The Tape Disaster intercala entre calmaria e fúria em "Oh! Myelin"

 The Tape Disaster intercala entre calmaria e fúria em "Oh! Myelin"
Faraquet, Don Caballero, Shellac, Polvo, Battles, 65daysofstatic, American Football, Chon, Russian Circles, Joan Of Arc, Old Gray, Q And Not U, Intronaut, O’Brother, Smart Went Crazy, Sümer, The Physics House Band, Colour, Enemies, The Mars Volta, Tool, tricot, Drive Like Jehu, Invalids, 100 Onces, Medications, Caspian, Suffer Like G Did, Hella, Brontide, PNEU, Toe, Delta Sleep, FOALS, Tundra, Oh No, It’s Birds, And So I Watch You From Afar, Minus The Bear, Diagonal, Maps & Atlases, Pele, Tangled Hair, Sharks & Stripes, That Fuckin Tank, Their / They’re / There, TTNG, Explosions In The Sky, Zack Hill, Little Tybee, Foster Parents, Tera Melos, Hurtmold, By The Ende Of Nights, Leões de Marte, Bygones, Adebisi Shank, The Redneck Manifesto, Pollux & Castor, Uzeda, The Slaughterhouse 5, Objeto Amarelo, Totorro, Retórica, The Sinking Citizenship, Floral, LITE, Nuito, You Slut!, These Arms Are Snakes, Because Of Ghosts, Slint, Sleeping People, This Town Needs Guns, Melies, We are Piano, Giraffes? Giraffes!, Hollowood, são exemplos de bandas de Math Rock.
Shellac
O Trio Shellac formado por Steve Albini, Bob Weston e Todd Trainer mistura post-hardcore, math rock e noise rock em sua panela desde 1992.
Mas o que seria math rock?

O math rock surgiu no fim dos anos 80 sendo uma fusão do punk rock com o rock progressivo. Sim, juntando o lado simples e visceral ao rock cabeçudo. A composição musical neste gênero é bastante complexa incorporando métricas incomuns em seu ritmo, tido como matemático, daí o nome, math rock.
O instrumental é tocado em bases atonais ou politonais. Nem sempre sincronizado a variante entre explosão e calmaria é uma marca do estilo que pode ser hora berrado, hora calmo. Isso depende mais de banda para banda. Geralmente as bandas misturam influências distintas, algumas agregam o emo, já outras vão buscar referências no metal e no rock progressivo.
Para quem quer se aventurar pelo gênero o Sam Grein fez uma ótima playlist no Spotify inclusive.


Hoje vamos falar sobre uma banda que tem apresentado ótimos trabalhos e que teve seu primeiro álbum cheio lançado no fim de março. Uma banda que após ter lançado seus primeiros dois EP’s (Realidade Aumentada (2011) e A Voz do Fogo (2012)) pela Sinewave Label foi curiosamente convidada para integrar um selo sul coreano, a Onion Records.
Convite esse que surpreendeu o grupo gaúcho, The Tape Disaster. Que com isso teve lançado Compilation (2012) disco que continha os dois EP’s anteriores. Desta forma o quarteto formado por Thivá Fróes (guitarras), Andres S.A (baixo), Bruno Severo (guitarras) e Rubens Formiga (bateria) conquistou voos mais altos sendo elogiado pela crítica especializada estrangeira. Da mesma forma inesperada a banda acabou sendo convidada para expor seu trabalho em trilhas e vídeos publicitários.

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The Tape Disaster mistura em seu som math rock e post-rock. – Foto: Divulgação

O som da banda funde math rock ao post rock e tem como influências diretas o som das bandas LITE, Toe e . No dia 24/03 foi lançado o primeiro álbum oficial do The Tape Disaster, Oh! Myelin, exatamente uma semana depois no dia 31/03 eu tive a oportunidade de não só vê-los pela primeira vez, como de presenciar o primeiro concerto deles em 1 ano.
O evento aconteceu no Festival Sinewave no Z Carniceria (que agora atende pelo nome Z Palco) e recebeu além dos gaúchos o peso do Huey e os delírios do Macaco Bong em uma noite de rock 100% instrumental.
Intensidade. Creio que seja essa a palavra que defina o espírito da noite. A casa estava cheia, o merch estava vendendo a milhão, as pessoas chegavam na banquinha onde Lippaus estava vendendo os materiais das bandas da Sinewave e perguntavam por informações sobre bandas como Mais Valia, Kalouv, Poltergat, TESTEMOLDE, Ruído/mm entre outras do selo paulistano. A satisfação pela curiosidade dos presentes estava estampada no seu olhar.
Pouco tempo depois era hora dos gaúchos do The Tape Disaster subirem ao palco do Z e a expectativa era grande. Estava inclusive comentando com o Raul Zanardo (Dum Brothers) e com o Victor Meira (Bratislava/Godasadog) sobre a curiosidade que ouvir este primeiro disco me despertou de vê-los ao vivo.
Não bastaram duas músicas para ouvir elogios sobre a qualidade do material apresentado por parte dos presentes. Um som meticuloso, matemático, denso, explosivo e cativante. Ao vivo a potência dos acordes fica ainda mais evidente, o que ajuda demais na experiência. Algo a ressaltar é a casa possuir duas caixas de retorno para os músicos o que em um som que envolve tanta precisão e ouvido com certeza ajuda não só quem está em cima do palco como quem assiste.
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The Tape Disaster ao vivo no Festival Sinewave no Z. – Foto: Rafael Chioccarello

O público observava o show hipnotizado alguns presentes até se arriscavam a se aventurar no air guitar. Um show bastante intenso e cheio dos tempos quebrados onde as guitarras podiam duelar à vontade. O baterista, Rubens Formiga, inclusive parecia estar em um universo paralelo e fechava os olhos constantemente entrando totalmente na sinergia sonora.
Instigante, o show deixou o público com gostinho de quero mais. Os comentários pós show por parte de muitos foram na linha de enquadrar a apresentação “como uma ótima surpresa” para animar a noite daquela sexta-feira (31).
Logo depois subia ao palco o Huey que não perdoou e fez um show de se aplaudir de pé, com intensidade e dando uma aula de como fazer metal instrumental da melhor qualidade. Tendo não só o stoner rock na mão como outras cartadas e muito peso. Algo interessante a se ressaltar foi exatamente isso, entrava e saia banda do palco e mesmo tendo estilos diferentes a qualidade e a intensidade se faziam valer.
O último show da noite ficou por conta do Macaco Bong que mais uma vez não deixou barato e quebrou tudo. Misturando o repertório de seu último álbum a algumas versões de Nirvana, Kayapy, Fumega e Hortides tem um legado enorme que felizmente tem conseguido passar para a próxima geração como dito no show realizado no Estúdio Aurora na estreia da DERCY que em breve falaremos no Hits.
Oh! Myelin (2017)
Ter tido a oportunidade de ver o show ao vivo antes da versão final da resenha foi algo importante. Pois nada como poder assistir a um show e ter essa paralelo maravilhoso entre estúdio e palco. Até costumo brincar por aqui: local onde separamos meninos de homens. Com 11 anos tocando junto fica difícil achar que não fariam isto com excelência porém nada como poder ver para crer.
O álbum foi resultado de muito suor derramado, eles mesmos em entrevista para o Hits Perdidos confessam que demorou mais do que esperavam para sair do forno. Mas como sempre também costumo dizer: essas coisas muitas vezes vem para o bem.
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The Tape Disaster lança disco após longo tempo de espera. – Foto: Bruno Peres

Ele foi produzido por Sebastian Carsin, um amigo de longa data e a própria banda. Sebastian também foi responsável pela mixagem e masterização. O disco foi gravado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, uma longa gestação que se traduziu em pouco mais de 25 minutos de fritação, intensidade e perfeccionismo sonoro.
O punk rock é o que dá todo o peso e distorção que aliado ao post rock faz com que o choque entre calmaria e explosão seja tão evidente. Um ganho enorme para o som que eles fazem. O disco foi gravado no estúdio Hurricane em Porto Alegre (RS).
O Nome e o Conceito
Quando questionado sobre o nome do álbum e seu conceito o guitarrista Thivá Fróes não titubeou:
Myelin (ou mielina em português) é uma substância presente no cérebro humano e que possui um papel fundamental no período da adolescência, aonde ela ajuda na adaptação rápida e formação do cérebro.
Gosto muito da ideia de que nosso período de maior turbulência dentro de nossa formação como indivíduos vem de uma construção biológica para tal, onde o errático é fundamental. Aonde redescobrimos e recriamos fronteiras pessoais internas e externas. É uma ótima analogia a experiência humana no geral. Esse disco é uma ode a essa ideia.”
Sendo assim agora vocês estão devidamente preparados para esta experiência humana.



Antes do faixa a faixa alerto que a interpretação sobre as faixas neste gênero musical é algo que varia emocionalmente de ouvinte para ouvinte sendo a sua audição ou a do Hits Perdidos algo totalmente único e talvez essa seja a graça da arte de produzir e ouvir um novo disco de math rock.
“Le Satire” foi uma canção que até apresentamos a premiere no programa do Hits Perdidos na Mutante Rádio 9 dias antes do lançamento do álbum. São dois minutos de uma estranha calmaria que bandas como Faraquet fazem com tremenda precisão.
A faixa inclusive é o single de trabalho do The Tape Disaster e como nos últimos dias estive ouvindo Q And Not U posso dizer que uma playlist juntando essas três bandas poderia servir de terapia para dias nervosos e a base de calmantes.
“Condicionado” soa como uma continuação da faixa, que emocionalmente me teletransporta para um território que contempla ansiedade e escuridão. Sua calmaria e repetição na introdução te deixam inquieto, apático e com vontade de sair correndo mesmo não tendo forças para isto.
É como se o cuco do relógio estivesse batendo e você não conseguisse sair desse pesadelo. Acredito que os fãs de post rock e até de jazz vão se deliciar ouvindo essa canção.
A progressão de acordes de “3×4” é com certeza uma das mais interessantes do disco e até aqui é uma das minhas três favoritas. Se você já ouviu o MÓNÓ vai entender do que eu estou dizendo.
É uma energia muito intensa que precisa ser dissipada feito uma usina nuclear de sentimentos prestes a explodir. É tão matemático e errático como a experiência que é viver em meio ao caos dos altos e baixos do dia-a-dia.
Gosto de observar como os instrumentos por sua vez dialogam deixando o clima de fim de linha estampado ao fim da canção ao som de uma guitarra triste e uma bateria com uma levada jazz.
“A Sua Sorte” já se contrasta e de alguma forma me lembra algo do Bad Religion em sua introdução mesmo aparentemente não sendo um punk rock, seu espírito está ali. É engraçado pois tenho a mesma sensação quando ouço bandas como o Rx Bandits em meio essas progressões de acordes e guitarristas perfeccionistas o menino que cresceu ouvindo punk rock mora ali.
A canção vale se destacar é a única que possuí em certos momentos vocais, quem foi chamado para contribuir foi Leonardo Zimmermann. Talvez por isso seja o hit perdido do álbum e carregue tantos sentimentos. A busca pelo coração e sua essência se refletem em todo esse mar de sentimentos que ecoam no ar.
“YOLT” tem apenas 48 segundos e dá exatamente a ideia de transição que alguns álbuns tem recentemente usado como recurso, riffs mais calmos como se estivéssemos virando a página para o próximo capítulo da jornada de nosso personagem.
“Eu Não Vou Mais Voltar” é uma música sobre se perder para se encontrar. Uma das mais trabalhadas do disco, ela tem um começo caótico e vai amadurecendo conforme vai passando com uma levada instigante e reflexiva.
O trabalho das guitarras é algo a se destacar por todas as quebras e viradas que a música dá. Costumo comentar com amigos que o mais difícil de fazer math rock não é apenas ser um guitarrista virtuoso mas como manter sua linha criativa sem cansar o ouvinte. Um desafio a parte que Thivá tira de letra.
E se estamos falando sobre virtuosismo nada como “Tsuru”, que música amigos. Ela soa fresca a cada ouvida e mais consegue exprimir as emoções num liquidificador. Equaliza feito um triturador e te leva para campos muito distantes.
O trabalho da bateria me chama a atenção em meio a camadas de guitarras pois ela acaba sendo fundamental no processo transitório e hora soa como jazz, hora bebe da fonte das bandas de bandas como Joan Of Arc e outra cai matando no post-hardcore de grupos como At The Drive-In e Refused.
Para fechar o disco sem concluir de maneira calma – e colocando mais fúria na inquietação – “Turva (Noite)” tem raiva, peso, distorção, arranjos impiedosos que parecem te chamar para a luta. Feito a vida onde matamos um leão a cada dia.


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Perturbador. Contestador. Estridente. Ferroz. Detalhista. Intenso. Explosivo. Emocional e Impiedoso seriam adjetivos que cabem feito uma luva para resumir em palavras Oh! Myelin.
O primeiro álbum dos gaúchos do The Tape Disaster, lançado no último mês pela Sinewave Label, mostra uma banda que após 11 anos ralando para chegar neste momento apoteótico – e ímpar – que é lançar seu primeiro disco cheio, seja algo que os americanos diriam como: Remarkable. Mas como estamos no Brasil vai no bom português mesmo, notável.
Eles foram certeiros nas referências e conseguiram registar em 8 faixas: canções que só uma longa jornada de entrosamento e muita distorção poderiam proporcionar. Como é bom poder ouvir um disco desses e falar: foi feito no Brasil!


Após a audição decidir fazer algumas perguntas para entender mais sobre o álbum e conhecer mais sobre a trajetória que culminou no Oh! Myelin.
[Hits Perdidos] O Compilation conta como nome mesmo diz com faixas compiladas, feito uma coletânea. Assim podemos considerar Oh! Myelin como o primeiro álbum. Como é para vocês ver o primeiro álbum full indo para a rua e quais as expectativas?
Thivá: É um momento estranho. O disco demorou muito para ser finalizado pelas realidades de ser um trabalho independente, e esse ano de processo de certa forma traz um desligamento emocional das composições, diferentes de quando a criação e posterior gravação estavam em movimento direto. Essa também foi a primeira gravação em que não estive envolvido do início ao fim na mixagem, masterização e finalização, o que tive que fazer com o coração na mão por razão da minha viagem com meu projeto pessoal. Mas o interessante disso foi ouvir novamente as músicas e resgatar aquela ligação emocional de quando ouvimos elas pela primeira vez, e esse sentimento é ótimo.
Ouvir de novo me trouxa a realização de que “Oh! Myelin” é um bom disco que fundamenta elementos que exploramos a tempos e que de certa forma se concretizam de maneira mais madura, mas ainda mantendo a leveza dentro de um experimentalismo que no fundo é jocoso, às vezes denso, mas sempre em movimento. Como se estivesse expandindo.
[Hits Perdidos] Vocês optaram por gravar no Estúdio Hurricane. Como foi o processo de gravação? Quem foi responsável pela mix e a master?
Thivá: Nosso amigo e colaborador constante é Seba Carsin, que nos ajudou desde os primórdios a achar a sonoridade da banda no estúdio. Ele trabalha com a mix e master junto com a banda, sempre trazendo insights para o resultado final. Nossa estética vem muito com a ajuda dele e não poderíamos ter gravado esse disco em outro lugar. Nosso background musical e o dele possuem muitos dos mesmos pilares.
[Hits Perdidos] Além de terem lançado dois EP’s pela Sinewave, vocês tiveram a oportunidade de lançar o Compilation pelo selo sul coreano, Onion Records. Como rolou esse convite?
Thivá: Da maneira mais informal e suspeita possível. Os donos da Onion na época falavam pouco inglês, e como o selo era novo ficamos sem saber se seria uma proposta real. Depois de descobrirmos as outras bandas já lançadas por eles e a boa experiência que eles tiveram, foi só assinar. Eles fizeram um ótimo trabalho.
[Hits Perdidos] Chegaram a ter convites para excursionar fora do país depois disso?
Thivá: De maneira tímida, mas sim. Ocasionalmente ainda recebemos esses convites.
[Hits Perdidos] Como é a aceitação lá fora?
Thivá: Parece que nos enquadramos bem deste cenário post rock/shoegaze/instrumental/experimental. O interesse tem crescido e talvez cresça mais agora com o disco finalizado.

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The Tape Disaster em ação no Z Palco (31/03/2017) – Foto: Rafael Chioccarello

[Hits Perdidos] Como enxergam a importância dos selos independentes?
Thivá: A importância é enorme. Ter uma banda independente no Brasil pode ser como flutuar sozinho em um oceano sem norte, sem direcionamento. Selos independentes ajudam a dar um propósito, um senso de realização que nem sempre é possível achar, especialmente para estilos menos populares.
[Hits Perdidos] Vocês fizeram um show no Sesc Sorocaba com intervenções visuais de outros artistas. Como foi essa experiência e como acreditam que contribuiu para o evento? Depois que rolou isso, pensaram em agregar outros trabalhos as apresentações?
Thivá: Isso sempre está nos nossos planos. Expandir sensorialmente o nosso trabalho é sempre bem vindo e estamos sempre abertos para que artistas coloquem as suas visões e experiências junto do nosso trabalho.
[Hits Perdidos] Algo que também surgiu com o passar do tempo foi das músicas serem usadas para campanhas publicitárias e trilhas sonoras. Contem um pouco mais sobre.
Thivá: Eu sinto que o nosso trabalho pode comover o ouvinte. Parece que esses produtores, diretores e agências concordam com isso, o que nos deixa realizados. Poder dividir o nosso trabalho e contribuir para formatos diferentes é de um orgulho enorme. Se as pessoas que escutam o nosso trabalho e dividem esse sentimento, mais incrível ainda.
[Hits Perdidos] O som de vocês passeia pelo Math Rock / Post-Rock / Instrumental. Quais bandas vocês destacariam do novo cenário desses estilos?
Essa é uma pergunta que pode ser extensa, então vou me limitar a bandas que tem trabalhos que estou ouvindo recentemente que tem uma certa pegada dentro destes estilos como a Urso, Herod, Constantina e Space Guerrilla pra falar algumas nacionais. Internacionais, bandas como Te’eAlgernon Cadwallader e Tera Melos também estão na lista.
[Hits Perdidos] Gostaria que comentassem faixa a faixa o disco.
Thivá:
Le Satire, Condicionado, 3×4: Gosto de pensar que essas músicas se comunicam. Elas parecem ser um ótimo começo. Elas trazem um início meio e fim antes do fim, com processos diferentes dentro da construção delas.
A Sua Sorte: Com a emocionante participação do Leonardo Zimmermann, essa música grita. A distorção e a pagada são feitas pra provocar e perguntar realmente aonde está o teu coração.
YOLT: Uma ideia que temos fazia tampo, de ter algo transitório, espontâneo e orgânico. Os riffs funcionam e dá um pouco da ideia do como funciona meu processo de construção sonora junto com o Bruno.
Eu Não Vou Mais Voltar: Essa música existe a um bom tempo, mas finalmente conseguimos achar ela, esculpir musicalmente de uma forma instigante. Tocamos ela a um bom tempo ao vivo, e acho que é possível sentir isso na gravação.
Tsuru: Uma das músicas que mais trabalhamos a estética antes de gravar. A jornada dela foi muito interessante, onde retrabalhamos o groove e estrutura até o resultado final. Talvez umas das minhas músicas favoritas do disco, ela vai pra lugares sombrios mas volta maior.
Turva (Noite): Talvez a melhor música pra acabar o disco. Algo de desconhecido e sujo, como caminhar descalço durante um fim de semana inteiro. Tem algo de reconexão, de briga e explosão. Essa música parece querer comprar uma briga antes de ir embora sem nunca mais ser vista.
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Cartaz do Sinewave Fest no Z que aconteceu no dia 31/03 no Z Palco.

[Hits Perdidos] Vocês completam em 2017: 11 anos de banda. Qual foi o maior aprendizado e qual mensagem gostariam de deixar para as bandas que estão começando sua jornada?
Thivá: Registem, componham, gravem, experimentem. A construção de um bom show provavelmente é o indicativo de que a banda está indo pro lugar certo, mas gravar é importante pra conseguir dar os passos criativos necessários.
Sentir o trabalho e buscar achar a própria voz é muito mais importante do qualquer coisa, mas não atropelar o processo é muito importante pra chegar lá. Se o processo é colaborativo, se escutem. Construam algo juntos que vocês nunca conseguiriam construir sozinhos. Existe mágica nessa troca.
[Hits Perdidos] Para fechar qual a expectativa para o show de lançamento que acontece no Z Carniceria no dia 31 de março ao lado da Huey e do Macaco Bong? [Entrevista realizada no começo de março]
Thivá: Vai ser nosso primeiro show em muito tempo e os ensaios estão começando. Tocar com a Macaco Bong e Huey no festival da Sinewave é um prazer enorme. Subir no palco com a The Tape Disaster depois de quase um ano me deixa entusiasmado.
Playlist Exclusiva de lançamento
Playlist The Tape Disaster
Para o lançamento do Oh! Myelin o The Tape Disaster preparou uma playlist exclusiva no perfil oficial do Hits Perdidos no Spotify. Com sons que vão de American Football a Chico Buarque, de Anderson .Paak a Esperanza Spalding.



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