Hoje é sexta-feira, ou seja, dia de cerveja. Melhor dizendo: Dia de Lançamento!
Após dois anos do EP Tá Bom! (2014) o Capitão Blue de São Paulo chega junto trazendo novidades entre um copo de chopp estupidamente gelado e outro. Mas antes disso vamos conhecer um pouco sobre a banda.
O duo é composto por John Di Lallo e Henrique de la Rosa (ex-Mind the Gap e Ultraviolet). Formado em 2014 eles tem seus lançamentos feitos pelo selo paulistano, Dinamite Records. Sim, selo comandado pelo Guilherme Maia (Troublemaker, Mind r.Ape).
Devido a limitações por ser um duo, eles costumam convidar outros músicos para somar na hora das gravações e em suas apresentações. E para o primeiro EP, Tá Bom!, eles tiveram a participação de Tiago Frúgoli e Renato Venom (mixagem e masterização). Já na co-produção Nicolas Csiky (Alaska), que também ficou responsável pelas baterias.
O disquinho já se inicia com “Tá Bom!”, faixa título do EP. Canção que flerta com a MPB e a psicodelia. Uma canção que exala esperança através de sua letra otimista. As guitarras são trabalhadas e a distorção dá aquele embalo do rock alternativo de grupos como Libertines.
Na sequência temos “Vá”, já mostra as curvas das ondas do mar na levada da canção. O som é cru, a bateria dá o tom da batida, o baixo marca o passo para que a guitarra possa brilhar.
A canção é bastante trabalhada em seus altos e baixos. A melancolia transparece a partir do terceiro minuto da canção, quando a guitarra ganha o som do choro de um adeus feito um blues.
Fechando o primeiro trabalho do Capitão Blue, “Café” vem com a malemolência do samba, um samba diria que errante mas sem problemas com isso. Conseguimos sentir um pouco do choque do samba com um post-rock mais distorcido e repleto de devaneios.
Dois anos se passaram e já estava quase passando da hora de termos novidades do projeto. Assim, no início de 2016, o duo iniciou os trabalhos do que será em breve o segundo registro de estúdio do Capitão Blue. O EP que inclusive já tem nome, Devaneios Marítimos ou Abstinência Valvulada, será lançado via Dinamite Records.
O trabalho contou com a produção de Thommy Tannus (Tannus Estúdio) e participação de Eduardo Moura na bateria. Gravado entre fevereiro e junho deste ano, o disquinho vai ser lançado aos poucos. E no dia de hoje lança seu primeiro single, “Se de Tarde”.
A canção mostra o início de uma nova fase no som do duo, com uma gama de novas influências e uma bagagem significativa de shows. Sua letra soa como um desabafo do dia-a-dia, sobre uma situação que parece ser insustentável e com os minutos contados para a bomba – da realidade – explodir.
Um destaque fica pela percussão que cria uma atmosfera quase tribal que bebe da fonte do ocultismo lá pela metade da canção. Esta que abre alas para um solo com um pé no blues e outro cravado na psicodelia do rock’n’roll setentista.
Para este lançamento, o Mario de la Rosa ouviu a música e fez um texto descrevendo tanto o som quanto a nova fase do Capitão Blue.
“Ouvir o som da banda Capitão Blue é como se entregar a uma aventura rumo ao desconhecido. A experiência passa longe da sensação que temos ao dar um passeio pelo nosso quintal, velho conhecido, que se por um lado nos traz segurança, por outro não é capaz de descobrir mais nada novo dentro de nós. É uma música que não te pega pela mão, pelo contrário, te instiga a caminhar com seus próprios pés.
Quando você pensa que está indo para um remanso, ela te surpreende, e lá está você tomando um caldo de uma onda de dez metros. No momento em que você acha que vai mergulhar num abismo sem paraquedas, entra uma melodia, saída sabe-se lá de onde, que te faz planar gostosamente e fornece o oxigênio que já estava faltando.
Capitão Blue é uma banda jovem que amadurece a cada acorde. Guitarra, baixo, bateria, vozes, e por vezes alguns instrumentos intrometidos, pouco comuns numa banda de rock, conversam como fazem os melhores amigos. Por isso, é só verdade que sai dessa música, a voz não se desespera para se sobressair, a guitarra nos maravilha simplesmente porque é assim que ela é, o baixo e a bateria nos impulsionam o movimento só porque nasceram pra isso.
Pode-se dizer que não há mais temas sobre os quais já não se tenha falado, então o que vale é o olhar que se tem sobre eles. E o Capitão Blue é original e surpreendente justamente por isso, por nos dar um novo jeito de ver e ouvir. É música viva!
Assim, vivam o som do Capitão Blue.”
A banda também integra uma das playlists do projeto Ruídos Urbanos. Este que conta com 15 playlists que envolvem 53 selos independentes de São Paulo e uma curadoria com 738 bandas. Além disso quem conferir o tumblr do projeto poderá descobrir 119 lugares onde rolam shows das bandas independente e aprender mais sobre a história da cidade. Curta a página do Ruídos Urbanos no Facebook e saiba mais!
A playlist, Pinheiros, conta com grupos que lançaram material pelos selos: Dinamite Records, Crasso Records e Howlin Records.
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Confira também a resenha do disco Neverending (Stone House On Fire), outro lançamento do selo paulistano Dinamite Records.
This post was published on 22 de julho de 2016 7:43 pm
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