[Premiere] Na semana que "Marquee Moon" completa 40 anos: Fleeting Circus lança seu novo single
Revolucionário, debochado, artístico, genuíno e imortalizado na história do rock nova iorquino. São algumas das facetas do álbum Marquee Moon (1977). O debut do Television não foi um álbum qualquer, foi O álbum.
Muito disso pela experimentação. Tiveram o timing de notar que o punk ficava cada vez mais forte na cidade e decidiram explorar outros estilos como o jazz, melodias do country, a poesia francesa, o espírito da rebeldia adolescente e a vida suburbana. Tudo isso feito nos mínimos detalhes. Um álbum um tanto quanto matemático e perfeccionista.
Tendo criado um novo subgênero musical, o art punk, este que atrelava o post-punk ao rock. Costumo citar como grandes referências do gênero o Television e o Wire. Este que olhe só também tem seu clássico álbum completando 40 anos este ano. O disco questão é Pink Flag (1977) que foi lançado em dezembro.
40 anos depois esses álbuns continuam servindo de referência para bandas como Strokes, Franz Ferdinand, Pixies, Echo & The Bunnymen e Dot Dash. E das já finadas: Television Personalities, Minuteman, Firehose, R.E.M., Sonic Youth, Joy Division, Minor Threat.
Eis que nesta sexta-feira (10/02) apenas dois dias após os 40 anos do lançamento do álbum clássico do Television, a banda carioca lança o primeiro single de seu novo disco, “Disconnection”. Este que tem como inspiração as linhas sólidas do grupo nova iorquino.
Após o EP, Dream World Of Magic (2011), em 2014 o quarteto carioca lançou seu primeiro disco de estúdio: Fleeting Circus. Este que já teve sons executados durante a programação do Dezgovernadoz (programa com curadoria Hits Perdidos na Mutante Radio). No segundo semestre de 2016 eles entraram novamente em estúdio para gravar seu segundo álbum.
O novo single, “Disconnection”, é vibrante tem a energia de grupos contemporâneos como o Japandroids, Beach Fossils e o perfeccionismo nos detalhes que o próprio Television tinha em seus trabalhos. O mais interessante é que tudo começou com um simples riff de violão. Ao meu ver comparado com o primeiro disco, a música vai mais direto ao ponto sem grandes introduções algo que grupos como Superchunk fazem como supremacia.
“Desde o início a gente sentia a influência de bandas como Television na levada da música e buscamos criar uma canção rápida, impactante e direto ao ponto. O conceito de single foi sendo definido ao longo da gravação, conforme os elementos do arranjo foram sendo criados e a música ia ganhando forma. Mas acho que depois da primeira vez que a tocamos inteira, a reação de todos foi começar a rir, por termos feito uma música que trazia um lado novo da banda. A gente sabia que ela tinha uma peculiaridade”, explica o guitarrista Felipe Vianna
A faixa também foi escolhida para ser o primeiro single de trabalho a ter um clipe que deve ficar pronto no mês de março. O álbum deve ganhar a luz do dia ainda no primeiro semestre.
O responsável pela produção da faixa é Patrick Laplan, músico que já realizou trabalhos marcantes como Eskimó, Rodox e Planar. Ele inclusive toca bateria em algumas das faixas do disco.
“O Laplan teve uma participação importante no processo de composição e nos ensaios, o que ajudou a deixar todos mais imersos no projeto”, comenta Vianna.
Algo a se resaltar é que o álbum foi gravado no estúdio da própria banda, Fleeting Cave. Diferentemente do primeiro álbum que além de ter sido gravado no Melhor do Mundo Studios, tem riffs longos e complexos assim como a faixa título de Marquee Moon.
Spotify
A faixa também já estreou fazendo barulho em playlists bombadas no Spotify. Sendo um dos destaques na plataforma em listas como: e .