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As aventuras de Djane Fonda, o projeto eletrônico de Bárbara Eugênia

Feito um projeto que veio de uma brincadeira com amigos, Djane Fonda surge em meio a ausência das pistas de dança mas que tem tudo para embalar elas quem sabe quando as festas (seguras) voltarem a fazer parte da nossa realidade. Bárbara Eugênia conta que veio de uma brincadeira de discotecar em uma festa de amigos onde veio a vontade de explorar as frequências da música eletrônica saudosista.

Depois de 6 álbuns lançados, sendo seu último TUDA de 2019 (já flertando com a música eletrônica), foi a vez dela mergulhar com ainda mais intensidade neste universo fantástico cheio de possibilidades em que ela mesmo conta que encontrou uma nova zona de conforto.

O single mais recente, “To Know The Odds” (Ouça), por exemplo, é uma italo-disco numa pegada pop setentista e parceria com Samuel Fraga aka. Sammy Summer (Tulipa Ruiz, Olympyc). Inclusive a canção da asas para o universo mágico dos sintetizadores, programações, piano e percussão pulsante.

Antes disso veio o segundo single de Djane Fonda, “The Best”, o hit eternizado na voz da musa Tina Turner, que ganhou uma interpretação bastante sentimental eletrificada com a participação especial de Guilherme Held nas guitarras, além de ter a colaboração de Arthur Kunz. Em entrevista exclusiva para o Hits Perdidos, inclusive, ela nos conta que tem vontade de gravar um disco apenas com intérprete.



O primeiro single para apresentar a persona, Djane Fonda, foi lançado em abril, foi justamente “Hold me Now”, uma balada que Bárbara (voz, synths, programações) pode colaborar com colaboração dos músicos Arthur Kunz (synths, programações), Zé Pi (guitarra) e Jojô Lonestar (guitarra, synth, coro),

“…fala da saudade vivida nesses tempos de pandemia, embalada por um beat eletropop, synths oitentistas e guitarras marcantes.”, conta Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda


Bárbara Eugênia aka. Djane FondaFoto Por: Ariana Lima

Entrevista Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda

Conversamos com a Bárbara Eugênia para saber mais detalhes das aventuras de Djane Fonda.

O nome da fase veio de uma brincadeira de discotecar em uma festa de amigos mas de onde veio a vontade de explorar as frequências da música eletrônica saudosista?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Veio de uma brincadeira mas virou codinome mesmo em certos tipos de eventos (participação no disco do Frito Sampler, Puro Charme Baile Show e discotecagens específicas…). Já ouvi muita música eletrônica quando era mais nova, e de uns anos pra cá voltei a ouvir. Tem muita coisa boa mesmo. E me trouxe uma certa liberdade de criação que achei maravilhosa!”

Aliás, foi justamente a inquietação pelos aprendizados em produção que foi te levando para esse caminho, como foi essa repaginada e como vê que este desafio te instigou a sair da zona de conforto? O que mais te motivou a procurar novas frequências e quais outras pretende explorar futuramente?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Foi uma coisa bem natural. Já estava fazendo umas produções mais eletrônicas, pra amiga Andrea Merkel (uma em parceria com a Naná Rizzini) e também registrando ideias minhas, e um dia acordei com a ideia da “Hold me now” na cabeça. Logo depois vieram as outras e assim fechou-se a tríade inicial da Djane Fonda.
Engraçado que não me senti muito saindo da minha zona de conforto, mas entrando em uma outra. Tô sempre em busca de coisas novas, sempre aprendendo e sempre imprimindo o que estou vivendo nos discos e músicas que gravo ou versiono ao vivo. Ainda pretendo explorar….tudo!”

O projeto vem incorporando também diferentes parcerias a cada faixa revelada, o isolamento proporcionou esse espírito colaborativo?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Sempre vivi esse espírito colaborativo. Desde o primeiro disco tenho convidados e convidadas, artistas e instrumentistas. Adoro fazer parcerias, acho um processo riquíssimo.”

Como imagina que vão ser as festas após esse período estranho que estamos vivendo?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Não tenho ideia…mas espero que tenham música boa, comecem cedo e terminem cedo. Pelo menos as que eu frequentar…(risos).”

Ainda teve espaço para versão, como foi a experiência de reconstruir o hit “The Best”, da incrível Tina Turner, para você?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Acordei com a versão na cabeça, praticamente toda. Foi sentar e produzir. E claro, o auxílio luxuoso do Kunz e do Gui Held foram imprescindíveis pra chegar onde chegou. Eu amo fazer versões, ainda pretendo gravar alguns discos só como intérprete. É como se fosse um karaokê bom (risos), amo cantar as músicas que amo, e ainda por cima poder fazer uma versão do meu jeitinho? Realmente é algo que me faz feliz.”

Como tem sido para você trabalhar single a single sem compromisso com um disco? É algo inédito para você? Como enxerga essa forma diferente de consumir o trabalho de um artista?

Bárbara Eugênia aka. Djane Fonda: “Sem compromisso mesmo. Não estou muito preocupada com o resultado disso, comercialmente. Só queria lançar minhas músicas. E não tinha ou tenho intenção de gravar um disco da Djane, não por enquanto. Então, por que esperar?
Em 2017 lancei o single “Sintonia” (cantando com Junio Barreto), e tinha sido o único. Não à toa, a primeira faixa em que assino a produção sozinha.
A indústria começou assim né? Nos anos 60, era single atrás de single. Acho que tem espaço pra tudo, principalmente com a música digital. Já que estamos nessa…”

This post was published on 27 de setembro de 2021 12:34 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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