“aonde mais” é o segundo single a ser revelado do segundo disco da Adorável Clichê
Quem acompanha o Hits Perdidos com certeza já se deparou com algum lançamento da banda Adorável Clichê, afinal de contas a primeira vez que falamos sobre o quarteto de Blumenau (SC) foi ainda em 2018.
Com um disco lançado, O Que Existe Dentro de Mim, em 2018, pela Nuzzy Records, nos últimos anos o quarteto tem lançado uma série de singles, sendo três deles em 2022 e um no fim do ano passado. Eles até contam que estão já algum tempo preparando o lançamento de um novo álbum.
Nas últimas semanas eles revelaram a parceria com o selo paulistano Balaclava Records. E nesta terça-feira, 11 de junho, eles disponibilizam o single “aonde mais”, que chega acompanhado de um videoclipe, e do anúncio do segundo disco de estúdio, intitulado sonhos que nunca morrem com previsão de lançamento ainda neste semestre.
Formado por Felipe Protski (guitarra/synth/vocal), Gabriel Geisler (baixo), Gabrielle Philippi (vocal/composição) e Marlon Lopes da Silva (guitarra/vocal), o grupo tem referências diretas do post-rock e do shoegaze (Explosions in the Sky, Diiv e The Joy Formidable).
Explorando a sonoridade do grupo que flua pelas ondas sinuosas do dream pop, a temática da última música a ser composta do vindouro álbum faz uma série de analogias, entre elas, a abordagem dos “serial killers”, e suas inúmeras fugas de si. Sobrou até mesmo para um dos personagens mais marcantes de Anthony Hopkins nas telonas.
“A letra surgiu na minha cabeça com a cena de Hannibal na Itália se iludindo de que ninguém o encontraria e ele viveria uma vida dos sonhos, mas ele acaba agindo da mesma forma, despertando suspeitas de um policial.”, diz Gabrielle Philippi que assina a composição
“Achei que fosse uma analogia engraçada com pessoas que se recusam a mudar esperando que as coisas mudem pra elas, eternas fugitivas do próprio reflexo. Quando percebem que estão prestes a serem descobertas e terão que olhar para si mesmas, elas preferem fugir. E, na verdade, ‘quem nunca?’, não é mesmo?”, completa a vocalista
Marlon, que costuma ser o grande engenheiro das melodias no quarteto, e também responsável pela produção e mixagem do novo disco, revela um pouco mais sobre o processo de fundir referências.
“O instrumental dessa música surgiu rapidamente, depois de dias ouvindo New Order e Beach Fossils. Logo que eu a terminei, já sabia que ela estaria presente no álbum”
Suas guitarras melódicas criam toda uma dinâmica de confusão, a camada de violão, lembra sim clássicos do estilo, e já foi usada como recurso inúmeras vezes, como, por exemplo, por grupos como Echo & The Bunnymen, e Mazzy Star. A ideia de confusão, de cair em círculos, se afogar nas próprias frustrações e culpas, aparece na faixa que justamente expõe o lado errático do comportamento humano em tom de desconforto e apatia.
Para dar luz a trama, eles tiveram a ajuda do diretor, cineasta e também protagonista no videoclipe, Bruno de Oliveira. Ele que reside em Los Angeles, nos EUA, e apenas com uma handycam faz um passeio pela cidade sem rumo, ajudando a ilustrar as voltas e reflexões presentes na letra da canção.
No roteiro, clipe busca retratar a fuga de si mesmo narrada pela letra, além da desolação de entender que no fim “você é sempre o mesmo”. Para a edição da produção audiovisual, uma referência forte foi a estética do clássico de Taxi Driver, filme que consagrou Robert De Niro. O que ajudou no processo de seleção e edição dos takes.
Composição: Gabrielle Philippi
Inquieto, se muda de novo
Descansa, em seu quarto novo
Mas não dá
na próxima segunda
vão te encontrar
Não pode relaxar
Aonde mais vai
Aonde mais vai ver?
Aonde mais vai
Aonde mais vai se encontrar?
Aonde mais vai
Pra onde vai voltar?
Aonde mais vai
Aonde vai se esconder?
O mesmo bar e a depressão
Os mesmos a pegar sua mão
As mesmas ruas
hospitais
Mesmas manchetes nos jornais
Você é sempre o mesmo
Aonde mais vai
Aonde mais vai ver?
Aonde mais vai
Aonde mais vai se encontrar?
Aonde mais vai
Pra onde vai voltar?
Aonde mais vai
Aonde vai se esconder?
Aonde mais vai?
onde mais vai?
This post was published on 11 de junho de 2024 9:00 am
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