Altas doses de nostalgia. Fúria. Atmosfera pesada. Fortes tensões. Vontade de jogar tudo para o alto – ou melhor dizendo – de atirar aquela TV velha que já não está funcionando direito pela janela. Auto-destruição, desprendimento de sentimentos não muito bons e apocalipse de uma mente em processo de desintegração. Talvez esses sejam alguns dos oceanos de sentimentos que o disco HIGH (2016) nos desperta.
E nesse ritmo de fúria, caos e desconstrução que vamos falar sobre o Inner Kings. O grupo foi formado em 2013 após desilusões de seus integrantes com a cena local, em que o som não autoral predominava.
Sabemos que essa é uma luta do dia-a-dia onde casas por exemplo preferem “socar” cinco bandas covers terríveis no lugar de colocar para tocar um projeto autoral que tem algo a acrescentar para a cena local. Isto acontece em todos os cantos do país.
Sendo assim Jaime Medeiros (Voz / Guitarra) e Diogo Cunha (Bateria) colocaram o tico e o teco para funcionar e decidiram encarar essa responsa que é ter um sonho de ter uma banda de rock’n’roll sincera e de qualidade. Afinal de contas não adianta começar já errando não é mesmo? Não demorou muito para Thiago Couceiro (Guitarra) e João Eduardo (Baixo) entrarem na mesma barca.
Após uma breve pausa, o quarteto de Recife voltou com os dois pés na porta e com muita força de vontade ao cenário pernambucano. Tendo se apresentado em festivais e realizado inúmeros shows na região. E após isso chegou a hora de finalmente gravar o primeiro registro. O que não foi nada fácil. Diria que tem até um lance meio Diorama do Silverchair em camadas de sofrimento e verdade intrínseca que se espalha pelo ar.
Tem muito amor envolvido em tudo isso, muito choro, muito esforço e ficou difícil separar a arte da realidade. Aliás, tudo que é de verdade não consegue distinguir, afinal de contas o processo criativo depende da dor e ela tem o pode te transformar.
E foi um processo delicado, envolvendo coisas mais sérias que merecem todo o nosso respeito. Afinal estamos falando sobre seres humanos, e nós sofremos por coisas reais. Por patadas que a vida nos dá e nos tira.
Durante o período das gravações o pai de Jaime já vinha lutando contra um câncer. Algo super delicado mas o mais legal de tudo é que ele sempre apoiou e até o ponto que pode acompanhar estava orgulhoso do trabalho do filho. E nada tira isso dele.
Sério, como ser humano para ser humano digo: “que foda cara, ele devia ser um cara sensacional”. Ele não está mais entre nós mas Jaime, ele com certeza estaria realizado vendo o trabalho ganhando as ruas desse país.
Nesse inferno mental e no meio de tanta coisa eles se desdobraram para conseguir seguir materalizar o sonho deles. Superação, talvez seja essa a parada que mais combina com a essência do que foi gravar HIGH. Como disse, no meio dessa confusão generalizada eles decidiram para não perder mais tempo e fios de cabelos: apelar para o D.I.Y.
A imersão que gravar em casa os proporcionou, talvez poucos estúdios no mundo conseguiriam transmitir e dialogar com o espírito da banda. Muito provavelmente a conexão foi de outro cosmos e aquele ambiente um pouco menos tenso do que mesa de som e 1,2,3…gravando, nos impõe. Fora a descontração e o ambiente sem relógio rodando e afobação – que sabemos que é o que acontece.
E como depois da tempestade vem a bonança: o resultado final fez mais do que simplesmente colocar um sorriso no rosto de cada um dos integrantes. Deu uma nova rota para eles desbravarem esse oceano de possibilidades e vivências que só uma banda pode proporcionar. Entre loucuras, prezepadas, novas amizades, confusões, bebedeiras e muita estrada para percorrer.
O recado que eles querem passar com o disco nas entrelinhas sem o teor de bad é o de tentar fazer algo sincero, com amigos e viva cara. Afinal de contas a vida é curta e está aí para ser vivida em plenitude até a última faísca. Tudo se transforma, nem tudo é igual ou interessante como era ontem. Evoluímos, crescemos, calejamos, nos transformamos para assim cumprir nossa missão. Independente da religião ou crença que tiver, corra atrás do sentido que mais faça sentido para sua vida. Se liberte, reaja, viva.
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Enfim chegamos ao disco, porém munidos de tanta coisa importante para valorizarmos ainda mais o “corre” de quatro garotos de Recife. Como é rock’n’roll o som, vou tomar a liberdade de chamar a cidade carinhosamente de Hellcife.
O disco já começa com “Die Dear Die” um petardo com mensagem bastante direta. Ela é ríspida, pé na porta e voadora na nuca desde o primeiro round. José Aldo com certeza se orgulharia do petardo, pensando bem Dhalsim do Street Fighter também. Talvez seja até mais apropriado, afinal de contas estamos falando sobre um som totalmente influenciado pelos anos 90.
Aquela atmosfera de Seattle que se encontra com o áspero de grupos como Superchunk. Um fã de Nirvana com certeza se identifica nos primeiros acordes pela energia vibrante que os berros e a guitarra pesada conduzem a canção. Mas se engana que a influência do lado metal do grunge como Alice In Chains é descartado na gama de camadas do som.
“Nueva” vem em seguida acelerada e não deixa ninguém respirar direito entre o início do disco e a segunda faixa. Temos o caos, a fúria e lampejos de grupos como Babes In Toyland, Local H, Mudhoney, Nirvana e Melvins. Com destaque para o Local H que creio que é o que mais se aproxima da atmosfera. Boa banda, para quem não conhecer: só vá atrás.
Gosto muito das transições, distorções e backin vocals alá Queens Of The Stone Age. Tem o grito preso na garganta em cada suspiro da canção. É uma canção de resistência, fúria e caos. A destruição para reconstruir. Serve como cartão de visitas do que está por vir ao longo do álbum.
Para pegar todos de surpresa em seguida vem a bluseira/hard rocker, “Talks”. Consegue me puxar para grupos como Danko Jones, Melvins e a energia de grupos como Dinosaur Jr. Destaque fica para as viradas de bateria que seguram o tranco da pancadaria e dos riffs carregados. Como uma canção dos anos 90 ela cresce e ganha potência do meio para o fim. E é nesse momento em que como o filme, Réquiem For A Dream, o mundo desintegra.
Quem não se esconde direito no pega para capar é “Hide And Seek”. A veia bluseira ganha ainda mais terreno nessa odisseia pelas ondas rockeiras dos anos 90. Temos muito pedal e distorção, um pouco de Rolling Stones indo de encontro com o pub rock nova iorquino. O finalzinho principalmente me lembrou “Blank Generation” do Richard Hell And The Voidoids. Ou seja, pura finesse.
Um respiro porque antes de pegar mais fôlego vem “Breakdown”, um chute na costela e três tapas na cola do ouvido. Aquela energia do Smashing Pumpkins se colide com o poder de “tocar o louco” do Mudhoney e sua sujeira densa e desconcertante.
Já ouviram aquele disquinho In Utero? Aquela explosão de emoções, distorções e fúria. O destaque claro fica para o malabarismo que o baixo faz para segurar esse caos descontrolado da bateria descendo a mão e as guitarradas fritando em progressão.
Aí que entra mais outra faixa para dar outra veia, uma levada mais Jane’s Addiction e baixo alá Kyuss vem para confundir um disco que é pesado mas que tem sua diversidade e pecularidades também em sua composição. Galera do rock pesado e trabalhado vai olhar com bons olhos esta música que é de certa forma ímpar perante outras faixas.
Os pedais de delay são bem utilizados e em certa hora no solo a canção ganha uma atmosfera que passeia pelo desert rock e pela psicodelia. Mas uma coisa que une a canção é a dor que você sente a cada repetição do refrão. É como se eles estivessem tentando juntar os cacos depois do apocalipse ser consumado.
Já se encaminhando para o final do álbum temos “Runaway”. Uma música com um teor de fim de relacionamento e remorso. Acelerada e cheia de fúria nos olhos. Uma D.R. a céu aberto. Uma certa mágoa de algo nunca dito. É, se calar tem um preço e teve que sair através de uma composição pesada e cheio de dedilhados no melhor estilo punk rock.
Para fechar o disco temos mais uma que coloca o dedo na ferida, feito uma tatuagem de presidiário. Chega bem para dar a conta do recado e passar o sermão. Uma atmosfera mais magalomaníaca em seu ritmo desenfreado. A canção parece concluir o questionamento expresso em “Hide And Seek”. De certa forma sua construção é circense e isso a torna de certa forma dançante.
Na metade ela se torna uma balada de violão mesclado com solo de guitarra bem calculado para sair do poço e criar a atmosfera perfeita. Talvez essa seja o Hit Perdido do disco, consigo imaginar uma animação de um castelo em chamas tendo suas pedras caindo uma a uma no meio de uma explosão.
Afinal de contas a banda chama Inner Kings. Ou seja seu império tem seus dias contados e o castelo na realidade é metafóricamente sua cabeça que se prepara para a guilhotina. Feito um castelo de cartas, o disco passa feito uma navalha que não perdoa nem reis, nem rainhas, nem magos….muito menos a consciência de quem ouve desavisado dos perigos da vida real. Aqueles de todo dia, nessa batalha da selva de pedra que é viver em sociedade.
Para compreender melhor sobre todo o processo e universo que permeia High conversamos com o pessoal da Inner Kings que pontuou algumas dúvidas e conversou sobre sua trajetória e mais recente turnê de divulgação pelo nordeste.
[Hits Perdidos] Como surgiu a Inner Kings e qual a origem do nome?
Jaime: “A Inner Kings surgiu de uma série de “decepções” musicais minhas e do Diogo. Antes da Inner já havíamos tocados com outras bandas, a gente levava super a sério, mas os outros não. E isso foi enchendo nosso saco, até que decidimos que faríamos uma banda só nós dois.
Peguei umas músicas que eu tinha feito em inglês, Diogo tinha uns equipamentos de gravação e acho que em um fim de semana gravamos as primeiras versões que dariam origem a “Runaway” e “Die Dear Die”. Eventualmente a vida acabou fazendo a gente encontrar o Thiago, que acabou nos apresentando o João, e aqui estamos nós hoje.
Quanto ao nome, bom, não acredito que tenha nenhum significado em especial, é que dentre as opções que tínhamos pensado, esse era o menos ruim, e acabou ficando (risos).”
[Hits Perdidos] Ouvindo o disco recém lançado, High, fui teletransportado para os anos 90 com o peso das guitarras e a fúria de bandas lançadas pela Sub Pop e SST. Que popularmente foi rotulado como Grunge pela grande mídia. Porém eu consigo sentir outras influências que complementam como o som do Faith No More e até do rock’n’roll mais cru. Como explicariam o som de vocês para alguém que nunca ouviu falar?
Jaime: “Geralmente a gente nunca consegue descrever a banda, sempre acabam perguntando, “ah, mas vocês tocam o quê?” e a gente sempre acaba dizendo alguma coisa diferente.
Nossas mães por exemplo quando vão falar por aí da banda, dizem que é uma banda de gritaria (risos). A gente sempre brinca dizendo que o som que a gente faz não tem muita explicação, a gente vai lá, liga as coisas, coloca os “dedinhos” nas guitarras, baixo, etc e “só vai”, no fluxo. E acaba saindo isso aí que tá no disco.
Ou seja, pode ficar a vontade pra explicar o som da gente como você acha que é. Pra cada pessoa acaba sendo diferente a percepção, pelo que temos notado, e a gente acha isso massa.”
[Hits Perdidos] Quais as influências diretas e indiretas?
Jaime: “Entre a gente as influências são bem diferentes, mas ainda sim acabam se encontrando em algum momento. É como se tipo, cada um ouvisse um tipo de som diferente, que na teoria, não faria sentido juntar.
Mas aí quando chegamos num estúdio pra ensaiar, ou fazer uma música nova, de repente aquele jeitinho de cada um acaba completando e isso que faz o nosso som ser assim. Tem um pedacinho de cada um ali nas músicas.”
[Hits Perdidos] A capa do disco foi feita pelo guitarrista Thiago Couceiro. Conte mais sobre o conceito dela e o processo de sua criação.
Thiago: “Na real eu acabei chegando nessa capa através de uma série de experimentos manuais. Acabou que encontrei um que me agradou mais, imprimi a palavra HIGH e fui escanear enquanto mexia o papel no scanner, o que acabou dando nesse efeito aí.”
[Hits Perdidos] Qual a mensagem central de HIGH?
Jaime: “HIGH acabou sendo nosso primeiro disco, ou seja, nele estão quase todas as músicas que a gente já fez desde que a banda foi formada, lá em 2013. Digo quase todas porque temos 3 músicas que acabaram não entrando no disco por conta do prazo que a gente determinado para nós mesmos lançar o disco. Mas quem sabe elas não aparecem num EP de B-sides em breve.
A mensagem central dele acredito que pra gente, vem desde como a gente gravou tudo, sozinhos mesmo, só pelo amor a música. Enquanto a gente tava gravando o disco, paralelamente eu estava com meu pai lutando contra um câncer, e acho que de
certa forma, a luta dele também acabou entrando no disco.
Infelizmente ele acabou falecendo um mês antes do lançamento, mas
acredito que ficou satisfeito demais com o resultado, assim como a gente ficou. O HIGH é isso aí, é o nosso desabafo pra o mundo, nosso grito de “estamos aqui, e esse é só o começo”.”
[Hits Perdidos] “Die Dear Die” se inicia um pouco hibilly na linha de filmes bang bang e vai de encontro ao som visceral do Nirvana. A temática de filmes influencia nas canções? E para quem é o recado?
Jaime: “Acredito que o cinema, assim como a vida em si ao nosso redor, histórias de amigos, conhecidos, livros, etc. Acabam meio que entrando e influenciando nas canções.
E isso é o massa da música, porque tu imagina aquela música numa determinada situação, conta tua história etc, mas daí vem outra pessoa e escuta e faz a própria interpretação dela, essa capacidade música significar algo diferente pra cada pessoa é bem foda. E quanto ao recado da música, bom, ele foi dado na letra né, mas não vamos citar nomes aqui, acho melhor não (risos).”
[Hits Perdidos] “Nueva” carrega a ira de grupos como Babes In Toyland, Local H, Mudhoney, Nirvana e Melvins. O disco em sí começa bastante pesado, quiseram logo chegar com o pé na porta para mostrar o que vieram?
Jaime: “Exatamente, como eu tinha dito, o disco acabou sendo nosso “desabafo” pra o mundo. E o que pode ser melhor do que já chegar com o pé na porta e colocando pra fora tudo que tava guardado aqui dentro? (risos).”
[Hits Perdidos] “Hide And Seek” me chamou a atenção por ter uma veia mais bluseira/rock’n’roll/southern soul sem perder o peso do punk rock. Na bateria podemos até ver os compassos e o tempo marcado, na contramão vem uma guitarra cheia de efeitos como se o mundo estivesse derretendo. Como chegaram ao resultado final e o que os inspirou?
Jaime: “No fim acabou sendo bem essa a ideia, a música começa como uma coisa mais bluseira mesmo e vai se desenvolvendo de um jeito que realmente a sensação é de que tudo ao redor tá derretendo. Essa ideia surgiu depois de um show nosso, porque geralmente os shows da gente são bem quentes, e meio que acabamos colocando essa sensação pra dentro da música também (risos).”
[Hits Perdidos] “Dirty Little Liar” tem uma atmosfera ímpar no disco, utiliza do peso, assim como do circense, tem um riff que mostra uma falsa calmaria e termina usando o recurso de voz e violão alá Silverchair. Conte mais sobre a faixa, mensagem e processo criativo.
Jaime: “Dirty Little Liar” acabou sendo a música que mais surpreendeu a gente nas gravações. Foi uma música que eu tinha feito há muito tempo atrás, antes do Thiago e João entrarem na banda. Tínhamos gravado ela, mas por incrível que pareça deixamos pra lá porque não havíamos gostado tanto. Meio que tinha ficado “perdida” entre umas outras composições que a gente tinha na época.
Pouco antes de começarmos a gravar o disco eu estava mexendo no meu dropbox e acabei encontrando a música, mostrei pra os meninos e todo mundo simplesmente pirou. Esse finalzinho com a voz e violão acabou até me pegando de surpresa também, porque como a gente tava gravando tudo em casa, acontecia da gente deixar as coisas gravando o
tempo inteiro, pra não perder nada.
E aquele finalzinho foi um desses momentos, que eu nem sabia que tinha gravado até a hora que eu ouvi a música depois de gravarmos todos os instrumentos. O Diogo acabou encontrando isso e encaixou no final, quando ouvi fiquei tipo “Caralho, ficou muito foda”, e acabou ficando pra versão final.”
[Hits Perdidos] Nos últimos dias vocês terminaram uma mini turnê por algumas cidades do nordeste para divulgar o novo trabalho. Sabemos que essas turnês sempre são recheadas de percalços e grandes histórias. Teve alguma história ou aventura que marcou a tour? E como foi a receptividade com o novo trabalho?
Jaime: “Quando se está numa banda junto com os seus melhores amigos e tu viaja com eles, histórias são o que mais tem pra contar. Uma engraçada aconteceu em João Pessoa, quando estávamos voltando do local que a gente tinha tocado, daí acho que a gente tinha se perdido dentro da cidade, e já tínhamos andado muito dentro da cidade e não tínhamos visto ninguém pelas ruas.
Daí começou uma história de falar que a cidade era abandonada, tipo uma cidade zumbi, até que quando de repente aparece um ser humano pedindo carona no meio da BR às, sei lá, 3h30 da manhã. Foi bem bizarro, porque na hora tomamos um susto pensando que iamos ser assaltados, ligamos alerta do carro, buzinamos, o cara não saia da frente, mas no fim deu tudo certo (risos).
Quanto a receptividade foi massa, tipo, foi a primeira vez que saímos da nossa cidade/estado pra fazer shows, levando em consideração que muita gente não sabia nem que a gente existia, e foram lá sacar o nosso som, e sempre ao fim dos shows vinha muita gente trocar uma ideia com a gente, falar que tinha achado o som muito foda etc.
Rolou até de um forrozeiro lá em Maceió chegar pra gente e dizer que só entrou no Pub porque tava passando e achou muito foda o som que tava vindo, porque nem gostava de rock e tinha chamado a atenção dele. Isso pra gente foi do caralho!!”
[Hits Perdidos] Como vem o cenário de rock de Recife? Com festivais como o Abril Pró Rock fortalecendo a cena regional a um bom tempo, os shows de rua e muitas bandas criativas lançando bons discos como a Diablo Angel e o Dirty Fingernails por exemplo.
Jaime: “O rock em Recife têm crescido, pelo menos um pouco. O grande problema em geral é a falta de vontade dos músicos de se arriscar no autoral, sabe? Tudo bem que muitos lugares aqui só procuram bandas cover, etc.
Mas acredito que se houvesse uma quantidade maior de bandas autorais que levassem adiante a cena seria bem mais forte. É o que sempre dizemos por aí, experimentem, saiam do cover. Mas ainda há tempo de mudar, uma prova disso foi um festival que organizamos esse ano, junto com outras bandas autorais de amigos nossos. No geral, posso dizer que a cena daqui é boa, mas dá pra ser bem mais forte.”
[Hits Perdidos] Quais discos essenciais para cada integrante?
Thiago: Floral Green (2012) – Title Fight
João: Songs For The Deaf (2002) – QOTSA
Diogo: Subsume (2013) – Cloudkicker
Jaime: In Rainbows (2007) – Radiohead
[Hits Perdidos] Quais bandas da região recomendariam para os leitores do Hits Perdidos?
Inner Kings: “Talude (RN), Amandinho (PE), Capona (AL) e Koogu (RN).”
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This post was published on 1 de julho de 2016 1:54 am
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