Para quem acompanha a cena de Indie Pop / Sinthpop / Alternativo / Dream Pop provavelmente deva conhecer: Bat For Lashes.
Bat For Lashes é o nome artístico da cantora e compositora inglesa Natasha Khan. Filha de uma inglesa com um paquistanês seu som sempre remeteu a artistas como Björk, PJ Harvey, Tori Amos, Kate Bush, Cat Power, Annie Lennox, Siouxsie Sioux e Fiona Apple.
A artista é formada em música e artes visuais e trata de usar muito bem isso na hora de compor um novo álbum:
“Quando estou compondo, é um lugar muito visual em minha mente”, disse ela. “Tem uma localização cheia de personagens e cores e paisagens, assim essas duas coisas realmente se complementam e ajudam o outro a florescer e apoiar o outro. São como irmãos”.
Após os álbuns Fur And Gold (2006), Two Sides (2009) e The Haunted Man (2012) ela espera lançar no ano que vem o seu próximo álbum, este que vai conectar seus estudos e carreira musical através de um longa-metragem. Mas isso são coisas para se esperar em 2016.
Enquanto o próximo álbum não sai do papel, Natasha tratou de lançar um novo projeto musical ao lado da banda toy. Este que ganhou um nome todo peculiar, trevoso e provocativo: Sexwitch. O álbum, produzido por Dan Carey, foi lançado hoje (25/09) via Echo e BMG.
O que passaria batido se não tivesse um conceito genial por trás. Nesse projeto Natasha decidiu lançar um disquinho com seis covers. Mas ah, lá vem você com covers. Não é qualquer cover, e você provavelmente não vai ouvir cover disso em qualquer cidade do Brasil que você viva, posso garantir.
Esse trabalho é composto por versões de músicas folk e psicodélicas da década de 70. Ok, não to vendo nada de demais ainda. Se acalme.
E digo mais, tem cover de música iraniana, de música tailandesa, de música marroquina e também de folk americano roots.
Tá ok, mas o que deixa o conceito ainda mais legal?
Ela levar a world music ao público indie só que: ao seu viés. E outra ela está totalmente liberando suas raízes familiares, um álbum com certeza de auto-conhecimento.
E o viés dela seria facilmente reverenciado pelo Black Sabbath e pela galera que se amarra no post-punk trevoso dos anos 80. Carrega aquele ar sombrio, trevoso, que muitas vezes beira o ocultismo.
Sabe aquele Q de Savages que o mundo em 2013 deu aquela reverenciada ao ouvir? Então.
Tudo muito DARK como já dizia o Sound&Vision. E com certeza em breve estará pulsando nos headphones das tais góticas suaves.
Aquela mistura hippie, folk, tribal com um ar dar alá Siouxie em rítmo de terreiro de macumba. Percebam que nessa música ela encaixou ainda uma vibe sinthpop marroquina. Hipnotizadora.
Além claro dessa capa sensacional totalmente despretenciosa em que não te diz muita coisa. O lance é antes de ouvir se despir de todos os possíveis preconceitos e entrar no universo da Sexwitch. Creio eu que qualquer um dos singles poderia entrar facilmente na trilha do seriado Sense8. Fica a dica para a segunda temporada, Netflix.
A cada versão podemos ver um lado de Natasha, a reconstrução de cada faixa parece ter sido um trabalho bastante delicado e conceitual. Me sinto levado pelo sombrio rock psicodélico setentista na faixa “Ghoroobaa Ghashangan” – que por ato falho leio como Gororoba, me perdoem.
This post was published on 25 de setembro de 2015 5:30 pm
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