Nacional

Mesmo com chuva a vigésima edição do Festival Rock na Praça teve boas surpresas

Nem a chuva conseguiu com que a vigésima edição do Rock na Praça deixasse de ser comemorada. No dia 04 de dezembro, em frente à Casa de Cultura da Cidade de Esteio, rolava o festival com diversas bandas além de uma feira de economia com diversos expositores. Estive lá desde o início conferindo tudo e vim trazer um pouquinho da sensação que é viver um festival local – que infelizmente não ocorreu em seu lugar de origem devido a obras da prefeitura e também a chuva – que mesmo em meio a pequenas dificuldades não deixou de ser especial. 

O Festival Rock na Praça

Já contamos a história do festival anteriormente, vocês podem conferir clicando na matéria aqui, e nada mais importante para fomentar a cultura de uma cidade do que um festival. Movimenta economia, parcerias, população, interação. Você conhece novas bandas, prestigia as que já conhece, e ainda quem sabe se tiver seu próprio negócio pode o expor. 

Ao total foram seis bandas – infelizmente Flor Et não pode se apresentar devido a um dos integrantes estar com Covid, e vou contar um pouquinho sobre o show de cada uma. 

A primeira a se apresentar, Sterna Peyote, ainda possuía um público tímido diante de si que chegava aos poucos no local. A banda original da cidade de Canoas, tem um estilo musical de hard rock com Stoner. Até o momento a banda possui no currículo dois singles e um EP.

Sterna Peyote Foto por: Mila Borges

Segunda banda a se apresentar e um dos que mais animou o público – a maioria metaleiros naquele momento, mas que ao meu ver deixou um pouco a desejar – O Cara do Metal. Inclusive ele também é um criador de conteúdo que conversa sobre rock e metal.  

Agora um dos que mais me chamou atenção pela diversidade musical, inclusive não só a mim, foi Matheu Corrêa. Com ótimos músicos além dele mesmo, Matheu conquistou a atenção do público com seu balanço soul funk e sem dúvida foi uma das maiores e melhores surpresas do festival. Inclusiva uma curiosidade sobre Matheu, seu álbum intitulado Meu Black É Rock rendeu um prêmio Açorianos de Instrumentista e Revelação Pop 2020. 

MatheuFoto Por: Mila Borges

Uma das atrações de fora do estado, De um Filho, De um Cego – veio diretamente do interior do Paraná com diversas vertentes do rock, o alternativo sendo um deles o mais presente. Embalou o público presente que ainda se mostrava em grande número mesmo com a chuva que ia e voltava durante todo o dia. 

De um Filho, De um CegoFoto Por: Mila Borges

Penúltima banda a se apresentar, Meu Funeral foi uma das bandas que mais chamou a atenção do público presente e uma das que mais animou também. Com suas letras descontraídas e seu punk rock, não deixou o público parado um minuto sequer e no final do show ainda teve a companhia da pequena Alice – uma pequena fã – que subiu ao palco. 

Última banda, a velha e muito conhecida Inimigo Eu subiu ao palco e apresentou aquilo que sabe fazer de melhor – um ótimo show de hardcore. Era literalmente pra fechar com chave de ouro o festival. 

Ocupação Cultural

Muitos que trabalham com festivais sabem as dificuldades que são encontradas no meio do caminho para a realização dos mesmos, e com o Rock na Praça não é diferente. A alguns dias atrás o perfil do festival publicou sobre o problema que estão enfrentando em não ter o pedido de utilização da praça atendido. São vários pedidos protocolados na prefeitura e nenhum atendido como vem sendo postado nas redes sociais. Então nada mais justo que um protesto não é mesmo? 

Por isso a organização está convocando uma ocupação da praça para o dia 29, domingo agora a partir das 16 hrs – mais informações vocês encontram no Instagram Oficial do Rock na Praça. Não é uma edição do Rock na Praça, é uma ocupação de arte e cultura e todos são bem vindos. Inclusive uma notícia boa é que logo após a mobilização, a secretaria de cultura da cidade de Esteio já procurou a organização e avisou que em março a praça estará liberada para mais uma edição do Rock na Praça. Isso mostra que se nos mobilizarmos e nos juntarmos fazemos a diferença, nunca esqueçam disso.  

This post was published on 27 de janeiro de 2023 11:00 am

Mila Borges

Colaboradora no Hits Perdidos, nas horas vagas descobrindo o que há de bom na música Brasil a fora. Fora isso adoro futebol, churrasco. Não gosto de preconceito no geral (música então nem se fala).

Posts Recentes

The Vaccines lota o Cine Joia em retorno ao Brasil embalado pela nostalgia

The Vaccines é daquelas bandas que dispensa qualquer tipo de apresentação. Mas também daquelas que…

22 de novembro de 2024

Joyce Manor revela segredos e curiosidades antes de embarcar para a primeira turnê no Brasil

Demorou, é bem verdade mas finalmente o Joyce Manor vem ao Brasil pela primeira vez.…

13 de novembro de 2024

Balaclava Fest tem show virtuoso do Dinosaur Jr. e cada vez mais “brasileiro” do BADBADNOTGOOD

Programado para o fim de semana dos dia 9 e 10 de novembro, o Balaclava…

12 de novembro de 2024

Supervão passa a limpo o passado mirando o futuro em “Amores e Vícios da Geração Nostalgia”

Supervão evoca a geração nostalgia para uma pistinha indie 30+ Às vezes a gente esquece…

8 de novembro de 2024

Christine Valença coloca tempero nordestino no clássico folk “John Riley”

A artista carioca repaginou "John Riley", canção de amor do século XVII Após lançar seu…

7 de novembro de 2024

Travis faz as pazes com o Brasil em apresentação com covers de Oasis e Britney Spears

Quando foi confirmado o show do Travis no Brasil, pouco tempo após o anúncio do…

6 de novembro de 2024

This website uses cookies.