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Adoravel Clichê desapega do passado em “um sorriso que se vai”

No último mês a Adorável Clichê anunciou a parceria com o selo paulistano Balaclava Records, no dia 11 de junho, foi disponibilizado o single “aonde mais” – acompanhado de um videoclipe – e posteriormente “Amarga“. Às vésperas do lançamento do segundo disco de estúdio, sonhos que nunca morrem, marcado para o dia 9 de julho, eles antecipam nesta terça (02) o terceiro, e último single, que estará presente no material, “um sorriso que se vai”.

Formado por Felipe Protski (guitarra/synth/vocal), Gabriel Geisler (baixo), Gabrielle Philippi (vocal/composição) e Marlon Lopes da Silva (guitarra/vocal), o grupo catarinense tem referências diretas do post-rock e do shoegaze (Explosions in the Sky, Diiv e The Joy Formidable).

O novo single tem um tema importante no quesito de motivação para quem escuta. A canção reflete sobre o ato de sacrificar o apreço das pessoas em busca de abraçar sua própria essência.

“A letra aborda situações onde as pessoas que você ama são apegadas a partes de você que lhe fazem mal e que quer abandonar, assim o eu lírico percebe a necessidade de também correr o risco de abandonar o afeto delas em busca de se desenvolver e tentar ser melhor para si mesmo.

É um manifesto de auto salvação, autoestima e da importância de conseguir enxergar quando o afeto de alguém pode te prender a situações ou emoções negativas.”, revela o release do lançamento


Adorável Clichê. – Foto Por: Jean Affeld

Adorável Clichê “um sorriso que se vai”

Entre as referências do novo single está a banda estadunidense Wild Nothing, a faixa ainda conta com sintetizadores que levam o ouvinte a reflexão. A intensidade vive nos versos que falam sobre as escolhas que temos que tomar em nome de encontrar a própria felicidade e, consequentemente, nossa essência. Mesmo que isso sacrifique “amizades”, círculos sociais e convicções.

“No fundo, eu não vou mais me condicionar a um sorriso que se vai ao ouvir, que eu não desisti de tudo, que eu não me rendi pro mundo”, diz o segundo verso de “um sorriso que se vai”

A carta de despedida, coloca os vocais de Gabrielle em primeiro plano com uma melodia que parece andar em círculos, entre os conflitos e reflexões que a temática engloba. A percussão da sua introdução lembra até mesmo um pouco as ambiências que o The Velvet Underground faziam ainda na década de 60, que se somam a estética do dream pop e aos vocais confessionais que envolvem o expurgo da dor de ver um filme passar pelo retrovisor.

Como curiosidade fica a capa do single que foi extraída de uma foto, tirada pela mãe da Gabi. É um registro da volta de um passeio de barco que a sua família fez na sua infância.



Letra

Adorável Clichê “um sorriso que se vai”
(Gabrielle Philippi)

Depois de ver claro
não posso mais me enganar
Mesmo com tanto medo
não posso mais ser tão fraca
Já disse que acha mais bonito quando eu
afundo na minha dor

Mas não quero me afogar
Eu não quero me afogar
Eu não quero me afogar
Eu não quero

Sem hesitar, vou sacrificar
o afeto que você tem por mim
No fundo, eu não vou mais me condicionar
a um sorriso que se vai
ao ouvir

Que eu não desisti de tudo, que eu não me rendi pro mundo (3x)
Que eu não desisti de tudo
E você não vai me segurar

Eu não quero me afogar (3x)
Eu não quero
mais te encontrar
e me perguntar
a sua versão
nublando tudo o que sinto

Ouça nas Plataformas Digitais

This post was published on 2 de julho de 2024 9:00 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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