmos envolvida.
A primeira recomendação que eles alertam é em sua realidade um convite para adentrar a seu universo com os seguintes dizeres:
“Respire fundo, apague as luzes e acenda uma vela.”
O Oculto (2016) – primeiro disco do grupo em constante transformação – já começa com os cantigos daqueles que foram tão calados por armas e catequizadores europeus: os índios. Descreve as dores e adereços do povo nativo brasileiro e seu rico folclore em “Pouso”, a faixa introdutória da obra.
O que deixa “Perigozo” com o terreno preparado para arrar a terra com sentimentos de raízes profundas. A guitarrada melódica alá Carlos Santana se une ao triângulo e a batida tropical para dar força ao discurso que retrata as transformações e denuncia os conflitos cíclicos. Estes que se repetem de maneira dolorosa ao longo da história.
“Perigozo” é uma denúncia a toda podridão muita vez “escondida” na história mundial. Entre o escravismo, as guerras, os conflitos religiosos e afins. A veia política está presente entre uma viagem antropológica e uma jam apocalíptica.
A faixa inclusive foi a primeira a ganhar um webclip. Sobre o resultado da animação eles contam um pouco mais do processo agorista:
“Angelita ouve a música e começa a rabiscar as imagens que lhe surgem à mente. Fotografa, começa a editar em um notebook tecnologicamente ultrapassado. Ela usa o editor mais básico. Angelita mostra para Xidan e Xidan termina de editar. Uma animação só!
Angelita (idealização clipe, ilustrações, edição e voz)
Xidan (edição, finalização, guitarra e voz)
Wolder (voz)
Renato Cunha (guitarra e slide xícara de café)
Carlos Foca (baixo)
Fred Valle (bateria)
Edilson Morais (Percussão)
Alex Mac’Arthur(Teclados)
Pedro Laba (produção, edição e mixagem)
Gravado e mixado no Laba.Rec Estúdio, Aparecida de Goiânia-GO.
Masterizado por Leo Bessa no Up Music, Goiânia-GO.”
“Estações” tem uma veia total latino americana, explorando ritmos caribenhos, Dub, MPB, Samba e guitarradas alá Santana com gritos dos índios. É uma canção mais sensual de certa forma, carrega um tom de romance no ar.
O contexto das relações interpessoais e seus “momentos” quentes que se contrastam com a frieza seguinte presente na solidão da mediocridade humana. Aquele romance de verão que não sobe a serra. Acredito que todo mundo já teve alguma experiência similar ao longo da vida. Porém toda aquela intensidade compensa qualquer cenário negativo. É o agora e é ele que importa.
Gosto como elementos como a cuíca e outros presentes na salsa dão todo esse compasso que a canção pede. De certa forma sacia aquele coração que transborda amor e não tem quem abraçar após uma boa lembrança de um “momentum” que não volta mais.
Ainda com o mesmo gingado e energia contagiante vem “Baila”, um convite a levantar da cadeira e encontrar um par para chegar mais perto. O ritmo é pegado, a narrativa que Xidan impõe lembra Tom Zé e Sidney Magal. Um misto de latinidades mescladas a poesia. Afinal a música brega é de uma importância inestimável na cultura nacional. Deixe os preconceitos de lado e venha dançar esta lambada.
Para dar uma tônica ainda mais “caliente” a canção tem um diálogo do casal feito uma discussão de relação. Tudo isso numa narrativa teatral, parte descritiva feito um monólogo e parte dialogada. É muito interessante ver esta homenagem a artistas como Wando, Waldick Soriano, Falcão, Amado Batista, Reginaldo Rossi, Adelino Nascimento, Odair José e Lindomar Castilho.
A dobradinha “Benção” e “Amanheceu” já traz o folclore indígena da dança da chuva com riffs de guitarra disruptivos alá Pink Floyd e Jimi Hendrix na veia. O vocal feminino trás uma leveza que a canção pede. Os elementos enriquecem a atmosfera “tribal” da canção com sons da natureza, cantigos e flautas.
Você se sente entrando mata adentro em busca do autoconhecimento. Como se estivesse se preparando mentalmente para ingerir o chá de Ayahuasca.
A última faixa de Oculto (2016) é “Amem”, que como Xidan irá nos contar é sobre o tema central do disco: o poder do amor. Este que tem o poder da transformação e que move montanhas.
Os arranjos são mais detalhistas feito o trabalho solo de Omar Rodriguez-López psicotrópicos, alucinantes e tântricos. Os tambores agem como as batidas do coração que transborda de paixão no meio de um fluxo de informações e notícias ruins dos noticiários de TV. Nos vocais temos gritos de dor e de libertação típicos da soul music e gaitas na linha Bob Dylan já em sua parte final.
O disco mostra que para o processo criativo não há muitos limites. O que falta mesmo é fazer. Algo que o conceito do Agoristas mostra que é questão focar e decidir. Com muitas personalidades diferentes por um breve momento em sintonia, o tom do disco não é – e nem pretende ser – uniforme.
E isto agrega um valor imenso a construção e andamento da obra. Mas como alertei lá em cima: temos que ouvir com a cabeça aberta e o espírito em conexão com o que é se sentir universal. Alguns rotularão como world music, mas para mim o álbum é o reflexo do que é ser humano. Não ter vergonha de onde veio e medo para onde vai. Um mantra ao Carpe Diem: agora, agora, Agoristas!
Depois de tanta informação e discussões filosóficas: nada como um bate papo franco e cheio de peripécias com Danilo Xidan. Com direito a intervenção de seu gatuno, trilha sonora em vinil, background e comentários interessantíssimos sobre o cenário musical goiano, mudança de comportamento da indústria fonográfica, D.I.Y. e sua perspectiva de vida.
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Sobre como cada canto do país influenciou no DNA do projeto ele conta que percebeu que não somos muito diferentes. Acredita que as culturas, as pessoas, as vivências elas meio que se passam em coisas humanas que são maiores. Estas que vem antes de qualquer diferença geográfica ou social que a divide as pessoas. Ele acha que divisão é apenas uma marcação, essa delimitação de o que que é um estado, o que que é outro estado. O que que é uma cidade, um país: são coisas que os humanos determinaram, eles que estabeleceram em cima de algo que já existia.
Danilo Xidan: “Eu senti que tudo era uma unidade porque cada lugar que eu estava eu fui convivendo com outros tipos de pessoas que as vezes não eram do lugar. Ou que eram do lugar mas assim…histórias diferentes. Então na Bahia eu tava com mineiro, com recifense. Em Palmas eu tava com uma pessoa que era de Goiás.
E lógico eu convivi com pessoas da região. Mas minha viagem não foi turística, então eu não viajei em busca dessas coisas pré determinadas e estabelecidas do que é a cultura do nordestino, do que é a cultura da pessoa do sudoeste.
Foi vivendo o momento presente. O momento presente me jogou na realidade que eu não tinha mais rótulos e definições. Ou eu não baseava mais em comparações: aquele cara é negro, aquele cara é branco, aquele cara é gringo, aquele cara é brasileiro. E foi essa pluralidade que na verdade é uma unidade só que tá no resultado do projeto.
Porque o Agoristas foi bem isso, a vivência do agora em estúdio. De amigos, músicos e pessoas que não se conheciam de forma espontânea, voluntária e participativa. Porque as pessoas foram lá e deixaram registado, e isso nos pequenos “agoras” que foram acontecendo. Em qualquer momento que a gente tentou roteirizar ou planejar ou marcar… dava errado. E não deu, não virou, só rolou mesmo o que aconteceu na hora.
Foi assim como a minha viagem, em cada momento, em cada lugar eu tava lá numa situação muito específica e única. Eu penso que ETERNA. Essa ideia de que todos somos só um mesmo, fora diferenças, comparações, dualismos. É tudo a mente humana né? A nossa cabeça que cria. Então viver o presente, viajando, me fez não ter esses tipos de pensamento que eu levei para a música, também. Sem me preocupar se estava fazendo um rock, um samba, um reggae, um dub, um baião, um repente. Era como a música foi saindo de dentro de nós.“
Sobre o conceito da banda e o formato diferenciado, Xidan comenta:
“Nós lançamos o álbum que foi o principal: a música. A gente não pensou em entrar no esquema que todas as bandas entram…naquele formato armado que a banda tem que estar em tais e tais lugares, em tais e tais plataformas, com tal e tal roupagem… e que tem que ter fotógrafo. E tenho que ter, e tem que ter. Então nada teve que ter no Agoristas. Absolutamente nada.
Então todas as contribuições foram voluntárias de pessoas que foram lá sem saber que ia participar, muitas vezes. Muitas pessoas estavam de passagem. Participaram viajantes que estavam lá na residência do estúdio, elas participaram. Então não foi planejado, eu jamais imaginei conhecer aquelas pessoas. E foi uma loucura isso, agrega isso: isso é Agoristas.
Foram 14 participantes ativos que cantaram ou tocaram ou se expressaram e a gente captou. Então todos agregaram da mesma forma e importância. Até o cara que tocou uma peça de bateria em uma música. Até aos músicos como os cantores que participaram em todas as faixas. Então não tem comparação se o cara é um “músico fodido” e que toca em vários projetos ou se a pessoa é uma menina que nunca cantou na vida, entendeu? Profissionalmente, ela foi lá, abriu, e se expressou. Foi aprendizado de vida. Foi realmente o que cara: as coisas acontecem quando deixa tudo fluir para que aconteça e quando você produz.
Esse é o grande aprendizado: faça, faça do seu jeito com a ferramenta que você tem com que você acredita. Essa é muito a verdade, a verdade não é uma coisa ideológica. Quando você vive ali e realmente sente na pele o que você tá fazendo ali. Aquilo é a verdade. O maior aprendizado é que juntou muita gente e fez muita gente de quebrar barreiras internas que eles tinham. Ou de cantar ou de tocar, ou de criar um arranjo fazer uma música que uma pessoa nunca ouviu. Ele chega no estúdio, escuta aí agora e grava o que você sente agora, now, feeling. E foi bem isso que tá no Agoristas. Então a seleção, não existe seleção. Ela é natural, é quem se faz presente.”
A entrevista tem quase uma hora de duração então vou destacar algum pontos mas saliento que é de extremo conhecimento ouvir na íntegra. Afinal, o aprendizado é constante e contínuo.
“Cada músico quando se expressa ele tá jogando o amor oculto, muito do oculto vem justamente disso. O amor é o sentimento que está escondido dentro de nós. O músico quando ele vai se expressar realmente que ele não tem muitas amarras, ah é um jazz, ah é um rock, ah a música é essa, a partitura tá aqui, você tem que tocar no tempo. Quando o músico se expressa sem essas marcações e regras ele tá jogando amor para fora. O amor que tá escondido nele e eu acredito que a música agoristas foi isso. Todo mundo jogou para fora o amor e a gente captou e assim respeitosamente juntou tudo e lançou.”
Sobre as influências Xidan conta:
“Uma delas é Jards Macalé, é uma influência, é um discaço, tem sentimento,tem expressão é visceral. Tem amor, é amor do início ao fim. Mas as outras influências são as influências de cada pessoa que participou. Então a gente teve músicos de jazz, teve músicos profissionais, teve músicos amadores, teve músicos de sofá. Teve pessoas que não eram, não se consideram, não tem o hábito de mexer com a música…
Tem pessoas que escutam mais rock, tem pessoas que são do samba, do reggae e ska que participaram. Foi influência de cada pessoa. As minhas influências pessoais são todas, tudo que eu ouvi na vida…desde as modas sertanejas até o rock’n’roll que escuto desde sempre…o barulho da natureza, dos animais, da cidade e seus barulhos. Eu acho que a música é de quem ouve. Não é de quem faz, ouvi um músico falar e concordo.”
Sobre o amor como tema central ele comenta:
“Os caras que tentaram fazer o bem e ser o mais sincero possível…e que são os mais lembrados como as pessoas do bem eles falavam de amor. Buda, Jesus, os grandes ídolos de música e poesias: sempre falaram de amor. A mensagem final vai ser sempre amor, vamos amar. Por mais que as sociedades e civilizações pareçam ser a repetição do mesmo erro, do mesmo labirinto louco…..mas sempre tem a saída, a porta para luz. Então nossa mensagem é universal, de todas as almas que passaram aqui, que falaram que é o amor a solução das coisas.
A globalização e a tecnologia por mais que a gente acha que ligou e conectou as pessoas. Desconectou com esse amor interno que é a coisa que os antigos falam, que é a coisa que os indígenas falam. Que eles realmente rezam e agradecem e pedem por isso: pelo amor, a gratidão… “obrigado por ter a água aqui, obrigado por ter conseguido a caça, obrigado pela natureza.. vamos louvar a natureza, o céu, a chuva que faz com que a gente consiga o alimento”….O amor deles tava muito conectado com a natureza e com o todo. E hoje a gente tá numa conexão eletrônica e mental, é o turbilhão da mente e do barulho e tá escurecendo o amor de fato…”
Discos Fundamentais para a existência do Agoristas:
“Todos as músicas que eu ouvi na vida. Eu citei Jards Macalé, Santana, eu ouvi muito Nirvana. O primeiro disco da minha vida foi O Usuário (Planet Hemp), eu já vi vários shows. Tive a graça de estar presente em vários shows grandes e pequenos. E as músicas que eu fiz. Eu tive várias bandas, eu já lancei com o Goldfish Memories que é cantado em inglês, é um rock que a galera encaixa no Stoner…tem gente que acha horrível e tem pessoas que escutam até hoje. Foi uma banda local de Goiânia. Tocamos em diversos festivais de rock.
Depois eu fiz uma música com a mesma galera que foi o Soothing. Eu tenho outra banda, outro projeto Sã que é rock autoral e a gente faz o Nirvana tributo. Então cara, todas as músicas que eu ouvi e fiz até hoje são fundamentais. Se eu não tivesse feito eu não estaria com o Agoristas agora.”
Sobre o cenário musical de Goiás:
“O cenário musical de Goiás é louquíssimo, é muito doido. É muito massa. Tem muitas opções. Pessoas entendendo que dá para fazer um negócio de qualidade justo. Muita gente entendendo que cultura e música: é uma missão passar isso para as pessoas. Quando você pensa apenas no meio financeiro e comercial, ah vou ter uma balada e vou girar grana, lógico que você tem seus custos e você tem suas contas. Mas cara, música não é isso e não pode ser só isso.
Então hoje tem vários lugares menores e alternativos em Goiânia que são pontos de cultura. São livrarias, são estúdios, são cine clubes, são hamburguerias, são balada, entendeu? Então muitas pessoas estão falando:
“Cara eu quero viver de música, eu quero acreditar na música, eu quero que a música realmente faça eu viver de boa, tranquilo e bem.” Tem as pessoas em Goiânia e Goiás que tem o viés mais empresarial de negócio e business mesmo que movimenta grana alta mas tem a galera que tá começando a falar: “Velho, se eu consegui pagar as contas e viver bem, conseguir pegar uma cachoeira e fazer as coisas que eu gosto. Não trabalhar de cara fechada e de cara de cu prum emprego que você não acredita que só tá rodando a máquina, fazendo poucos enriquecerem e que mantém as coisas como estão.”
2 Comments
Muito amor!
<3