Tchelo Gomez (Quebrada Queer) revela diferentes nuances em novo EP

 Tchelo Gomez (Quebrada Queer) revela diferentes nuances em novo EP

Tchelo Gomez ficou conhecido por seu trabalho ao lado do Quebrada Queer mas sua trajetória começou bem antes. Assim como outros talentos da música mundial a porta de entrada para a música veio da igreja, onde começou a cantar desde cedo.

Depois disso foi estudar em uma ETEC de Artes onde pôde conhecer profissionais e aperfeiçoar suas habilidades.

“Eu fui conhecendo uma galera muito legal, que já gravava vídeos cantando, já faziam shows e, ter esse contato, me ajudou a me inserir em um meio que eu pudesse ir mostrando as minhas músicas e descobrindo o caminho que eu queria seguir. As pessoas começaram a gostar e, com isso, veio a necessidade de ter um trabalho inicial”, explica Tchelo. 

Seu primeiro EP solo veio em 2017 e misturar estilos sempre fez parte de sua jornada. Logo na estreia trouxe para o repertório estilos como R&B, Afropop, Soul, Funk, Dancehall e Hip-hop já ganhando certo destaque e abrindo portas.


Tchelo Gomez


Quebrada Queer

Em 2018 através da internet criou o coletivo Quebrada Queer, primeira cypher e grupo gay do Brasil e da América Latina. Além do músico o grupo conta com Lucas Boombeat, Harlley, Murillo Zyess, Apuke Beat e Guigo; e tem sido importante e gerando debates sobre LGBTQI+, e também sobre negritude e juventude periférica.

Com o grupo ele já lançou dois EPs e tem alcançado sucesso entre a crítica especializada e o público. De fato o projeto é bastante bacana e suas rimas são bastante afiadas e pertinentes com o momento do país.



3!

Os números guiam o lançamento: expressão, a comunicação, a criação. É a união do 1 e 2. Mas o três é ainda mais significativo e Tchelo Gomez agarrou para si toda a força de seu significado.

Na espiritualidade, o número três é visto como o poder da unidade entre a mente, o corpo e o espírito e, com base nesse três pilares

A mistura também faz parte do pacote. Sempre apostando na fusão, no novo lançamento ele funde e recria sua forma de fazer pop. Misturando em seu caldeirão dançante também música brasileira e africanidades. Ele mesmo vai contar para os leitores do Hits Perdidos um pouco mais sobre cada uma das faixas.



Entrevista

Tchelo Gomez conversou conosco e você confere as repostas em tópicos.

Numerologia, conexões e motivos do nome do EP

Eu vim compondo músicas desde o meu primeiro EP TCHELO GOMEZ e já vinha pensando nos próximos lançamentos, até que surgiu/explodiu o Quebrada Queer, que fez com que nossos trabalhos solos dessem uma “segurada” para focarmos nas atividades do grupo (entrevistas, shows, gravações, ensaios, tudo).

O EP

E nesse meio tempo fui analisando meu caminho na música e vi que tinha três clipes, cada um lançado em um ano (“me empoderei” em 2017, “tum tá” em 2018 e “encaracolado” em 2019), além disso, a data 03 tem um significado importante pra mim pessoalmente falando.

Com isso, vi que teria 3 músicas que fariam sentido em serem lançadas juntas e amarrei-as num EP, batizando o de “3”, além de toda a explicação, esse é o meu terceiro trabalho, terceiro EP.



Fase atual, o Eu Artista

Cresci muito como compositor, cantor e artista desde o meu primeiro trabalho profissional na música, e senti que cada trabalho foi mostrando essa minha evolução e potencialidades.

Acredito que isso deve ser constante, o crescimento e com tudo a inovação nos meus trabalhos artísticos e dessa vez não foi diferente. Sinto que estou muito mais seguro com as ideias e mensagens, e principalmente com a voz!

Música e Estilos

Dessa vez quis trazer coisas novas, uma mistura de estilos, um pop mais abrasileirado com rimas e gingas, por isso as percussões e outros elementos que mostram um pouco do que ainda está por vir em trabalhos futuros.

No EP “3” trago três diferentes nuances, se é que posso chamar assim:

“pele” que é algo mais suave, intimo e talvez trás um pouco vulnerabilidade.
Outra é “resiliência” que traz muito o que o nome da música já fiz, mas nos provoca a refletir sobre nossas atitudes e se estamos sendo verdadeiros com nós mesmo ou estamos tentando agradar os demais.

E por último e não menos importante a “transbordar” que fala de alguma forma sobre auto aceitação e amar sem se prender a padrões impostos pela sociedade. Tudo isso de forma envolvente e compartilhada com a cantora Mel, da Banda .



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