O dia em que o “Cultura Inglesa Festival” trouxe até a chuva britânica para São Paulo

 O dia em que o “Cultura Inglesa Festival” trouxe até a chuva britânica para São Paulo

Cultura Inglesa

Já entrou para o calendário oficial de eventos obrigatórios paulistano, o Cultura Inglesa Festival. Sempre de graça e com o conceito de celebrar a cultura britânica e as relações entre os países.

O festival já recebeu em anos anteriores artistas como: Gang Of Four, Blood Red Shoes, Miles Kane, The Horrors, Kate Nash, The Magical Numbers entre outros.

Porém o festival não se restringe apenas ao campo musical. Durante duas semanas acontecem: exibições de filmes, feiras gastronômicas, espetáculos teatrais e a exposição de trabalhos de artes visuais.

A hashtag oficial do evento deste ano foi #18CIF. Para conferir fotos e vídeos dos eventos basta procurar pela hashtag no twitter, tumblr, facebook, youtube e instagram.

O evento de abertura ocorreu na embaixada do Reino Unido no dia 9/05. Lá rolou um coquetel, a exibição de três filmes, um DJ set comandado pela Gaía Passarelli e o show da artista Monique Maion, esta que interpreta canções da cantora Amy Winehouse.

Para encerrar o evento com chave de ouro, estava marcado para o dia 25/05, os shows de encerramento do festival com a presença das bandas Los Campesinos! e o lendário grupo Jesus And Mary Chain.

Antes das principais atrações aconteceram shows de menor porte. Com a programação iniciando-se as duas da tarde, bandas de alunos da escola de inglês puderam apresentar seus trabalhos. Logo depois subia ao palco a cantora Monique Maion para mais uma apresentação dentro do festival britânico.

Ao chegar ao local fui alertado de que não aconteceria a venda de bebidas alcoólicas, fato que me deixou um pouco contrariado.  Mesmo tendo barraquinhas com diversas ”comidinhas” inglesas e bem apresentadas: faltou a cerveja. Esta que mais tarde a banda Los Campesinos! cansou de ostentar para cima do público.

Por volta das 6 da tarde, Gaía Passarelli, anuncia a banda do país de Galles Los Campesinos!. O grupo que já tem 5 discos em seu repertório, marcou o ano de 2008 (ao menos para mim, claro).      Cansei de cantar nas festinhas alternativas da augusta o hit do álbum ”Hold On Now, Youngster…”, “You! Me! Dancing!”.

Com muita energia, teclados frenéticos (da bela Kim) e dancinhas desconcertantes do vocalista Gareth, a banda fez um show que fez com que até os já mais velhos e inflexíveis fãs de Jesus & Mary Chain, caíssem na pista de dança indie.

Visualmente felizes e “enchendo a cara” de cerveja eles pareciam estar ligados na tomada 220v. O vocalista a cada canção ingeria dois copos de cerveja que prontamente eram re-abastecidos pela equipe de produção.

Gareth é uma atração a parte. Seja fazendo trejeitos para o guitarrista ou pegando uma baqueta e batendo nos pratos da bateria.

Uma hora ele chama o público para conversar e diz algo mais ou menos assim: “…Amei a o conceito do festival, tudo isso de celebrar a cultura inglesa e tal. Mas vou mandar a real: inglês é tudo bocó e mal-educado…”

Uma hora Gareth desce do palco e no meio da “galera” canta outro hit do conjunto “Sweat Dreams, Sweet Cheeks” em versão extendida com uma mini-jam. Esta que encerra o show, a banda agradece e diz estar ansiosa para o próximo show que viria.

E não é para menos, era a vez do tão esperado Jesus And Mary Chain, famoso conjunto de Glasgow. Após 6 anos, a banda veio para o Brasil em um clima nada amistoso: no hotel, ficou cada um em um quarto separado em diferentes andares #climão.

O show que começou durante uma breve pausa na chuva que castigava o Memorial da América Latina, voltou com tudo para o momento ”Happy When It Rains”, como diz a canção do grupo.

Famoso por poucas palavras e um comportamento um pouco ríspido, Jim Reid, estava cheio de amor para dar. Além de palavras agradáveis direcionadas ao público presente em determinado momento ele até mandou uma ”bitoca”, na qual foi possível ouvir através do aúdio de seu microfone.

Conturbado o show teve vários problemas. Desde microfonias e som estourando nas caixas, a banda por muitos momentos parecia não se encontrar no palco. Em três canções Jim além de pedir aos companheiros para voltar,  pede desculpas aos presentes.

Mas baladas clássicas e canções de amor do grupo não ficaram de fora. Com um show que tem setlist digno de best of, era fácil reconhecer as músicas em seus primeiros acordes.

Baladas como: “Just Like Honey”, “April Skies”, “Cracking Up”, “Head On”, “Happy When It Rains” (esta que encaixou perfeitamente com a “Darklands” que estava o evento) e “Some Candy Talking” não deixaram de faltar no curto show de 40 minutos rotineiro do conjunto.

Apesar dos pesares o clima de nostalgia era uma realidade, tudo foi compensado pelo brinde (mesmo sem álcool) que é a oportunidade de vê-los ao menos uma vez na vida.

A banda completou 30 anos do disco “Psychocandy” recentemente e alguns felizardos em Nova Iorque terão a oportunidade de ver um show apenas com as músicas do disco, uma exposição e um documentário sobre a gravadora Creation RecordsUpside Down” (2010) já citado na lista de 30 documentários que (provavelmente) você nunca viu com a presença de ninguém menos que Alan McGee (ele que também acompanha os shows da banda durante a tour pelas américas). Mais informações aqui.

Setlist Jesus And Mary Chain.

Setlist Los Campesinos!

Confira trechos de vídeos e fotos do que rolou nos shows de encerramento do décimo oitavo Cultura Inglesa Festival:

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