MÓNÓ: A busca pelo autoconhecimento mediante a coletividade

 MÓNÓ: A busca pelo autoconhecimento mediante a coletividade

Existem coletâneas e coletâneas autorais. Mas nem todas conseguem fazer um elo entre o underground como a Mónó que está sendo lançada hoje faz. Tanto no trabalho em conjunto entre selos como em registrar o momento de ascensão artística e estrutural de bandas do cenário independente paulista.

CAPA
A ilustração que veio a se tornar a capa do Split foi feita por Sirlene Nascimento.

O espirito da coletividade, união em prol de algo maior e a valorização e o respeito pela música talvez sejam alguns elementos que farão de MÓNÓ um marco na história underground local.
O disco já nasceu da parceria entre dois selos emergentes: Howlin’ Records (SP) e Bichano Records (RJ). Cada uma emplacou um artista na coletânea: Vapor (Howlin) e  We are Piano (Bichano). Mas esta não é excludente, ela como disse se baseia no espíritos que unem selos e coletivos urbanos. Assim como no hip hop, temos inúmeros coletivos fazendo um bonito trabalho na cidade de São Paulo, como o Sad Future.
Sendo assim também foram escaladas bandas que tem feito um trabalho digno já a alguns anos e que decidiram por transgredir seu leque de influências e capacidade de gravação. Assim conseguindo colocar na rua um material com a qualidade que os verdadeiramente representasse. E foram elas: Chabad, Hollowood e BLUES DRIVE MONSTER .
MÓNÓ é uma expressão cunhada coletivamente pelos integrantes das bandas BLUES DRIVE MONSTER , Chabad, Hollowood, Vapor e We are Piano, cujo significado busca expressar o entrelaçamento de ideias, anseios e experiências de cada um dos envolvidos, proporcionando algo que tivesse um pouco de cada um e simultaneamente representasse todos.
Cansados de se esbarrarem pelos mesmos “corres” do underground da cidade cinza, eles compreenderam que suas similaridades eram muito maiores que apenas sonoras, eram de ideais e visões de mundo. E assim arranjaram uma maneira de dar um talvez novo fôlego no sonho de quem sabe um dia viver da própria arte. Sabemos que é difícil mas muitos para manter a chama acesa acabam topando empregos insuportáveis de escritório.
Dija, do Chabad por exemplo no último ano largou o trabalho burocrático de escritório e passou a dedicar 100% do seu tempo com atividades relacionadas a música, seja com seus inúmeros projetos musicais como também na parte de estratégica, no planejamento e execução de múltiplas tarefas na Howlin’ Records.
Assim, chegaram a conclusão de que se juntar era somar. E somar no underground é mais do que questão de necessidade, é sobrevivência. Afinal de contas tocando para 15/30 pessoas que por milagre divino chegaram a conhecer o seu som é um tremendo ato heróico. Disseminar a mensagem pode sim ser um caminho viável para que com uma série de aprendizados a mentalidade tanto das bandas como do público: evolua.
Contaminados pelo sentimento de empatia eles decidiram colocar o plano de produção do Split. Cada banda contribuiu com 3 canções que só ganharam lugar ao sol no dia de hoje. Estas que conseguiram fazer o feito de extrair de maneira ímpar o momento atual de cada participante do disco.
As contribuições foram em outros campos e isso deve ser destacado. Afinal uma ideia bonita necessita de uma organização e estratégias pertinentes para vislumbrar alcançar o resultado desejado. E no split, MÓNÓ, foram compartilhados: estúdios, custos, conhecimento, complicações – afinal nem tudo é um sonho de verão – soluções, conceitos sobre música e expressão artística.
O resultado de MÓNÓ é o sonho de corações apaixonados somados a mentes pensantes. É a síntese da sinestesia de cores, sons, linguagens, a reunião de sentimentos nobres como a esperança, as verdades, a paixão mas principalmente a dignidade. Afinal, temos que levar em conta que o processo criativo quando compartilhado ganha asas sem limites.
As expectativas iniciais, se transformam e transgridem ao longo do caminho. É mágico, é sublime…para não dizer magistral a forma com que essa ópera maluca é conduzida. E arte é isso, é forma de expressão, é viver cada momento como se fosse o último. É ler, aprender, assistir, dialogar, discutir, concordar, errar, refazer e arranjar forças para seguir em frente.
Sempre com um pensamento atrelado a uma causa maior. Eu realmente acredito que a vida quando plena, deve ser conduzida feito uma valsa. E porque não a arte? A arte é o canto da alma, o grito dos pássaros, a pureza de um sorriso inocente e o respiro dos pulmões.
Mas essa energia transformadora e voraz – que espero que contamine o cenário independente brasileiro em geral – não ficou apenas no campo sonoro. Ela foi além, afinal de contas a música é apenas uma das artes humanas e genuínas.
Dija nos conta que para elaborar a arte da capa do disco foram convidados vários amigos para fazer uma ilustração, o que incluiu também integrantes de algumas bandas, vale ressaltar.
O conceito era livre, cada um poderia desenhar o que quisesse. Depois os integrantes das bandas participantes do split escolheram de maneira democrática – acorda congresso – a que seria mais interessante para a capa.
A ilustração “vencedora” foi a obra de Sirlene Nascimento. A escolha foi feita através do consenso mútuo. Eles argumentam de que “tinha tudo a ver” com o que buscavam ao fazer o split. Sobre o que a ilustração conseguiu transmitir ele comenta:

Dija Dijones: “Ela se integrou com os significados que atribuímos ao nome. Ela retrata a necessidade de autoconhecimento para melhor conhecermos o outro. Algo que realmente aconteceu durante a produção do split.”

Assim como a vida, ver os frutos serem colhidos e a alegria de poder compartilhá-los é motivo de muito orgulho. Para eles poder trazer a vida estas histórias de vida através de acordes, arranjos, ritmos, palavras, gritos, melodias e poesia é de longe sua maior conquista.
O Split
MÓNÓ (2016)
CONTRACAPA
Todas as faixas gravadas no Estúdio Subway, exceto 02, 05, 07, 10, 12 e 15, cujas baterias foram gravadas no Estúdio Kalundu e faixas 05, 10 e 15, cujos baixos foram gravados neste último. Mixagem e masterização por Hugo Falcão Costa.

Dija Dijones: “A experiência de gravar foi intensa para todas as bandas, mas foi muito legal, porque uma acompanhou de perto a gravação da outra. Em dado momento, algumas bandas estavam com problema de grana para poder pagar o estúdio. Então, fizemos alguns shows para angariar uma grana e ajudar. Rolou e depois de muito empenho, finalmente vamos lançar o split. Todos têm o sentimento que o que está sendo lançado é o melhor registro que cada banda fez até o momento.”

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=tNDQunVfMho]
Tendo a responsabilidade de abrir os trabalhos temos a Chabad. Mas antes disso vamos apresentar de maneira digna o trio paulista. A banda nasceu em Itapecerica da Serra/SP em meados de 2008, e abusa das experimentações sonoras. Não há limites para a Chabad, o grupo bebe das fontes do jazz, blues, punk, reggae, progressivo, hardcore, rock e música regional. Isso mesmo, a mistura Arrigo Barnabé, Faith No More, Alceu Valença e Asian Dub Foundation dá uma incrível e inimaginável liga.

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Da esquerda para direita: Dija Dijones, Diego Champz e Guilherme Braz Prado.

Em sua formação o grupo é composto por Dija Dijones (Vocais e Baixo), Guilherme Braz (Guitarra) e Diego Champz (Bateria). Ainda não tem disco propriamente dito, apenas algumas gravações e uma bagagem significativa através de shows ao redor do estado. Porém a boa notícia é que em breve esse sonho se materializará.
Eu acompanho a banda desde 2014, inclusive eles estiveram presentes junto da Hollowood e do We are Piano na coletânea Rock Falido do meu outro blog, o Anchor Mixtapes. Esta que organizei com a ajuda do baterista da banda Deb And The Mentals e Veronica Kills – e designer responsável pela estamparia de camisetas CoolthingGiuliano Di Martino.
Mas voltando ao disco, “Olhos Vermelhos, Dedos Amarelos e Uma Mente Em Branco” abre os trabalhos no melhor estilo Titãs de absorver inúmeras referências do ska e reggae. Mas a faixa também explora o progressivo quase beirando a psicodelia. Altamente recomendável para fãs de Thrice e Rx Bandits.
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Ela é violenta, poética, rebelde e desconstrói tudo que você pensa de uma banda. A música parece conversar contigo, sobre medos, fúria, descontrole, alucinações e desprendimento da alma. A dor e o sofrimento do dia-a-dia refletidos sob acordes e ecoados no silêncio.
Logo em seguida temos a Hollowood. Um quarteto poderoso que tem influências de math rock/rock alternativo e emo oitentista. Tudo assim, bastante transgressor e cheio de vida.
É a materialização do apocalípse, no seu som tem tudo meticulosamente calculado e agride através de suas rápidas melodias. Tudo encaixa no lugar certo, o berro, a guitarra, a bateria fulminante, assim como as suas progressões. Não é difícil se impressionar pela potência do conjunto da obra.
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Da esquerda para direita: Lucas “INSS” Takejame, Dan Carelli, Vitor Kajiro e Renato Cruzatto.

A banda surgiu quando os amigos de escola, Renato e Kajiro, que se reuniam esporadicamente para tocar com outros colegas. Pouco depois convidaram Dan e passaram a escrever músicas próprias. A formação teve algumas mudanças até se consolidar com a entrada do Lucas “INSS” Takejame, que tocava com Renato em outra banda (cujo baterista toca hoje na BLUES DRIVE MONSTER). O mundo dá voltas já dizia Badauí.
E foi dessa mistura e influências que caminham por sentidos opostos como o hardcore e o pós-rock que vimos uma banda amadurecer aos poucos até encontrar a atual – e sensacional – fase.
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“Lazy” é a segunda faixa do Split e vem feito uma carga de adrenalina injetada sob suas veias. A carnificina se inicia desde o primeiro grito e guitarra que chia a cada arranjo e solo. Ela é rápida, destrói para reconstruir, e ideal para empurrar quem estiver parado na pista.
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Vapor (da esquerda para a direita): Thiago Amarante, Erik Yuji, Diogo Dias e Victor “Pirulito” Silveira

Após esse verdadeiro choque térmico oferecido pela Hollowood quem se apresenta para a terceira faixa é a Vapor. Como dito no começo a Vapor é a representante do selo Howlin’ Records, um dos selos envolvidos no projeto.
O EP Culpem o Álcool, lançado lá atrás em 2013 guiou a jornada da Vapor até aqui. E a evolução técnica para as faixas do split é evidente. A terceira faixa da coletânea, “3 Days” mostra o sofrer da alma após uma cômica vinheta de abertura.
Temos um pouco do espírito do hardcore, a rebeldia do grunge e o grito de sofrimento que bandas como Seaweed nos anos 90 imprimia. É potente, é melódico e lembra em alguns momentos o som do Street Bulldogs.
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Indo em direção de outra onda mas enriquecendo o split com doses de maestria quem aparece na quarta faixa é o BLUES DRIVE MONSTER.
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BLUES DRIVE MONSTER (da esquerda para a direita): Rafael Pelegrini, Felipe Hiroshi, Daniel André e Paulo Moreira.

Quando a espiritualidade vai de encontro ao mundo material, temos um choque. Um cataclisma entre as diferentes dimensões e realidades astrais. E é com essa leveza que o som do Blues Drive Monster se materializa e dissipa pelo ar através de suas melodias e harmonias ritmadas.
Tudo isso serve poeticamente para enfrentar a sociedade do espetáculo em vivemos onde tudo te remete ao Show de Truman. O desprendimento com o egocentrismo e o combate contra a ganância pelo poder que a cada dia está mais presente em nosso cotidiano.
A banda já tem lançados os EPS: Cinzas de uma Cidade Sem Cor (2010) e Antimatéria (2012). É nessa atmosfera Zen, de espalhar conhecimento, que o conjunto encontrou sua própria forma de passar sua mensagem.
“O Caso de Charles Dexter Ward” tem em seu começo uma levada calma e ritmada, que ganha na percussão o cadenciamento das guitarradas açucaradas. A música cresce e protesta através de um vocal que esbraveja a sua fúria e conta a sua história. Quando você pensa que a música se encerra ela resurge das cinzas e te convida a dançar através de seus solos e acordes soltos.
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Sua letra narra a epopeia de Charles Dexter Ward, o livro – de mesmo nome – de H. P. Lovecraft datado de 1927 conta a história de um jovem interessado em arqueologia que literalmente mergulha num passado de magia negra.
Para encerrar as apresentações, temos na quinta faixa a presença da banda We are Piano.
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We are Piano (da esquerda para direita): Raul Teodoro, Eliton Silva, Guilherme Abreu e Vitor Almeida Lopes.

We are Piano é o reflexo dos bons frutos da era da internet. O grupo mesmo antes de se reunir presencialmente para tocar, teve o conhecimento das composições online.
Na linha de frente temos Vitor Almeida Lopes (guitarra/voz) e Raul Teodoro (guitarra/voz) que iniciaram tudo. Com a mudança  para a mesma cidade, ficou mais viável consolidar uma formação, que passou a contar com Guilherme Abreu (baixo/voz) e Eliton Silva (bateria/voz).
Apesar do apelo moderno do encontro casual pela web, o surgimento das primeiras composições veio da fórmula old school das Jam sessions. De lá que vemos como o poder dos improvisos deu origem as primeiras composições. A partir daí, danou-se, esse espírito passou a fazer parte do DNA do conjunto.
Fruto dessas experimentações e doses viscerais de ousadia temos os álbuns até então lançados: Goma Sessions (2013) Jams (2014). Este último que compila improvisações do período entre 2012 e 2014 e revelou a trajetória deste entrosamento e da face mais incidental da banda.
Vale lembrar que a banda teve suas atividades encerradas no ano passado. Assim para que o conjunto estivesse presente no split, as gravações contaram a participação dos ex-integrantes: Raul Teodoro, Eliton Silva, Guilherme Abreu e Vitor Almeida Lopes.
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“Octopus” tem a veia dos grupos de Kinsella, o poder de gritos de guerra e muita progressão entre seus venenosos acordes. O tempo quebrado e os pedais alimentam a correia e disseminam o caos na canção. O emo é o grande cálice que brinda a epifania sonora resultante deste encontro de almas vorazes, sedentas pela busca do autoconhecimento.
Devidamente apresentadas agora prometo resenhar o split sem maiores interrupções.
“Ode To Tony Montana” sim, é uma música sobre o anti-herói do Scarface, protagonizado pelo grande astro que merece todas nossas reverências, Al Pacino. A música do Chabad condena a ganância e sua sede pelo poder, algo que como podemos ver no filme: o condena a morte.
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O vocal atua e dialoga com Tony de maneira quase teatral, ele sofre, sussurra, aponta do dedo e dilacera com frases potentes. Ah, tudo isso em meio a uma mistura de Faith No More com Reggae. Ao final da canção eu lhe pergunto: quem seria o Tony Montana do nosso congresso? Da empresa em que você trabalha ou até mesmo da sua rua?
Vai saber. É, as vezes as máscaras desabam mais fácil através de arqueótipos. Afinal de contas essa é a dinâmica da vida e a arte tenta explicar isso.
“M E S S A G E”, não perca a conta, é a sétima canção do split. Nesse som o Hollowood imprime uma levada Math Rock com influências do 8-bit do Nintedocore e mergulha de cabeça no emocore dos anos 90. Ela é sofrida, o vocal se arrasta e sofre junto com o espectador. Nos futuros shows quando executada ela irá com certeza despertar uma troca mútua de sentimentos à flor da pele.
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Logo em seguida quem chega junto é a Vapor com “Conte-me Mais”. Que puxa a veia alcoólica do primeiro trabalho da banda. Os caras devem ser bons de copo, com cerveja.
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Através dessa analogia a música tenta encontrar motivações para viver e a personagem da canção tem desconfiança com o passar do tempo e a materialização das memórias. A música é um grito desesperado e uma tentativa – em vão – de parar de mergulhar em águas passadas.
“Nausea” é a segunda aparição do BLUES DRIVE MONSTER no disco. Ela é conduzida pelo encontro de guitarras que parecem apostar corrida em meio a versos que exprimem a ânsia em se libertar de sentimentos que não os pertencem. Ela critica o sonho médio em se casar, ter casa própria, ter filhos, carro e aquela vidinha que fica bonita apenas em comercial de margarina.
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A décima canção é “Ludoterapia” da We are Piano fecha o segundo terço do split. Ela te joga em mar aberto entre uma infinidade de camadas sonoras e sing-a-longs chorados como uma canção do Fugazi ou do Tigers Jaw (em seu primeiro disco).
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O último som da Chabad no disco é “O Som”. A música regional ganha força em sua melodia em sua introdução e vai de encontro com o jazz logo depois quando esta cresce. Na parte mais dramática, a influência do hardcore é sentida, entre um devaneio de guitarra e um solo mais complexo.
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A canção fala sobre a beleza do som, da harmonia, essas coisas tão imateriais que poucos conseguem observar no dia a dia. A percepção da realidade à flor da pele, feito uma nota musical perdida no ar. O som na verdade é a forma de expressão da alma.
“Beta Rhythm” já começa tirando os pés do chão com o hardcore matemático do Hollowood. A canção é puro sentimento e mergulha fundo no oceano dos sentimentos mais pesados feito uma âncora sendo jogada no mar. É sobre sensações, sobre se sentir-se vivo. Poderia ser uma canção do Latterman, mas foi feita por brasileiros, que orgulho!
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Vapor em sua última aparição em MÓNÓ ressucita o dramaturgo Nelson Rodrigues em “Já Dizia Nelson Rodrigues”. Uma canção que poderia ter sido feita pelo Sunny Day Real Estate, e fala sobre arranjar forças para seguir em direção aos seus sonhos.
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Quem chega junto na penúltima canção do split é mais uma vez o BLUES DRIVE MONSTER. É uma ode ao otimismo, em que a personagem pessimista tenta encontrar forças para mudar seu destino. O acreditar em enxergar luz no fim do túnel. Ela contempla a ansiedade na desesperada batalha que é encontrar a plenitude da alma. É o incendiar da alma e o renascer da fênix. Tudo isso muito bem orquestrado com uma levada experimental.
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Não sei se repararam mas todas bandas se despediram com uma mensagem extremamente positiva e contemplativa. O encontro a essência do ser humano parece ter sido uma proposta para fechar o disco desta maneira.
Indo na direção oposta, quem tem a missão de encerrar o disco é a We are Piano. Nada mais poético do que o nome “Mantra” para uma canção que narra o sofrimento e a dor da alma. A canção fala sobre o amadurecimento no caos que é viver na cidade de São Paulo e como esta insiste em te afogar. É um verdadeiro tapa na cara no baile de máscaras que usamos para conviver socialmente. Jogando meia dúzia de verdades na cara de quem talvez nunca tenha olhado seu reflexo no espelho.
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O Split vai ficar marcado como um marco pela união e como todas as bandas conseguiram se conectar tanto no diálogo das letras como em prol de um conceito maior. Com certeza esse split vai os encher de orgulho daqui a alguns anos.
Quem sabe dizendo: “tá vendo esse disco? Ele foi o começo de uma nova mentalidade que prosperou na cena independente de São Paulo”. E que venham mais lançamentos do tipo para que nossos sonhos nunca deixem de ganhar asas.
O grande lançamento do split MÓNÓ acontecerá no próximo sábado (04/06) no Centro Cultural Zapata.
Serviço:
Lançamento do split MÓNÓ
Data: 04/06/2016
Horário: 21 hrs.
Shows: BLUES DRIVE MONSTER, Chabad, Hollowood e Vapor
Local: Centro Cultural Zapata
Endereço: Rua Riachuelo, 328, Centro, São Paulo/SP
Entrada: R$ 15 (pessoas que confirmarem presença no evento do Facebook serão inclusas em lista de desconto e paga R$ 10)
Aceita cartão de crédito e de débito

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