CHVRCHES em São Paulo - Foto Por: Rafael Chioccarello
De Glasgow, na Escócia, o CHVRCHES, é um grupo de synth-pop composto por Lauren Mayberry, Iain Cook e Martin Doherty em atividade desde 2011, tendo Iain e Martin se conhecido ainda nos tempos de faculdade. Graças a turnê em conjunto com o Coldplay no Brasil, onde tem realizado shows de 40 minutos de abertura, foi possível um único show solo em São Paulo. A data escolhida foi justamente a pausa na maratona de 6 shows dos ingleses na capital paulista, quinta-feira (16/03). O local a Audio, casa de shows localizada na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Com intuito de promover o mais recente álbum, Screen Violence (2021), no qual tem até participação de Robert Smith (em “How Not To Drown”). Aliás, o vocalista do The Cure comprou uma briga acertada com a Ticketmaster na última semana e ontem anunciou que ganhou parcialmente a luta pelo abuso da tiqueteria online na cobrança de suas taxas (que ultrapassa o próprio valor dos ingressos com ingresso a preços populares nos Estados Unidos). A atitude foi aplaudida por diversos músicos, entre eles o perfil oficial da banda Eve6, que disse: “é importante quando músicos deste tamanho e dimensão apoiam causas que o público e as bandas menores não tem voz para mudar”.
Mas voltando ao CHVRCHES, a turnê do quarto disco veio generosa neste side show com direito a 20 canções no setlist. Das 10 canções do disco, na apresentação 7 entraram no setlist, seguido do álbum The Bones of What You Believe com cinco canções, 3 do Every Open Eye, mesmo número que do Love Is Dead, além dos singles “Death Stranding” e “Over”.
Com casa cheia, a Audio recebeu os escoceses em show que teve seu início por volta das 21:35h da noite da quinta-feira (16/03). Desde o primeiro momento eles parecem surpresos com a recepção aos berros e o público dizendo palavras gentis como “I Love You”. Tanto é que não demorou muito para a atenciosa vocalista, Lauren Mayberry, agradecer com uma voz tímida a todo carinho que estava recebendo.
Logo no começo ela se desculpa pelo “português ruim” e disse que deveria saber a língua para se comunicar com o público. Gestos tão simples mas que encantam um público que parecia hipnotizado entre luzes verdes, azuis, vermelhas e muita fumaça para embalar a onda eletromagnética de sintetizadores, pads, programação e um arsenal eletroindie de hits feitos tanto para dançar como para quebrar corações.
Em certo momento ela até diz: “nossas músicas são tristes”. Algo que a melodia pop, cintilante e dançante acaba por sua vez contornando todo esse anticlímax bretão. Se no estúdio algumas músicas parecem mais darks e os synths dão um ar de reclusão, tristeza e ar reflexivo, no palco tudo se transforma. Tanto pelo carisma, como pelo peso e camadas que os músicos conseguem imprimir feito um rolo compressor.
Confesso que ouvindo em casa eu colocaria eles numa frequência indietronica mais obscura mas assistindo ao vivo a sensação é justamente de que as canções encaixariam tranquilamente em uma playlist ao lado de nomes contemporâneos como Charli XCX, Perfume Genius, Caroline Polachek e até mesmo Taylor Swift.
São vários os momentos em que a performance dramática se destaca. Lauren se joga no chão, troca de roupa três vezes e parece pensar no show feito um storytelling enquanto Iain e Martin podem brincar misturando efeitos e discotecando entre uma performance e outra. Ela aproveita para pegar a bandeira do Brasil e depois a lgbtqiap+ já na parte final. Aliás, o fim da apresentação ainda reserva uma perfomance sangrenta após vestir a camiseta com os dizeres “Final Girl”, que também é uma faixa do conjunto.
No encore eles deixam a sequência para o público cantar junto com “Asking for a Friend”, “The Mother We Share” e seu maior hit radiofônico até então, “Clearest Blue”. Sem muita cerimônia eles se despedem fazendo coraçõezinhos com as mãos e com a promessa de voltar em breve.
INTRO: Main Title (A Nightmare on Elm Street) (Música de Charles Bernstein)
Screen Violence Tour Intro
1) He Said She Said
2) Forever
3) Leave a Trace
4) Bury It
5) California
6) How Not to Drown (canção que tem feat com Robert Smith do The Cure)
7) Violent Delights
8) Tether
9) Science/Visions
10) Good Girls
11) Over
12) Miracle
13) Death Stranding
14) Night Sky
15) Final Girl (com intro estendida)
16) Recover
17) Never Say Die
Encore:
18) Asking for a Friend
19) The Mother We Share
20) Clearest Blue
Bad Moon Rising (música do Creedence Clearwater Revival)
This post was published on 17 de março de 2023 1:59 am
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